A Copa do Mundo é um bom termômetro para se analisar o momento do futebol. Entre as constatações a partir da África do Sul, ficou claro que faltam bons laterais esquerdos atualmente. A Espanha teve o discreto Capdevilla, a Holanda o envelhecido Bronckhorst e a Alemanha o destro Boateng. Entre os clubes europeus, há o consenso de que esta é uma crise mundial, para a qual os grandes clubes espanhóis adotaram uma receita genuinamente brasileira.

Filipe Luís deixou o decadente Deportivo La Coruña para ser o dono da lateral esquerda do Atlético de Madrid, campeão da última Liga Europa. Adriano Correia saiu do Sevilla após cinco temporadas para se juntar ao Barcelona, onde já estava e parece ganhar espaço Maxwell. No Real Madrid, José Mourinho deu a titularidade para Marcelo.

"Os europeus têm feito essa aposta e é bom para o Brasil. Antes não era assim, só tinha o Roberto Carlos. O lateral brasileiro tem característica de atacar muito, por isso demora até eles confiarem. Eu mesmo tive que passar por várias provações até aqui", conta Filipe Luís, lembrado por Dunga para a Seleção Brasileira em três convocações, ao Terra. De fato, até chegar ao Atlético de Madrid, Filipe passou por poucas e boas: destaque do Figueirense em 2005, jogou no Ajax e no Real Madrid Castilla, a equipe B dos merengues, até chegar ao Deportivo La Coruña por empréstimo em 2006. Por lá, as coisas demorariam um pouco a acontecer. Ele explica o porquê.

"O treinador do La Coruña (Miguel Ángel Lotina) é que teve paciência, treinou muito a minha parte defensiva até eu conseguir meu espaço na Europa", conta Filipe Luís, negociado por 12 milhões de euros.

O desespero entre os clubes europeus por um lateral esquerdo é tanto que o Manchester City queimou 22 milhões de euros pelo apenas mediano Kolarov, sérvio que defendia a Lazio. É a única transferência de jogadores da posição entre as 20 maiores negociações da última janela - sinal que falta material humano.

No futebol espanhol, onde se oferece mais liberdade aos laterais para o apoio ao ataque, se aguarda agora pela afirmação de Marcelo. De tantos problemas defensivos, ele chegou a ser improvisado no meio-campo por outros treinadores. Com Mourinho, vem sendo o titular na defesa do Real Madrid.

"Ele melhorou muito. Quando chegou aqui, com certeza não sabia defender. Os treinadores tiveram paciência com ele", diz Filipe Luís, com sinceridade. Reserva de Mano Menezes na Seleção, Marcelo foi cortado por lesão e deu espaço a Adriano Correia. No Barcelona, ele briga por posição com Maxwell, outro brasileiro. Abidal, o antigo dono da posição, virou zagueiro novamente.

8 grandes da Europa com problemas na lateral esquerda

A lesão de Paulo Henrique Ganso tirou o jogador de combate em 2010 e abriu espaço para outro atleta na Seleção Brasileira: Carlos Eduardo. O meia-atacante, revelado por Mano Menezes no Grêmio, vem se destacando na semana de treinos da equipe em Barcelona.

No mini coletivo de sexta-feira, a primeira atividade da Seleção na Espanha, o jogador marcou os dois gols dos titulares no empate por 2 a 2 e foi o principal responsável por armas as jogadas, já que Ganso, com lesão no joelho, está fora.

"É bom, né? Já no primeiro treino como titular, fazendo dois gols e entrosando com os colegas. Aos poucos, vou conseguindo meu espaço na Seleção", afirmou o jogador, um dos cinco escolhidos para conversar com os jornalistas neste sábado, no centro de treinamento do Barcelona.

Carlos Eduardo poderia ter uma chance de estrear como titular com a camisa amarela, mas o Brasil apenas treina na Europa. Mas em outubro e novembro, quando a Seleção vai disputar amistosos, o jogador do Rubin Kazan, da Rússia, inevitavelmente deve ter uma chance.

Aos 23 anos, Carlos Eduardo apareceu para o futebol no Grêmio em 2007. Subiu para o time de cima chamado por Mano, mas jogou apenas sete meses antes de se transferir para o Hoffenheim, da Alemanha. No período, foi vice-campeão da Copa Libertadores da América, perdendo a final para o Boca Juniors, da Argentina. "Gostaria de ter ficado um pouco mais, mas tive que pensar no lado financeiro. O Mano me revelou no Grêmio, a intimidade que temos para conversar ajuda bastante", explicou o meio-campista, que ficou na lista de espera de Dunga na Copa da África do Sul.

O goleiro Rogério Ceni é um símbolo do São Paulo nos últimos anos. Nas últimas décadas na verdade, uma vez que ele completa 20 anos no clube no próximo dia 7 de setembro. E com chances de fazer mais algumas temporadas pelo clube tricolor. Em entrevista neste domingo ao jornal Lance, ele afirmou que é possível estender seu contrato após 2012.

Questionado sobre as chances de permanecer no time após o encerramento do contrato, que atualmente vai até o fim de 2012, ele deixou no ar suas intenções.

"Acho que é possível (renovar), mas não consigo vislumbrar isso hoje. Quando chegar mais próximo do fim, daí sim, vou conseguir responder se será encerrado o contrato em 2012 ou se vamos continuar", afirmou o capitão, que define seu momento mais especial o dia em que subiu oficialmente para profissional, além da data em que passou no teste para jogar pelo clube.

"Tenho o São Paulo como extensão da minha vida. É, no mínimo, 50% do que a vida significa para mim. Não é indiferente ganhar e perder pelo resultado, é pela instituição. Defendo como se fosse meu. Sinto como se fosse a minha empresa. Não é, mas me apego de uma maneira que vejo as coisas como um torcedor, um atleta ou na posição do dirigente", explicou.

Ceni refuta que tenha interesses políticos no São Paulo e afirma que ainda não sabe qual será seu futuro quando pendurar as luvas e chuteiras, uma vez que "no nosso país não dá para pensar dois anos para frente".

O goleiro admite que o São Paulo atualmente vive momento delicado em relação às temporadas anteriores. Assim, mira a Libertadores, por saber que as chances estão acabando.

"Ainda tenho na cabeça buscar outra Libertadores e, depois, disputar o Mundial", disse ele, que chorou na eliminação do São Paulo, este ano. "Eu achava que era muito possível chegar e, pela posição no Brasileiro, poderia ser a última chance de ser campeão do mundo."

Tomizawa foi atropelado por dois pilotos e sofreu múltiplas fraturas. Em 1993, tricampeão Rainey ficou tetraplégico na mesma pista, em San Marino

O japonês Shoya Tomizawa, de 19 anos, morreu neste domingo, poucas horas depois de ter sofrido um grave acidente durante a prova de Moto2 em San Marino, na Itália. Ele caiu de sua moto, foi atropelado por dois pilotos e teve uma parada cardíaca ainda na pista. Foi reanimado e levado para um hospital. Tinha fraturas múltiplas, hemorragia interna. Não resistiu.

A última morte no Mundial de Motovelocidade tinha sido em 2003 - a do também japonês Daijro Kato, em Suzuka. Na semana passada, um outro jovem piloto de moto morreu durante uma corrida. Peter Lenz competia nas 250cc de um campeonato de base americano, em Indianápolis.

Não foi a primeira vez que Misano viu um acidente grave. Em 1993, no dia 5 de setembro, Wayne Rainey, tricampeão nas 500cc (1990, 91 e 92) e um dos maiores pilotos da história da motovelocidade, caiu na primeira curva, a quase 200 km/h, quando liderava o GP da Itália. A moto atingiu as costas do americano, encerrando sua carreira e o deixando paraplégico.

Shoya Tomizawa tinha 19 anos (Foto: EFE)

O acidente deste domingo foi a 15 voltas para o fim da prova da Moto2. Depois de cair, o japonês, que estava em quarto, foi atropelado pelo italiano Alex de Angelis e pelo inglês Scott Redding. Tomizawa teve uma parada cardíaca, foi reanimado e levado para um hospital. Quando era carregado para a ambulância, sua maca foi derrubada.

Redding também foi internado, mas não está em estado grave. De Angelis nada sofreu - saiu andando da pista.

Tomizawa venceu, no Qatar, a primeira corrida da categoria Moto2, que substituiu as 250cc. A seis corridas do fim, ele ocupava a sétima colocação. Toni Elias, que venceu a corrida italiana, é o líder. Ele disputou 28 GPs. Além da vitória, tinha uma segunda colocação e duas pole positions na Moto2. Sua estreia na motovelocidade foi em 2006, no GP do Japão, ainda nas 125cc.

Em entrevista para o Esporte Espetacular, atacante do Milan fala também sobre as ambições na Itália, o número 70 e muito mais. Confira

Robinho está cada vez mais à vontade na Seleção Brasileira. Mais experiente por conta das duas Copas do Mundo que participou (2006 e 2010) e agora capitão da Era Mano Menezes, o atacante vive grande fase. Não à toa foi contratado pelo Milan. Mas o que faz o jogador acreditar que agora vai dar certo na Europa? A resposta ele deu em entrevista exclusiva para o Esporte Espetacular.

- Porque estou mais maduro, mais motivado e o Milan tem um grande projeto. O ataque é praticamente brasileiro e o restante da equipe é de muita qualidade. É muita gente boa junta, então vamos tentar entrosar o mais rápido possível para quem saber conquistarmos todos os títulos que vamos disputar – falou o Rei das Pedaladas, no programa que vai ao ar na manhã deste domingo.

O atual momento, porém, não faz Robinho esquecer os dois fracassos que teve junto da Seleção Brasileira nos Mundiais de 2006 e 2009. Pelo contrário, essa frustração sempre vai existir. E segundo ele na mesma proporção.

Robinho exibe a camisa do seu novo time, o Milan (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)

- Perder é horrível sempre. Não dá para eleger qual foi a pior derrota. Em 2006, nós decepcionamos o povo que esperava tanto da gente. E neste ano, nós tivemos um apagão no segundo tempo e perdemos da Holanda. Não sei o que aconteceu. Quando acabou o primeiro tempo achei que poderia ser 3 a 0 (o jogo terminou 2 a 1 para o rival) – declarou Robinho.

O atacante ainda não foi apresentado oficialmente no Milan, mas seu número de camisa já foi escolhido. Sem poder usar o tradicional 7, ele vai de 70.

Eu vou aprender logo, porque não tenho medo de falar errado"

Robinho

- Sempre gostei de jogar com a 7, mas em todos os clubes que passei na Europa não tive essa oportunidade. E no Milan é assim também, porque a 7 é do Pato. Então, escolhi a 70, que é um número legal também – explicou o atacante.

Em Milão, por sinal, Robinho terá o desafio de aprender o idioma italiano. Confiante, ele acredita que a ausência de timidez vai ajudar.

- Eu vou aprender logo, porque não tenho medo de falar errado... – brincou.

globo.com

Ronald Quintero passa mal em treino, e atletas culpam falta de pagamento

Ronald Quintero, jogador do Deportivo Pereira

O lateral-esquerdo Ronald Quintero, do Deportivo Pereira, da Colômbia, desmaiou durante um treino por falta de alimentação, informaram os companheiros de clube do jogador. Capitão da equipe, Gustavo Victoria, disse que, por conta da grave crise econômica que o time está atravessando, muitos jogadores estão com salários atrasados e falta dinheiro até para comprar comida. Os atletas, inclusive, decidiram protestar e, caso os dirigentes não paguem pelo menos um mês de salário, não vão entrar campo no próximo domingo.

- Alguns companheiros não têm se alimentado e por isso decidimos não jogar este domingo. Não temos dinheiro nem para o supermercado. Os diretores não se comprometem com nada, dizem que não têm um centavo e estão esperando que saia uma negociação pendente. Mas isso não ajuda os jogadores que neste momento estão passando fome – disse Victoria.

A imprensa local especula que a dívida do clube com os jogadores chegue a quatro meses de salários atrasados. Chateado, outro atleta, que preferiu omitir a identidade, disse que "é difícil pensar em uma partida de futebol quando a sua família está passando necessidade".

Após vitória sobre o Ceará, no sábado, treinador chegou à marca de 18 partidas sem perder na competição

PC Gusmão e Muricy Ramalho
(Foto: Montagem sobre foto da Photocamera)

Nas 18 partidas em que trabalhou neste Campeonato Brasileiro, o técnico Paulo César Gusmão não saiu de campo derrotado uma vez sequer. Neste sábado, após comandar o Vasco na vitória sobre o Ceará por 2 a 0, no Castelão, ele igualou o recorde de Muricy Ramalho, que em 2008 ficou 18 jogos invicto à frente do São Paulo.

Destes 18 confrontos, PC comandou o Ceará em sete rodadas e o Vasco nas 11 restantes. O técnico cruzmaltino não escondeu a felicidade com a marca, e já pensa em seguir um caminho de grandes conquistas.

- Fico feliz em igualar os números de um treinador tão consagrado do futebol brasileiro. É um grande feito, mas ainda tenho muita coisa para caminhar. Quero ter grandes conquistas também - disse ao SporTV.

Os dois gols saíram no começo do segundo tempo. Anderson Aquino abriu o placar para o Paraná e Ygor empatou para os catarinenses.

Segura, Vadão!
A Portuguesa, por outro lado, se afundou na crise e o técnico Vadão já começa a ver seu cargo ameaçado. A Lusa perdeu de virada para o Sport, por 2 a 1, no Canindé, e chegou ao sexto jogo sem vitórias, sendo dois empates e quatro derrotas. O resultado derruba a equipe para a oitava posição, com 28 pontos.

Já os pernambucanos sobem para os primeiros lugares, com 27 pontos, e não perdem há oito rodadas. Destaque para o atacante Ciro, do Sport, que marcou seu 13.º gol e se isolou ainda mais na artilharia. O outro gol da virada foi marcado por Wilson, enquanto Thiago GOmes,d e cabeça, abriu o placar para a Lusa no primeiro tempo.

Guará vai bem
A outra equipe paulista em campo, o Guaratinguetá, conseguiu uma importante vitória. O time fez a lição de casa e bateu o Coritiba, por 1 a 0, no Vale do Paraíba. Foi o quarto jogo sem derrota dos donos da casa, que passam a ocupar a sétima posição, com 30 pontos.

Os paranaenses, por sua vez, amargam a terceira derrota seguida como visitantes, e seguem na terceira posição, com 33 pontos. O gol da vitória foi marcado, de falta, por Éverton.

Briga lá embaixo
Mesmo jogando em casa, o ASA chegou à sua quarta derrota consecutiva, após cair diante do Duque de Caxias, por 2 a 0, em Arapiraca. Foi a quinta partida sem derrotas dos fluminenses que chegam aos 26 pontos, afastando o perigo de rebaixamento.

Os alagoanos seguem caindo na tabela, com 22 pontos, no 14.º lugar. Os potiguares continuam na zona de rebaixamento, com 16 pontos. Os gols foram anotados por Mancuso e André Luís.

Pênalti no final
Com um gol de pênalti bastante discutivel do uruguaio Acosta, aos 44 minutos do segundo tempo, o Brasiliense venceu o América-RN, por 1 a 0, e voltou a respirar. Foi a primeira vitória do clube do Distrito Federal, que chega aos 24 pontos, sob o comando do técnico Roberval Davino. Os potiguares continuam na zona de rebaixamento, com 16 pontos.

Icasa vence outra
A rodada foi fechada à noite, em Juazeiro da Norte, com a vitória do Icasa sobre o Ipatinga, por 2 a 0. O resultado deixou o time cearense, em décimo lugar, com 27 pontos. O Ipatinga, com 15 pontos, segura a lanterna e está seriamente ameaçado pelo rebaixamento à Série C.

Os gols da vitória foram marcados, no primeiro tempo, por Dodó e Assisinho. O time cearense está invicto no Estádio Romeirão, com sete vitórias e dois empates. Esta foi a décima derrota do time mineiro.

G4 e degola
A 19.º rodada, a última do primeiro turno, começou sexta-feira e praticamente definindo o G4, grupo de acesso, como a zona de rebaixamento. Só existia a possibilidade do Bahia deixar o G4 caso a Portuguesa vencesse no Canindé o Sport. Mas a Lusa está uma vergonha.

Dessa forma, estariam neste momento garantidos na Série A: Figueirense (36 pontos), Ponte Preta (35 pontos), Coritiba (33) e Bahia (31). Mas a briga pelo G4 está boa, porque o Náutico também soma 31 pontos, seguido pelo América-MG e Guaratinguetá, ambos com 30 pontos.

Por outro lado, estariam rebaixados: Ipatinga (15), América-RN (16), Vila Nova (17) e Santo André (20).

Confira os resultados da 19.ª rodada da Série B:

Sexta-feira
São Caetano-SP 1 x 2 Vila Nova-GO
Náutico-PE 1 x 0 Santo André-SP
Bahia-BA 1 x 1 Bragantino-SP
América-MG 1 x 3 Ponte Preta-SP

Sábado
Portuguesa-SP 1 x 2 Sport-PE
Guaratinguetá-SP 1 x 0 Coritiba-PR
Paraná-PR 1 x 1 Figueirense-SC
Brasiliense-DF 1 x 0 América-RN
ASA-AL 0 x 2 Duque de Caxias-RJ
Icasa-CE 2 x 0 Ipatinga-MG

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