Dorival Júnior e Vanderlei Luxemburgo, dois nomes que foram mencionados nos bastidores do São Paulo para assumir o comando da equipe, estão disponíveis no mercado. Apesar da sombra de profissionais experientes, o jovem Sérgio Baresi, de 37 anos, confia no apoio do presidente Juvenal Juvêncio.
Após deixar o Santos, Dorival ganhou força entre pessoas influentes na diretoria do clube do Morumbi. Entretanto, Juvenal surpreendeu ao bancar, em entrevista ao blog do PVC, a permanência de Baresi como interino.
"Realmente conversei com o Dorival nesta semana, mas foi apenas um bate-papo, porque somos amigos. Essa possibilidade da vinda é uma questão da diretoria, e estamos aqui para hoje pensar no melhor para o São Paulo. Tenho certeza de que a diretoria deixou bem claro que o melhor pelo São Paulo é a minha permanência. Vimos isso pela declaração do presidente, mas o dia de amanhã a gente não sabe o que pode acontecer", comentou o treinador, após atividade na manhã desta sexta-feira, no CT da Barra Funda.
"No Brasil, o futebol culturalmente é dessa forma. Quando você ganha, a diretoria não pensa em trocar, e quando perde, trocam. Foi assim com o Luxemburgo [no Atlético-MG]. Com o Dorival a gente sabe que foi diferente. No Brasil, o treinador é um sobrevivente", completou o são-paulino.
Há aproximadamente 45 dias na direção do time principal do São Paulo, Baresi conquistou cinco vitórias, empatou três vezes e perdeu outras três – um aproveitamento de 54,5% dos pontos no Brasileirão. Passou por momentos conturbados, como a derrota por 3 a 0 para o Corinthians, em agosto.
"No começo foi difícil, pois a palavra transição é muito forte para todos. Méritos disso mais dos jogadores do que meu, pois eles me receberam com total confiança e aceitabilidade do trabalho. O mais importante foi a adaptação e o fato de o elenco ter me apoiado. Obviamente o começo foi difícil pelos resultados, teve a derrota para o Corinthians, mas depois soubemos trabalhar com uma pressão muito grande", ponderou.
O mandatário do clube aprovou principalmente o espaço que Baresi ofereceu aos jovens revelados pela base. Casemiro e Lucas viraram titulares, e Zé Vitor tem entrado no decorrer das partidas.
"O primordial é que o trabalho está sendo feito. Nós conseguimos mostrar o Lucas, o Casemiro, o PA [apelido do Zé Victor], e outros que ainda terão oportunidades no decorrer do Brasileiro. O diferencial é que antes não se aproveitava os jogadores da base por diversos fatores. Agora não está se aproveitando por aproveitar, mas sim porque eles têm qualidade para jogar", finalizou o treinador.

Quatro estádios que serão reformados ou construídos para a Copa do Mundo de 2014 devem se transformar em "elefantes brancos" após a competição. A avaliação é do deputado Silvio Torres (PSDB), presidente da subcomissão que fiscaliza os gastos públicos relacionados à organização do evento.
"O TCU [Tribunal de Contas da União] já apontou no estudo que fez sobre a sustentabilidade de alguns estádios que vão sediar a Copa que quatro deles com certeza se tornarão ociosos, o que significa que terão que ser bancados com dinheiro público, porque os custos de manutenção são altos", disse ele à Agência Câmara.
Segundo tal documento, as arenas de Brasília, Cuiabá, Manaus e Natal terão pouca utilidade depois da Copa, não justificando o alto investimento que será feito.
"As arenas dessas capitais, que não têm sustentação através do esporte e nem mesmo através de eventos, dificilmente conseguirão parcerias", emendou Silvio Torres.
Atualmente, nenhum dos quatro estados citados possui uma equipe na Série A do Campeonato Brasileiro, por exemplo. Na Série B, Brasília conta com a participação do Brasiliense, enquanto Natal tem como representante o América-RN. As duas equipes, contudo, são fortes candidatas ao rebaixamento à Série C de 2011.
Segundo o deputado, os quatro estádios, juntos, receberão um investimento público de quase R$ 2 bilhões. Ele defende a redução do número de sedes. O Comitê Organizador Local e a Fifa escolheram 12 cidades para a Copa de 2014, mas essa quantidade pode diminuir.
Nessa semana, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberou empréstimos para a construção/reforma de três estádios, entre eles o de Cuiabá.