Investir nas categorias de base pode ser lucrativo e ajudar na identificação do jogador com o clube, mas não é a estratégia preferida no Brasil. Pelo menos não entre os melhores times da Série A. As equipes que integram o G-4 dão espaço mínimo aos atletas que revelam. São os reforços formados por outros clubes que desfrutam de maior prestígio.

Nenhum time entre os quatro melhores possui mais de dois pratas-da-casa entre os titulares. O "recordista" é o Cruzeiro. Atualmente na quarta colocação, conta com os laterais Jonathan e Diego Renan, crias do projeto conduzido na Toca da Raposa.

O líder Fluminense, por sua vez, tem Fernando Henrique como único representante da base entre os titulares. O cenário no vice-líder Corinthians é o mesmo. Formado no Parque São Jorge, o goleiro Julio Cesar herdou a vaga de titular após a conturbada saída de Felipe e é o dono da camisa 1, embora não seja unanimidade dentro do clube.

Entre os atuais integrantes do G-4, o Botafogo, terceiro, é o principal exemplo de que a base, por enquanto, serve apenas como opção para o banco de reservas. Não há nenhum jogador revelado pelo Botafogo na equipe principal de Joel Santana.

O Santos deixou o grupo dos quatro melhores na última quinta-feira, mas no primeiro semestre foi o exemplo que deu certo em relação ao aproveitamento da base. A equipe de Dorival Júnior jogou um futebol que encantou no Paulista e na Copa do Brasil contando no time titular com seis atletas revelados na Vila Belmiro.

Neymar, Paulo Henrique Ganso, Felipe, Robinho, Wesley e André ganharam destaque na conquista dos dois títulos, mas o sexteto se desfez. Robinho, Wesley e André foram embora do futebol brasileiro. Felipe está na reserva. Ganso, por sua vez, recupera-se de grave lesão no joelho. O Santos, hoje, está em quinto lugar.

Assim, somados, os quatro melhores times do Brasileirão atualmente reúnem em suas escalações apenas quatro pratas-da-casa, média de um por equipe. Numa época em que a palavra renovação é tão defendida de olho na Copa de 2014, os resultados no Nacional, por enquanto, mostram outra tendência.

EM NEGRITO, OS JOGADORES REVELADOS NA BASE DOS TIMES DO G-4

	FLUMINENSE Fernando Henrique (foto); Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Júlio César; Diogo, Diguinho, Deco e Darío Conca; Emerson e Fred
	CORINTHIANS Julio Cesar (foto); Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley
	BOTAFOGO Jefferson; Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Fábio Ferreira; Alessandro, Marcelo Mattos, Somália, Maicosuel e Marcelo Cordeiro; Herrera e Loco Abreu
	CRUZEIRO Fábio; Jonathan, Caçapa, Gil e Diego Renan (foto); Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Walter Montillo; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou via Twitter que a sede da Fifa no Rio de Janeiro, durante a Copa, será mesmo na capital fluminense. O político, em compensação, confirmou que a Cidade da Música foi vetada para o sorteio das eliminatórias para a Copa de 2014. A tendência é de que seja realizado no Forte Copacabana.

Nesta sexta-feira, o comitê da Fifa, comandado pelo seu secretário-geral, Jérôme Valcke, juntamente com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e Eduardo Paes, estiveram, além da Cidade da Música e do Forte de Copacabana, no Centro de Convenções Sul-América. Os dirigentes ainda sobrevoaram o Maracanã.

"Fico feliz com o que vi aqui no Rio de Janeiro. Vejo que a cidade está trabalhando para receber uma Copa do Mundo. Vou trabalhar até o fim de 2014 com o Ricardo Teixeira para que tudo saia bem", disse Jérôme Valcke.

A sede da Fifa no Rio de Janeiro já vinha sendo especulada há alguns dias. A entidade teria checado prédios da Prefeitura no centro, que poderiam servir para o escritório dos cartolas. Jeróme Valcke, inclusive, deve mudar-se para a cidade já em 2011.

"Estivemos com todo o comitê e o secretário visitando as instalações e mostrando nossos projetos. Tudo saiu dentro do previsto e estamos otimistas com o andamento e a realização da Copa do Mundo", salientou Ricardo Teixeira.

A grande questão agora é a sede do IBC, o centro de mídia da Copa do Mundo. Eduardo Paes confirmou que o Rio de Janeiro apresentou o Aterro do Flamengo como possível opção, mas disse que a definição só sairá em novembro. Porém, confiante na "vitória", o político aproveitou para brincar com os paulistas.

"É uma chicotada na paulistada. São Paulo vai ter de se virar para conseguir algo. Mas, é claro, que é tudo uma brincadeira. Apoio bastante São Paulo e o seu prefeito", encerrou.

'Nosso desafio agora é aprender a jogar sem ele', explica o treinador. Contra o Botafogo, ausência do maestro ficou muito evidente

Dorival Junior sente falta de Ganso
(Foto: Ricardo Saibun / Site Oficial do Santos)

O Santos terá de aprender a jogar sem Paulo Henrique Ganso. A sentença é do técnico Dorival Júnior, que reconheceu: na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, na última quinta-feira, no Pacaembu, o camisa 10 fez uma falta tremenda. Primeiro, o treinador enumerou os erros cometidos pela equipe.

- Estivemos com nossos compartimentos totalmente separados, faltou uma aproximação maior entre o meio de campo e o ataque. Não prendíamos a bola no meio de campo, erramos passes demais. Com posse de bola, passe de pé em pé, o Santos sempre jogou bem. Dessa vez não tivemos isso - reclamou.

Após essa resposta, veio a pergunta: se Ganso estivesse em campo esses erros não teriam acontecido ou, pelo menos, seriam minimizados? Dorival nem pensou para responder.

- Sem dúvida. Se nós pararmos agora para pensar num jogador em atividade no Brasil que faça o que o Paulo faz, vamos ficar até amanhã matando a cabeça e não vamos achar ninguém. Temos de aprender a jogar sem ele. Esse é o nosso maior desafio - admite o treinador.

O problema para os santistas é que o maestro só volta em fevereiro de 2011. Ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo na 16ª rodada, durante confronto contra o Grêmio, no estádio Olímpico.

Dirigente não suporta pressão e renuncia ao cargo. Como vices já haviam saído também, presidente do Conselho Deliberativo será o novo mandatário

Partiu da comunidade portuguesa no Brasil, dentro da Casa de Portugal em São Paulo, a sugestão para o galinho de quintino assumir a vaga de treinador da seleção portuguesa de futebol.

O técnico do time lusitano Carlos Queiroz foi demitido pela Federação Portuguesa e a contratação de um novo profissional é prioridade para a entidade. Já nos dias 8 e 12 de outubro, Portugal enfrenta Dinamarca e Islândia pelas eliminatória da Euro 2012.

Portugueses aqui do Brasil dão um pitaco e sugerem o nome do dirigente do Flamengo. Apesar de não ter sido convidado oficialmente, Zico em uma conversa por telefone antes do jogo São Paulo e Fla me disse estar lisonjeado com a indicação. Também lembrou ter o passaporte português e que o pai, Antunes, era português.

O histórico de técnicos brasileiros dirigindo a seleção portuguesa pode ter um peso na escolha. Otto Glória fez sucesso na Copa da Inglaterra em 66 e Felipão levou o time ao vice na Euro 2004 e ainda tocou a boa campanha na Copa da Alemanha dois anos depois.

Além de melhorar sua situação na tabela, o Palmeiras enfrenta o Vasco neste fim de semana com a obrigação amenizar dois problemas que assolam a equipe no Brasileiro. O time alviverde retorna ao Pacaembu às 16h de domingo movido pela necessidade de melhorar o aproveitamento como mandante e, de quebra, acalmar os ânimos da equipe após uma série de insucessos.

"Todo mundo está irritado com essa situação. O grupo está chateado e quer melhorar, mas não consegue. É só vencendo que vamos nos acalmar. O que está atrapalhando são os resultados dentro de casa. Empatamos com Botafogo, levamos três do Atlético-GO e do Cruzeiro. Isso não pode acontecer", destacou o atacante Kleber.

O discurso do camisa 30 tem sentido. Até o momento, o Palmeiras atuou sete vezes dentro do Pacaembu no Nacional, com duas vitórias, dois empates e três derrotas – ganhou apenas 38% dos pontos que disputou.

Em compensação, a equipe alviverde conquistou resultados importantes fora de seus domínios nos últimos jogos. Derrotou o Atlético-MG em Ipatinga, além de ter arrancado empates do líder Fluminense no Maracanã e do Vitória no Barradão.

"Fora de casa não estamos indo mal. Conseguimos bons resultados com esses empates, por exemplo. Fluminense e Vitória ainda vão tirar muitos pontos dos rivais quando jogarem em casa. Nosso problema é que não somos constantes no Pacaembu", completou Kleber.

Mas se depender do rendimento do Vasco como visitante, o Palmeiras terá dificuldades para recuperar o caminho das vitórias no Pacaembu. Isso porque a equipe de São Januário não perde uma partida fora de casa na Série A desde antes da Copa do Mundo, quando foi goleada pelo Santos por 4 a 0 na Vila Belmiro.

"Já estamos acostumados ao Pacaembu. O problema não é o estádio e sim que precisamos acordar quando jogamos em casa. A torcida tem feito a parte dela, agora temos que fazer a nossa", concluiu o Gladiador.

Vasco e Atlético-MG empataram em 1 a 1, na noite desta quinta-feira, em São Januário, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado acabou sendo ruim para ambos. Os cariocas, com 27 pontos, na nona posição, não se aproximaram do G-4, enquanto os mineiros, com 18, em 17º, continuam afastados do Flamengo, primeiro time fora da zona de rebaixamento.

Eder Luís, no primeiro tempo, abriu o placar para o Vasco, e Ricardinho, de pênalti, deixou tudo igual já na reta final da partida. Indignado com o gol do Atlético-MG, o técnico Paulo César Gusmão reclamou do árbitro e foi expulso.

O empate, apesar de não ter sido o resultado esperado, serviu para manter o Vasco invicto na competição pós-Copa do Mundo. O técnico Paulo César Gusmão, incluindo o trabalho no Ceara, ainda não perdeu neste Campeonato Brasileiro.

Apesar do resultado "satisfatório". O Atlético-MG segue com um retrospecto muito ruim fora de casa. Em dez partidas, incluindo o jogo desta quinta-feira, os mineiros venceram apenas uma, empataram três e perderam seis.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco enfrenta o Palmeiras, no Pacaembu, enquanto o Atlético-MG recebe o Grêmio Prudente, em Sete Lagoas. As duas partidas serão realizadas neste domingo, às 16h.

O jogo

Os dois times entraram em campo desfalcados de seus principais jogadores. O Vasco não tinha Carlos Alberto, Zé Roberto e Felipe, enquanto Diego Tardelli e Obina eram as ausências no Atlético-MG.

Apesar de ter um ataque "improvisado", com Diego Souza e Daniel Carvalho, o Atlético-MG começou melhor e, aos sete minutos, Fabiano quase abriu o placar para os mineiros.

O início animador do Atlético-MG deu uma impressão falsa aos seus torcedores. O time só teve aquela chance e caiu de produção, assim como o Vasco. A partida ficou monótona, sem emoção.

Somente na parte final que o Vasco "acordou". No primeiro lance, Rafael Carioca chutou e Fábio Costa defendeu. No segundo, aos 37 minutos, Eder Luís recebeu de Fagner e arrematou sem chances para o goleiro do Atlético-MG. Por ter identificação com o clube mineiro, o atacante não comemorou o seu gol.

Percebendo a situação complicada do Atlético-MG, o técnico Vanderlei Luxemburgo mexeu na equipe para o segundo tempo. Lima e Serginho saíram para as entradas de Neto Berola e Ricardinho, respectivamente.

O Atlético-MG voltou melhor, com mais atitude e bom toque de bola. "Preso" na marcação do adversário, o Vasco parou de incomodar Fábio Costa. Tanto que aos dez, Nunes saiu para a entrada do jovem Nilson. Cinco minutos depois, Fellipe Bastos entrou no lugar de Fumagalli.

A chance do empate veio aos 18. Daniel Carvalho cobrou falta, mas a bola bateu na trave direita de Fernando Prass e não entrou. No minuto seguinte, na sua última cartada, Vanderlei Luxemburgo colocou o equatoriano Méndez no lugar de Fabiano. Aos 25 foi a vez da última alteração do Vasco. Eder Luís, machucado, foi substituído por Jonathan.

Melhor em todo o segundo tempo, o Atlético-MG foi recompensado com o gol de empate. Aos 38, Daniel Carvalho passou por Nilton e foi derrubado dentro da área. Dois minutos depois, Ricardinho cobrou o pênalti, deixou tudo igual e deu números finais ao confronto.

Entidade diz que ainda não recebeu projeto do estádio do Corinthians. Jérôme Valcke terá agenda lotada na sexta para conhecer sedes no Rio

O presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, se reuniu na tarde desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e com o Ministro dos Esportes, Orlando Silva. Em pauta estava a discussão do andamento dos projetos para a realização do mundial no Brasil. O encontro durou cerca de duas horas, e nenhum dos participantes deu entrevista.

De acordo com a CBF, o estádio do Corinthians, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, possível palco da abertura da Copa, não entrou na conversa, já que a entidade ainda não recebeu o projeto do "Fielzão".

Na sexta-feira, Jérôme Valcke terá uma agenda cheia na Cidade Maravilhosa. Ao lado de Ricardo Teixeira e de representantes da prefeitura, ele percorrerá locais sugeridos como sedes. Para o sorteio das Eliminatórias para o Mundial (em 2011), as opções que serão apresentadas são a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, e o Forte de Copacabana. Para o centro de imprensa, um prédio localizado na Cidade Nova, perto do Maracanã, e o Riocentro.

A comitiva irá visitar também o Aterro do Flamengo, que pode ser o local onde serão os estúdios de televisão. O Comitê Organizador e a Fifa podem ser instalados em um prédio próximo ao da prefeitura ou no Forte de Copacabana.

Valcke, que deve se mudar para o Rio de Janeiro, a partir de 2011, deixa a capital fluminense já nesta sexta-feira.

Ricardo Teixeira, Orlando Silva e Jérême Valcke conversam na na sede da CBF (Foto: Divulgação)

Loco Abreu recuperou o moral no Botafogo. Após passar o primeiro turno em branco no Campeonato Brasileiro, discutir com Joel Santana, e amargar o banco de reservas, o atacante uruguaio entrou nos minutos finais do duelo contra o Santos, e garantiu a vitória por 1 a 0, ao marcar aos 45 minutos do segundo tempo.

O temido ataque santista sucumbiu ao goleiro Jefferson na noite desta quinta-feira, no Pacaembu. O goleiro do Botafogo foi o outro responsável pela vitória no confronto direto pelo G-4.

Com o resultado, o Botafogo ultrapassou o adversário e foi aos 34 pontos, na 3ª colocação. O Santos caiu para a 5ª posição, com 31 pontos.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo, pela 21ª rodada da competição. O Botafogo encara o São Paulo, no Engenhão, às 16h. Já o Santos vai até Fortaleza atuar contra o Ceará, às 18h30.

Grêmio Prudente e Avaí entraram pressionados em campo. E vão continuar. O empate por 1 a 1, na noite desta quinta-feira, não foi bom para ninguém. O time paulista permanece na zona de rebaixamento, enquanto os catarinenses conhecem o sexto jogo seguido sem vitória no Campeonato Brasileiro.

O resultado é pior para o Grêmio Prudente, que contabiliza seis partidas sem vencer como mandante. Diante disso, aparece na penúltima colocação, com apenas 17 pontos, cinco atrás do Flamengo, o primeiro fora da zona da degola. Por outro lado, o Avaí, que já figurou no G-4, tem 24 pontos e figura na modesta 13ª posição.