Crise econômica, incompetência dos dirigentes, clubes e finanças mal administradas, desorganização, corrupção… não são poucos os motivos para que o futebol argentino esteja enfrentando, provavelmente, a pior crise da sua história. Quem imaginaria que o início do campeonato local seria suspenso por causa da dívida monstruosa de clubes como River Plate e outros tão tradicionais?

(A dívida é estimada em US$ 200 milhões no total. Curioso que a dos clubes brasileiros é ainda maior, só o Flamengo deve mais da metade desse valor, e por aqui ninguém nunca cogitou parar uma rodada se quer.)

E, como num passe de mágica, a federação e os clubes criaram coragem, inflaram os peitos e elegeram o maior vilão dessa história: a televisão. Insatisfeitos com os valores atuais do acordo, os clubes, liderados pelo presidente da federação Julio Grondona, anunciaram ontem o rompimento unilateral dos contratos atuais de transmissão que deveriam valer, por contrato, até 2014. Acreditam, inclusive, que terão êxito na justiça, que é onde certamente vai parar essa confusão toda.

A idéia, caso não apareça nenhum novo canal disposto a aumentar, e bem, o atual contrato com a TSC que fica na casa dos US$ 70 milhões por ano, é liberar geral. Ameaçam transmitir todos os jogos em canais públicos e com sinal aberto.

E, para isso, os clubes já contam com um grande aliado: o governo, sempre ele. Ou melhor, o povo, sempre ele. Segundo a imprensa argentina, o governo estaria disposto a pagar até US$ 600 milhões pelo pacote de TV, porém apenas metade desse dinheiro chegaria aos clubes, a outra seria usada para saldar dívidas emergenciais. Um ajuda ainda melhor do que a vergonhosa Timemania, criada aqui no Brasil. Uma segunda hipótese é um empréstimo, que (alguém duvida?) virará doação.

Enquanto isso, os clubes fecham contratos de patrocínio com valores irrisórios e vendem as principais revelações do futebol argentino a preço de bananas durante a janela de transferências. O início do campeonato ficou marcado para o próximo dia 21, com os times completamente rachados. Será?

Foto: Reuters

O volante Kléberson é a principal novidade na escalação titular do técnico Dunga para o duelo contra a Estônia, nesta quarta-feira, em Tallinn. O flamenguista ganhou a briga com Elano para a vaga deixada por Ramires, lesionado.

O resto da equipe é a mesma que venceu a final do torneio na África do Sul, na decisão contra os Estados Unidos, por 3 a 2, no fim do mês de junho.

Conquista do Inter em 2008 eleva prestígio do torneio, mas nem tanto: Flamengo, Fluminense e Atlético-MG devem poupar maioria dos titulares

Editoria de Arte Globo.com/GLOBOESPORTE.COM

Nove clubes representam o futebol brasileiro na edição deste ano da Copa Sul-Americana

A relação dos clubes brasileiros com a Copa Sul-Americana sempre foi meio complicada. Começou com a ausência em 2002 e seguiu com a escalação de vários times reservas e mistos nos anos seguintes. No ano passado, o torneio elevou seu prestígio por aqui, graças ao título do Inter numa final emocionante contra o Estudiantes, em um Beira-Rio lotado.

A oitava edição da Sul-Americana, que já teve seis partidas disputadas, tem a estreia de brasileiros a partir desta quarta-feira. O Colorado, buscando o bicampeonato, só entra na segunda fase, enquanto outros oito times tentam repetir o feito do rival.

- O título nos deixou em evidência na mídia, numa época em que não estávamos tão bem no Brasileiro, e tivemos a possibilidade de usar o termo "campeão de tudo". Recebemos recursos adicionais, vendemos mais camisas e a campanha de sócios teve novo fôlego. Ganhamos o direito de jogar no Japão (pela Copa Suruga), com a partida sendo transmitida para mais de cem países, e consolidamos a marca no mercado internacional - explicou o vice de marketing, Jorge Avancini.

No entanto, o inédito título brasileiro na Sul-Americana não mudou tanto o comportamento dos participantes deste ano. Flamengo e Fluminense já anunciaram que usarão poucos titulares no clássico desta quarta-feira, no Maracanã. O primeiro está a três pontos do G-4 no Brasileirão, enquanto o segundo está na parte de baixo da tabela, lutando para sair da zona de rebaixamento.

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, fica em cima do muro ao falar da disputa de duas competições ao mesmo tempo:

- A prioridade da Sul-Americana é a mesma da do Brasileiro. Mas vamos nos adequar e ver quem poderemos escalar. Não dei qualquer ordem para poupar, mas será que um jogador como o Pet aguenta? Tem que ver. De qualquer forma, a Sul-Americana tem boas cotas nas fases seguintes, até porque começa a atrair bons públicos.

Veja o histórico dos nove participantes na Sul-Americana

O Atlético-MG, terceiro colocado no Nacional, também avisou que a Sul-Americana ficará em segundo plano. Mas nem todos usarão essa estratégia. No outro confronto da semana, Vitória e Coritiba prometem usar a maioria dos seus titulares na quinta-feira. É o mesmo pensamento do técnico do vice-líder Goiás.

- Não vamos priorizar uma das competições, mesmo porque tive uma boa resposta dos jogadores quando disputamos duas partidas por semana no Brasileiro (com seis vitórias e uma derrota nas últimas sete rodadas). Vamos investir na Sul-Americana, que é importante para clubes, como o Goiás, que querem se firmar no cenário nacional - afirmou Hélio dos Anjos.

Seis dos nove representantes do Brasil na Sul-Americana têm um ponto em comum: trocaram recentemente de treinador. O primeiro foi o Fluminense, que contratou Renato Gaúcho há três semanas. Depois, foi a vez de Flamengo (com Andrade) e Atlético-PR (Antônio Lopes).

Na última rodada, três clubes mandaram o técnico embora. O Coritiba, que ficou sem René Simões, contratou Ney Franco, demitido no Botafogo. O clube carioca tirou Estevam Soares do Barueri e deixou o Vitória como o único sem técnico, após o adeus a Paulo César Carpegiani.

A edição deste ano não tem representantes do México, que se retiraram da disputa em represália à polêmica na Taça Libertadores por conta do surto no país da nova gripe, em maio. Na ocasião, não houve acordo sobre os locais dos jogos de Chivas e San Luis como mandantes.

A missão de manter a hegemonia da Argentina - principal vencedora da Sul-Americana, com quatro títulos - está nas mãos de Boca Juniors, River Plate, Vélez Sarsfield, Lanús, Tigre e San Lorenzo.

Confira todos os campeões da Sul-Americana

O Atlético-MG pode ter perdido a liderança do Brasileirão 2009, mas fora de campo o Galo ainda se mantém na ponta. Ao menos quando o quesito é torcida, nenhum time conseguiu chegar perto do desempenho alvinegro este ano.

Considerando apenas os jogos em que é mandante, o Atlético tem média de público de 39.709. Isso sem contar a partida desta quarta-feira contra o Palmeiras, no Mineirão, que até segunda-feira já tinha 42 mil ingressos vendidos. Ou seja, essa média alvinegra ainda vai aumentar.

Em segundo lugar vem um tradicional campeão de bilheteria. O Flamengo tem levado 32.419 por rodada, número consideravelmente menor que o do rival mineiro.

Ainda que os números do time carioca sejam bons, outro fator deixa o time em desvantagem ainda maior em relação ao Galo. Levando em conta o preenchimento médio do estádio, o Rubro-Negro tem 37% - levou 32.419 pessoas por rodada e a capacidade máxima do Maracanã é de 86.100. O Atlético tem relação bem maior: 61% - 39.709 pagantes contra carga máxima de 64.800 mil ingressos por partida no Mineirão.

Torcidas de Atlético-MG e Flamengo marcam presença nos jogos do Campeonato Brasileiro

O terceiro colocado na relação é o Grêmio, com 19.373 por partida, seguido de perto pelo São Paulo. O Corinthians fecha a lista dos cinco primeiros com 19.288 pagantes por jogo. O lanterninha da competição é o Barueri. O caçula do Brasileirão levou apenas 3.212 pessoas em média.

Média de público das equipes como mandantes no Brasileirão

Outro fator que pode ser destacado é o número de vezes que as duas equipes aparecem nos dez maiores públicos do Campeonato Brasileiro. Apenas um jogo não consta os nomes de Atlético-MG e Flamengo. Foi na vitória do São Paulo por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, no dia 31 de maio. O Tricolor paulista levou 51.800 mil pessoas, conquistando o quarto maior público da competição até agora.

Na estreia de Adriano, no dia 31 de maio, o Flamengo venceu o Atlético-PR por 2 a 1, e o Maracanã recebeu 68.217 pessoas. Esse é o maior público até a 18ª rodada.

Confira os dez maiores públicos da competição deste ano

Colombiano será o segundo goleiro a receber a honraria. O italiano Dino Zoff foi o primeiro

Agência/AFP

Higuita deixará marcas de suas mãos em Monte Carlo, dia 21 de setembro

O ex-goleiro colombiano René Higuita será homenageado pelos organizadores do prêmio Golden Foot e deixará as marcas de suas mãos na calçada da fama em Monte Carlo, ao lado de outras estrelas do futebol mundial.

Conhecido pelas saídas do gol e estilo nada discreto, o colombiano "revolucionou a posição de goleiro com sua astúcia e vontade de divertir", segundo os organizadores do prêmio.

Um dos pontos altos de sua carreira foi a "defesa do escorpião". Em 1995, Higuita interceptou de calcanhar e de costas, com o peito no chão, um lançamento em um amistoso contra a Inglaterra no estádio de Wembley.

Higuita será o segundo goleiro a receber a honraria. O primeiro foi o italiano Dino Zoff, em 2004.

O ex-arqueiro atuou por clubes como Millionarios, Valladolid e Atlético Nacional, pelo qual venceu a Taça Libertadores de 1989.

A homenagem está programada para o dia 21 de setembro. Além de Higuita, a calçada da fama vai agraciar o brasileiro Nílton Santos e o alemão Karl-Heinz Rummenigge.

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O goleiro Márcio fez um golaço de falta nesta terça-feira. Mas não foi o suficiente para garantir a vitória do Atlético-GO, que começa a preocupar a sua torcida. Depois de perder no último jogo, o time teve mais um resultado ruim na Série B. O Dragão chegou a estar vencendo por 2 a 0, mas recuou demais e apenas empatou por 2 a 2 com o Ipatinga.

Apesar do resultado, os goianos foram beneficiados pelo empate entre Vasco e América-RN, por 2 a 2, para seguir na liderança da competição. Os mineiros terminaram a 17ª rodada para o 11º lugar.

O Dragão começou o jogo com mais posse de bola, mas encontrou dificuldades contra a defesa do Ipatinga. Se o ataque não resolvia, o goleiro Márcio se apresentou. Aos 39 minutos, ele cobrou falta com perfeição e abriu o placar para o time da casa. O gol animou a equipe goiana e, três minutos depois, Elias chutou após cruzamento de Chiquinho, mas a defesa salvou em cima da linha.

globo

Com um gol do zagueiro Marcelo Godri, aos 34 minutos do segundo tempo, o Bragantino bateu o Figueirense por 1 a 0, nesta terça-feira, no estádio Nabi Abi Chedid, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e está na oitava posição na classificação com 26 pontos. Já o Figueirense, que completou três rodadas sem vencer, permanece em sexto, também com o mesmo número de pontos que o Braga. A equipe catarinense ainda perdeu Edson e Rafael Coelho expulsos.

Na próxima rodada, o Bragantino encara o Brasiliense, no Serejão, às 21h (horário de Brasília) desta sexta-feira, enquanto o Figueirense viaja até o Rio de Janeiro para enfrentar o Duque de Caxias, sábado, às 16h10m, em Edson Passos.

globo

Bugre, sem vencer há seis jogos, para série invicta de 11 jogos do Vozão

Agência/Estado

Bugre derrota o até então 'invencível' Ceará

O Guarani se recuperou da sequência de três derrotas seguidas e seis partidas sem vencer e derrotou o Ceará por 2 a 1, na noite desta terça-feira, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, pela 17ª rodada da Série B do Brasileirão. Ricardo Xavier e Walter Minhoca marcaram para o time da casa, enquanto Misael descontou no finzinho.

O resultado mantém o Bugre no G-4, agora com 31 pontos e tomando a terceira posição do Vozão, que vê cair uma invencibilidade que já durava 11 jogos. Agora, o Alvinegro cearense cai para quarto, com 29 pontos, se mantendo na zona de classificação graças do Duque de Caxias, que derrotou a Portuguesa por 2 a 1.

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O Atlético-GO havia tropeçado e empatado em casa com o Ipatinga. Era o resultado que o Vasco precisava para finalmente voltar à liderança da Série B, algo que não acontecia desde a terceira rodada. Mas o time carioca não fez a sua parte. E só empatou por 2 a 2 com o América-RN, nesta terça-feira, no estádio Machadão, em Natal, em jogo válido pela 17ª rodada da competição.

Com os resultados, Atlético-GO e Vasco estão empatados com 33 pontos, mas a equipe goiana leva vantagem no primeiro critério de desempate: o número de vitórias (10 contra 9). O América-RN tem 22 pontos.

globo

Ouça os gols da partida na voz de Evaldo José, da Rádio Globo RJ

O Vasco saiu atrás duas vezes na partida desta terça-feira. Buscou o empate, mas não conseguiu a virada. Somália abriu o placar em um chute de muito longe. Elton empatou ainda no primeiro tempo. Depois, Lúcio deixou novamente o time potiguar em vantagem. Mas Adriano deixou tudo igual.

No sábado, o Vasco enfrenta a Portuguesa, no Canindé, às 16h10m. Já o América-RN encara o Ipatinga, fora de casa, às 21h.