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Apresentado ontem como o novo treinador da Inter de Milão, o brasileiro Leonardo apostará na mesma linha de trabalho do técnico José Mourinho para obter sucesso em seu novo emprego. O treinador português, atualmente no Real Madrid, conquistou três títulos no primeiro semestre enquanto comandou a equipe italiana.
 Além disso, Mourinho foi o primeiro a obter resultados expressivos, tanto no Porto e Chelsea quanto na Itália, com uma metodologia de treinamento estudada há décadas, chamada de periodização tática (que visa desenvolver o 'jogar' dos atletas, com atividades mais intensas e que focam apenas situações de jogo).
E, para Leonardo, esta maneira de conduzir os treinos também lhe agrada.

"A base do meu trabalho é muito semelhante à metodologia de treinamento do Mourinho. Gosto também de trabalhar situações de jogo nos treinamentos. Mas, a presença dele ainda é muito forte no clube. É um cara que deixa a sua marca por onde passa", afirmou à Folha, por telefone.

Para o brasileiro, que assumiu a Inter no lugar de Rafa Benítez, demitido após o título no Mundial de Clubes da Fifa, um bom trabalho em Milão pode levá-lo a dois objetivos profissionais: treinar a seleção brasileira e trabalhar na direção do Flamengo.

Recepcionado por cerca de 3.000 torcedores, Leonardo disse que, além da Inter, só aceitaria o cargo de treinador se fosse na seleção brasileira. Acrescentou ainda que uma possível volta ao Brasil só seria cogitada para trabalhar como cartola no Flamengo.

"Nesse período em que estava desempregado, não sabia nem se continuaria como treinador. Pensei na seleção brasileira e teria assumido se tivesse sido convidado."

Ele tem uma ligação muito forte com o clube carioca. Como jogador, Leonardo foi revelado no Flamengo em 1987 e jogou ao lado de Zico, Andrade e Bebeto, entre outros. Depois, ainda passou pelo São Paulo antes de se transferir para o Milan, pelo qual jogou de 1997 a 2001.

Depois, ainda retornou ao Brasil para jogar novamente no time do Morumbi e na Gávea antes de encerrar a carreira como atleta no clube de Milão e virar dirigente em 2003. No total, ficou 13 anos no Milan.

Como lateral esquerdo, também defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994, quando se sagrou tetracampeão mesmo depois da cotovelada no norte-americano Tab Ramos, e no Mundial-1998, quando obteve o vice-campeonato.

"Meu caso no Brasil seria outro, não treinador. Tenho muita vontade de realizar muita coisa aí, mas esse momento ainda não chegou. Morreria um pouco frustrado se não conseguisse um trabalho no Brasil, no Flamengo ou na seleção."

Leonardo, 41, fará a sua estreia na Inter em 6 de janeiro, contra o Napoli, no San Siro.

Paulo César Gusmão sabe que sua missão não será das fáceis na próxima temporada. O técnico do Vasco tem consciência da cobrança que a torcida irá fazer em cima de seu trabalho por conta do jejum de títulos vivido pelo Cruzmaltino. Desta maneira, espera que a equipe consiga render bem em todas as competições de 2011.

Somado a isso, o treinador torce para a estrutura de trabalho também ser melhorada. Ele lembrou que a permanência do diretor executivo, Rodrigo Caetano, será importante para o clube fora das quatro linhas.
"O Vasco tem que chegar forte em todas as competições.

Agora, não é só dentro do campo que faz diferença, pois tem que ter estrutura, um local próprio para você trabalhar, de ter um equilíbrio no seu orçamento e isso tudo está sendo procurado. A manutenção do Rodrigo (Caetano) foi fundamental para isso pelo conhecimento que ele já tem de todas essas dificuldades para poder saber onde vai atacar e dar essa tranquilidade maior para o treinador fazer aquilo tudo que ele sabe", opinou.

O treinador cruzmaltino sabe quais são os defeitos que precisam ser corrigidos para 2011 e reconheceu que o time ficou devendo na atual temporada. Assim, ele espera que tudo seja pago com juros e correção monetária.
"São várias situações que a gente sabe que precisa melhorar. Qualidade esse grupo tem, muita qualidade! Estamos devendo? Sim, estamos devendo e se estamos devendo temos que pagar no ano que vem com juros e correções porque a torcida quer isso", disse.

Ao relembrar da campanha do time no Brasileiro, PC entende que faltou o foco necessário para o time render tudo que podia. "Não é chegar e dizer que o quarteto não funcionou, que o Dedé estava sendo apontado como o melhor nos últimos jogos e não vem rendendo, o Fagner e o Ramon praticamente não jogaram a competição inteira, pois são situações que a gente tem que se acostumar também; existem lesões, existem pendências, existem situações que a gente fica vulnerável. Às vezes você está de corpo presente, mas você não está com o foco voltado para o que você tem que fazer de melhor", encerrou.

Maradona comentou as declarações do presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, sobre Messi. O polêmico ex-jogador fez coro às declarações do dirigente ao disser que o astro do Barcelona caminha para se tornar o melhor atleta da história de seu país, mas cutucou seu desafeto ao comentar que esta é a única questão que pensa igual ao mandatário.

"Evidentemente, Messi vai pelo caminho de ser o melhor da história. Fico feliz por ele, porque é argentino e é um grande menino", afirmou Maradona à rádio Del Plata. "Se ele [Grondona] disse isso, tomou hoje o comprimido certo. É a única coisa que estou de acordo com Grondona".

De acordo com Maradona, o êxito de Messi será bom para os argentinos, pois se traduziria em títulos internacionais para a seleção do país. "Que Deus lhe dê tudo. Me alegro por Lionel, porque é um bom menino e teve uma infância em que teve que lutar muito para jogar", comentou o ex-jogador e ex-técnico da seleção argentina.

Maradona e Grondona estão brigados desde a demissão do astro do comando da seleção argentina, após a Copa do Mundo. O ex-jogador também ameaçou processar o dirigente por causa de uma entrevista em que mandatário falou de problemas do ídolo com drogas e álcool.

Grondona iniciou a discussão sobre a importância de Messi para o futebol argentino. O presidente da AFA afirmou em entrevista que o astro do Barcelona é o maior camisa 10 da história do país, deixando para trás Maradona e outras estrelas locais.

Atualmente, os grandes empresários do futebol brasileiro entram no grupo das celebridades. Têm rostos conhecidos, dão muitas entrevistas, principalmente na época de transferências, como agora, e ganham muito dinheiro. Mas o empresário número 1 da Fifa é, curiosamente, o mais misterioso.

Quem é Juan Figer? Um senhor uruguaio de 76 anos e dono de uma carteira de atletas avaliada aproximadamente em US$ 250 milhões, mas que ninguém sabe onde está, ninguém vê na mídia, ninguém consegue encontrar.

A aversão aos holofotes é uma forte característica deste mestre dos negócios. Tanto que Figer é cercado por uma estrutura tão densa que fica cada vez mais difícil chegar nele. Ele conta com uma assessoria de imprensa e tem ainda um escritório para gerir seus negócios.

Trabalha com o filho Marcel, que também não é tão acessível. A reportagem do GLOBOESPORTE.COM tentou entrevistar Juan Figer por uma semana, sem sucesso. Chegou a mandar perguntas por e-mail para a assessoria dele, mas também não obteve resposta.

Sempre viajando e negociando atletas, Figer mudou-se para o Brasil no fim da década de 60 para montar um negócio de comércio internacional. Mas antes exerceu diversas atividades no Uruguai, como vendedor de camisas, office-boy e agente de importações e exportações, função na qual começou a prosperar financeiramente. A ligação com o futebol veio quando foi convidado por amigos para ser diretor comercial do Peñarol.

Ao chegar ao Brasil, teve a ideia de organizar um amistoso entre Flamengo e Peñarol, colocou seu próprio dinheiro como garantia, e o jogo foi um sucesso, lotando o Maracanã. A partir daí viu que o mercado esportivo era o seu lugar.

A primeira transação realizada por ele foi a ida de Pablo Forlán do Peñarol para o São Paulo. Na sequência, buscou mais dois nomes de peso no clube uruguaio: Héctor Silva, que foi para o Palmeiras, e Pedro Rocha, também para o Tricolor. Figueroa, que foi para o Inter, também deixou o Peñarol por intermédio de Figer.

O prestígio do empresário só crescia a cada ano, e ele esteve envolvido nas transações mais importantes da década de 70, 80 e 90, não só no futebol brasileiro, mas mundial. Jogadores como Maradona, Klinsmann, Sócrates, Gullit e Müller passaram por suas mãos rentáveis.

É dele, inclusive, a transação mais cara do Brasil, no ano de 1998: a ida de Denílson, do São Paulo, para o Bétis, da Espanha, por cerca de US$ 32 milhões.

Hoje, Figer é mundialmente respeitado e conhecido, mas segue afastado da mídia. Entre seus atuais jogadores estão nomes como os consagrados Zé Roberto, Julio Baptista e Valdivia, e outros desconhecidos, como Saavedra, que foi para o São Paulo em 2009, mas não foi aproveitado. Está encostado no clube paulista.

Mozer ocupará o lugar deixado por Rogério Gonçalves

Campeão do mundo com o Flamengo em 81, o ex-zagueiro Mozer é o novo técnico do Naval, lanterna do Campeonato Português. O brasileiro, que nos tempos de jogador também defendeu o Benfica e o Olympique de Marselha, assume o lugar de Rogério Gonçalves, despedido no dia 19 de dezembro, quase dois meses após entrar no lugar do francês Victor Zvunka.

Aos 50 anos, Mozer começou a carreira fora das quatro linhas como treinador-adjunto do português José Mourinho, atualmente comandante do Real Madrid. Como técnico principal, o ex-rubro-negro dirigiu o Interclube, de Angola, e o Raja Casablanca, do Marrocos.

O Naval, equipe da cidade de Fiqueira da Foz, soma apenas cinco pontos após 14 rodadas disputadas do Campeonato Português. Mozer deve fazer sua estreia na próxima segunda-feira diante do Sporting em jogo válido pela Taça da Liga de Portugal.