O ex-goleiro Luis Chilavert provou ainda estar com a língua afiada dos tempos de jogador. Depois de detonar Diego Maradona, o capitão paraguaio nas Copas de 1998 e 2002 descreveu a Itália como uma "seleção envelhecida" neste domingo. Ambos serão adversários já na primeira rodada do Grupo F, dia 14, às 15h30m, na Cidade do Cabo.

– A partida contra o Itália é chave. Creio que o Paraguai tem condição de vencer a Itália. A seleção deles está envelhecida e a idade atrapalha a parte física, que é muito importante. Paraguai leva vantagem. A seleção só precisa levar cuidado na bola alto – disse, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Além de Itália e Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia completam a chave.

Atacante deixa hospital em Berna e deve se juntar à delegação marfinense nesta segunda. Exames após a operação foram animadores, diz federação

Michel Gaillaud, médico pessoal de Didier Drogba, disse ao site oficial da Federação de Futebol da Costa do Marfim que vai viajar para Paris para buscar um "produto de última geração" que aceleraria a cura do jogador. O atacante teve alta do hospital onde foi operado, em Berna, na Suíça, por volta das 18h30m locais (13h30m deste domingo de Brasília) e deve se juntar aos outros jogadores da seleção nesta segunda-feira, na concentração em Gstaad, na Suíça.

Drogba deve assistir ao jogo-treino que a Costa do Marfim fará com o Lausanne Sports nesta terça-feira. A delegação viaja para a África do Sul apenas na quarta, dia 9.

O site da federação marfinense informou também que os primeiros exames após a operação no braço direito do jogador foram animadores. Drogba sofreu uma fratura na ulna, um dos ossos que formam o antebraço, na última sexta-feira, no amistoso contra o Japão, em Sion. A Costa do Marfim estreia no Mundial no dia 15 de junho, contra Portugal, em Port Elizabeth.

Neste domingo, antes de receber alta, Drogba fez um passeio pelo jardim do hospital. O craque africano aproveitou o ar fresco de Berna durante cerca de uma hora. Ele estava com a mulher e os filhos, e recebeu algumas visitas, como a do vice-presidente da Federação de Futebol da Costa do Marfim. Logo depois, voltou para o quarto.

A confirmação só deverá sair na segunda-feira, mas os holandeses receberam uma boa notícia neste domingo. A lesão do atacante Arjen Robben não é tão grave como parecia inicialmente, e o jogador pode ser juntar aos companheiros durante a semana na África do Sul. Em entrevista à imprensa holandesa, neste domingo, o técnico Bert van Marwijk mostrou-se confiante em aproveitar Robben durante o Mundial.

– Decidi não convocar nenhum substituto. Eu quero lhe dar todas as chances de ainda participar da Copa do Mundo – disse o treinador à emissora NOS.

O craque do Bayern de Munique se machucou sozinho no último sábado, já no fim do amistoso contra a Hungria, em Amsterdã. Ao dar um passe de calcanhar, escutou um estalo na perna esquerda. Chegou, inclusive, até a se cogitar uma ruptura do tendão, o que demandaria seis semanas de recuperação.

O relatório médico, no entanto, ainda não estipula o prazo para a recuperação do jogador. Van Marwijk pode fazer substituições no grupo até o dia 13 de junho, véspera da estreia contra a Dinamarca, em Joanesburgo.

Messi-as. Estava escrito em uma das dezenas de bandeiras estendidas no treino da Argentina, neste domingo em Pretória. Messi é visto pelos argentinos como o salvador capaz de quebrar o jejum de 24 anos sem título mundial. Como Maradona, o último messias, veste a camisa 10 e carrega em seu pé esquerdo as esperanças do país. Por isso foi o mais aplaudido ao entrar em campo para o treino. Respondeu timidamente com um aceno. A eloquência de Messi, ele mostrou mais uma vez, não está em gestos ou palavras, mas com o que faz com a bola no pé.

Depois de uma atividade física de meia hora, Maradona fez dois times. Se fosse pelada de colégio, seria Messi contra o resto. Ele, aliás, estava bem acompanhado, ao lado de Higuaín, Tévez, Milito... E mesmo assim, sobrou na turma. O mini-coletivo estava 1 a 1, com gol de Tévez, também em ótima forma, quando Messi arrancou o primeiro "oh" da arquibancada. Em campo reduzido, saiu de sua defesa, passou por todo mundo, mas errou o passe.

Na segunda chance não errou. Serviu Milito, que colocou na saída do goleiro. Logo depois, um lance brilhante. Lançado no ataque, dominou com a esquerda já tocando para a perna direita. Quando o marcador foi, a bola já estava de novo na perna esquerda e de lá para o gol. Tudo em menos de três segundos e quase sem sair do lugar. A conclusão o goleiro pegou, mas muita gente aplaudiu como se tivesse entrado.

Com Messi em campo, os jogadores argentinos, mesmo aqueles com vocação para protagonista, parecem apenas coadjuvantes. Logo lá está a bola de novo grudada em seu pé, de onde quase sempre só sai quando ele decide que ela deve sair. Foi numa dessas que ele tabelou com Tévez e deu um passe preciso para Higuaín, dentro da pequena área, só concluir.

Goleiro seguirá em Joanesburgo para trabalho de fisioterapia e não vai participar do último amistoso da seleção antes da Copa

A CBF informou que o goleiro Julio Cesar está fora da viagem para a Tanzânia, onde a seleção brasileira faz amistoso contra a seleção local nesta segunda-feira em Dar es Salaam, às 12h (de Brasília). O jogador seguirá em trabalho de fisioterapia com Odir de Souza e terá também a companhia do preparador de goleiros Wendell Ramalho. A partida é a última na preparação do Brasil para a Copa do Mundo da África do Sul.

O títular da meta brasileira levou uma pancada nas costas no amistoso da última quarta-feira, contra o Zimbábue. Ainda no primeiro tempo, ele deu lugar a Gomes logo após ter se contundido. Desde então, Julio Cesar tem feito trabalho de fisioterapia e só foi ao gramado duas vezes, mas pouco treinou com bola. Somente neste domingo ele fez um trabalho de sair para cortar bolas altas, mas pareceu sentir algum incômodo. No total, já são quatro dias de trabalho em separado.

Gomes, reserva imediato de Julio Cesar, deve iniciar na equipe titular. Neste domingo, Julio Cesar foi a campo, trabalhou fisicamente, mas ficou fora do recreativo. De acordo com a assessoria de imprensa da CBF, o médico da seleção José Luís Runco disse que o camisa 1 não preocupa para a estreia na Copa, dia 15. O primeiro adversário do Brasil é a Coreia do Norte, no estádio Ellis Park. Completam o Grupo G do Mundial Costa do Marfim e Portugal.

O árbitro húngaro Viktor Kassai será o responsável por apitar a partida de estreia da seleção brasileira, contra a Coreia do Norte, na Copa do Mundo da África do Sul, no dia 15 de junho às 15h30 (horário de Brasília).

Kasai, de 34 anos, forma o trio de arbitragem com os assistentes Gamor Eros e Tibor Vamos. O trio apontado para a partida do Brasil jamais arbitrou em uma Copa do Mundo, mas Viktor Kassai foi o responsável por apitar a final do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, quando a Argentina foi campeã.

Em seu histórico na arbitragem, Kassai tem uma atuação que causou polêmica em partida entre Sporting, de Portugal, e a Fiorentina, da Itália, pela fase classificatória da Liga dos Campeões. Na ocasião, as equipes empataram em 2 a 2 e o clube português, que teve um jogador expulso, enviou uma carta à Uefa em protesto contra a arbitragem do húngaro.

A partida de abertura da Copa, entre África do Sul e México, ficará sob a responsabilidade do árbitro uzbeque Ravshan Irmatov, que tem como sua partida mais importante arbitrada a final do Mundial de Clubes da Fifa de 2008, vencida pelo Manchester United. Irmatov terá como assistentes o compatriota Rafael Ilyasov e Bahadyr Kochkarov, do Quirguistão.

O brasileiro Carlos Eugênio Simon, que apitará pela terceira vez na carreira uma Copa do Mundo, comandará ao lado dos assistentes Altemir Hausmann e Roberto Braatz a partida entre Estados Unidos e Inglaterra, pelo grupo C.

Os outros juízes restantes do quadro de convocados pela Fifa para a Copa do Mundo vão atuar como quarto árbitro nas partidas da primeira rodada. O Colombiano Oscar Ruiz participará da partida entre Japão e Camarões. Enquanto isso, Joel Aguilar será o quarto árbitro da partida entre Itália e Paraguai, com o uruguaio Martín Vasquez completando o quadro da partida entre Costa do Marfim e Portugal.

Na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, o argentino Horacio Elizondo foi o responsável pela partida de abertura, quando a seleção anfitriã derrotou a Costa Rica por 4 a 2. Elizondo acabou sendo também o escolhido para arbitrar a final daquela edição, quando a Itália conquistou o título na final contra a França após o argentino expulsar Zinedine Zidane, principal jogador francês.

A seleção debutará na Copa do Mundo daqui a dez dias com a imagem internacional de uma equipe que prioriza os resultados em detrimento à reputação consagrada do futebol brasileiro a respeito da devoção ao "jogo bonito". Confrontados com o tema durante a reta final de preparação na África do Sul, a geração de 2010 de Dunga revela um certo incômodo com o assunto. Alguns batem o pé contra a tese.

Homens importantes da seleção titular refutam este rótulo, o da escolha definitiva pelo futebol que visa apenas a vantagem final, nem que seja preciso passar por cima da identificação brasileira com a técnica.

"Não abandonamos o futebol bonito. O espetáculo final é levantar a taça no fim, esse é o show que nós queremos, que a torcida quer e até alguns de vocês da imprensa querem", disse Kaká, na sexta, em entrevista coletiva em Johanesburgo. "Podemos jogar bonito também, como na vitória sobre a Argentina por 3 a 1 em Rosario. Creio que aquela foi uma grande apresentação nossa", emendou o meia em uma resposta posterior.

Alguns jogadores argumentam que a marca de pragmatismo é contraditória com a atenção que a seleção desperta. "Falam que a gente não está jogando bonito, mas a sala de entrevista está cada vez mais lotada", brincou Maicon neste sábado, com ironia.

Mas também existem aqueles dentro do grupo que falam com menos constrangimento sobre a suposta prioridade ao pragmatismo do resultado. O goleiro Julio Cesar é um deles.

"Continuamos tendo os melhores jogadores do mundo no Brasil. Mas acredito que futebol hoje é mais eficiência, esse futebol-arte que todo mundo quer ver foi deixado um pouco de lado. Prefiro jogar mal e ganhar a jogar bonito e perder. Se eu tomar cinco gols em uma partida, vou torcer para que meu ataque faça seis", disse o camisa 1 brasileiro.

Nos últimos dias, todas as perguntas em relação à identidade do "jogo bonito" brasileiro foram encaminhadas à bancada de entrevistados por jornalistas estrangeiros que visitaram a preparação da seleção na África do Sul, profissionais que talvez estejam ainda pouco afeitos ao funcionamento do time de Dunga.

Ainda no país da Copa, na visão mais popular dos fãs de futebol, a ausência de Ronaldinho Gaúcho parece reforçar este conceito de um Brasil mais "bruto" e menos "circense". Por onde passou até agora na África do Sul, o time de Dunga levou indagações sobre a opção de descartar da estrela do Milan. Não há um brasileiro que siga a comitiva da seleção que já não tenha respondido uma pergunta do gênero.

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A seleção brasileira segue sem fazer gol em coletivos. A equipe titular encontrou muita dificuldade e pouco ameaçou os reservas na atividade realizada na tarde deste sábado (fim da manhã no Brasil) na Randburg High School, em Joanesburgo. Grafite chegou a fazer um gol para os suplentes em falha de Gomes, mas Dunga já havia marcado falta do atacante, e o lance, ao contrário do que foi informado anteriormente aqui, já não valia mais. Somente os dez primeiros minutos do treino puderam ser gravados e fotografados, por ordem do treinador.

O goleiro titular Julio Cesar, após dois dias em tratamento por causa de uma pancada nas costas, foi a campo, mas treinou à parte. Apesar de estar recuperado, conforme informou a assessoria de comunicação da CBF, ele não deve embarcar para a Tanzânia neste domingo. O Brasil enfrenta a seleção local na segunda-feira às 12h (de Brasília).

Apesar do resultado do coletivo não ter tanta importância, o treino mostrou que a equipe principal do Brasil, ao menos no momento, tem sérias dificuldades para encontrar o caminho do gol. Os 11 de Dunga se saíram bem na marcação, mas criaram poucas chances.

Kaká foi uma figura apagada, errando os poucos passes que tentou, enquanto Luis Fabiano não recebeu bola alguma para concluir. Robinho foi quem mais tentou, porém, também não levou vantagem contra a defesa suplente. As jogadas pelas laterais, uma das principais armas do time, não funcionaram sequer uma vez. De positivo, Michel Bastos treinou normalmente após ter deixado o treino de sexta-feira com uma entorse no tornozelo direito.

Julio Cesar e Juan são amigos de longa data. Grafite e Josué já jogaram juntos em dois clubes diferentes. Elano e Robinho brilharam como Meninos da Vila e Maicon, Luisão, Gomes e Felipe Melo foram campeões pelo mesmo time. A explicação para o entrosamento da seleção brasileira não se justifica apenas com a "Era Dunga".

Sob o comando do treinador, é verdade, eles se reencontraram, agora reunidos em um time só. Mas antes disso, todos vestiram, ao menos uma vez, a mesma camisa que algum dos seus companheiros de seleção. Seja no passado ou no presente, como é o caso de Julio Cesar, Lúcio e Maicon, companheiros no Inter de Milão.

- Se temos a melhor defesa do mundo, eu não sei, porque os outros clubes e seleções também têm grandes jogadores. Mas é claro que esse entrosamento ajuda, porque eu sei, por exemplo, o que o Lúcio pode fazer, o que ele quer... – declarou Maicon, ao ser questionado sobre a qualidade da defesa brasileira.

A lista de "coincidências" entre os 23 convocados por Dunga para a Copa do Mundo de 2010 é grande. Falando de presente, além do grupo do Inter de Milão, Doni, Julio Baptista e Juan atuam no Roma, também da Itália, Luisão e Ramires no Benfica, de Portugal, e Josué e Grafite no alemão Wolfsburg.

- Já temos o entrosamento de outras oportunidades e o fato de a gente ter esse tempo para treinar antes da Copa o faz ser maior ainda – acrescentou Maicon.

Na última quarta-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o Zimbábue, em amistoso preparatório para a Copa do Mundo, os jogadores da seleção brasileira exaltaram bastante a maneira como a seleção se conhece. Principalmente por conta do lance do terceiro gol verde e amarelo, marcado por Elano.

- Foi um gol com a cara do Brasil. Toque de pé em pé. Isso é coisa de time que joga há muito tempo junto. É algo de time entrosado – falou o autor do gol.

A jogada foi iniciada com um toque de calcanhar de Julio Baptista para Daniel Alves. Na esquerda da grande área, ele apareceu e rolou para Elano, na pequena área, completar para o fundo do gol e dar números finais ao amistoso.