O maior craque da história do Palmeiras percebeu que as coisas mudaram enquanto se esforçava para entrar no Parque Antarctica.

"Meu nome é Ademir. Ademir da Guia. Sou ex-jogador. Eu frequento este estádio há 50 anos", afirmou a um dos porteiros da arena, na tarde de terça-feira.

Pela primeira vez desde que o estádio tornou-se apenas uma lembrança do que já foi --as demolições já desfiguram o campo--, Ademir da Guia, 69, entrou no gramado em que tantas vezes brilhou pelo seu amado Palmeiras.

A convite da Folha, ele visitou o local que, em 2013, se transformará em um moderno espaço. A camisa era a mesma dos anos 60, verde-esmeralda. A elegância e a educação que marcaram seu inconfundível estilo também continuam irretocáveis.

"Ver o campo assim desse jeito dá uma pena muito grande. Ainda não tinha tido essa visão. Olha só, está tudo quebrado! Eu não tinha visto assim ainda!", declarou.

Durante quase uma hora, o Divino, como é chamado pelos palmeirenses, falou sobre o passado e a saudade do estádio --mesmo quando a memória não ajuda muito.

"Teve um jogo inesquecível aqui contra o Santos em 1972. Nós ganhamos. Não lembro qual foi o resultado. Mas ganhamos bem", contou o ex-meio-campista.

A nostalgia continua.
"Também teve um gol meu que foi inesquecível. Eu trouxe a bola lá de trás, driblei o goleiro e entrei com bola e tudo. Não lembro agora contra quem foi", disse Ademir.

A memória escrita ajuda um pouco. Em quase 16 anos como jogador do Palmeiras, o que lhe rendeu um busto no estádio, Ademir da Guia fez 901 jogos e marcou 153 gols. No Parque Antarctica, jogou 184 vezes --fica atrás somente do goleiro Marcos.

"A gente tem o desejo de sempre subir para o campo. É onde jogamos, onde tivemos todo tipo de sensação. Meu tempo já passou, mas tenho lembranças boas", disse ele.

Mas Ademir da Guia não gosta de viver apenas do passado. À beira dos 70 anos, o carioca, filho de Domingos da Guia, gaba-se de estar em forma --com exceção de uma dorzinha no joelho--, fruto dos jogos que ainda faz com o time master do Palmeiras.

"Quando foi reformado em 1964 e fizeram os jardins suspensos, eu joguei na reabertura. Contra o Boca Juniors [despedida do estádio, em 2010], joguei a preliminar com o master. Entrar em campo é sempre legal."

Então ele para. E pergunta para a assessoria da WTorre, empresa responsável pela reforma, quando a nova arena ficará pronta para os jogos.

"Março de 2013? Eu vou jogar quando sair o estádio novo! Já está definido: o [time] master na preliminar e o Palmeiras depois. Março de 2013. Vou me preparar."

O estado irreversível da reforma, por enquanto ainda na etapa de demolições, não parece preocupar Ademir.
"Não sinto receio, não. Você não pode parar uma obra que já está dessa maneira. Ela [a obra] vai continuar. Não tem como retroceder mais", afirmou o Divino.

O ídolo ainda fala do futuro do Palmeiras, que fracassou na última década.
"A gente tem a esperança de que o time entre bem no Paulista para poder fazer boa campanha no Brasileiro. Ser palmeirense é isso: carinho, amor, alegrias e decepções.

Após as contratações de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, o mínimo que o Flamengo pode esperar é a classificação para a Copa Libertadores de 2012. Esta é a opinião do técnico do time, Vanderlei Luxemburgo, que treina a equipe durante a pré-temporada em Londrina.

"Ir para a Libertadores de 2012 é uma obrigação este ano, não tenha dúvida. Não pode ser diferente. Estamos montando a equipe visando à classificação para a Libertadores, o projeto é esse. Seja por qual caminho for: Copa do Brasil, Brasileiro sou Sul-Americana", comentou Luxemburgo ao jornal O Globo.

A responsabilidade de fazer o time evoluir em relação à temporada passada começará com a tarefa de encaixar Ronaldinho Gaúcho na equipe. Luxemburgo deu uma pista de como deverá utilizar o craque: "Ainda vou conversar com ele, e vai depender da montagem do time. Tenho muitas opções. Acho que um jogador desse nível não pode ficar preso a um setor, tem que ficar solto".

Sobre o entrosamento de Ronaldinho com o outro reforço de peso do Flamengo, o treinador se mostrou animado: "O Thiago Neves pode funcionar como atacante e como meia. Os dois têm até estilos parecidos, jogadores de chegada, que se movimentam pelos lados e chegam bastante. Vou montar o time gradativamente. Já tenho uma equipe na minha cabeça".

Para completar, Luxemburgo comentou sobre o comportamento que espera de Ronaldinho Gaúcho em relação à noite carioca: "Eu bato pandeiro, tomo cerveja, chope, faço churrasco com os jogadores, mas tem a responsabilidade profissional. E ele sabe disso. Não vejo problema em um jovem que joga futebol ir a uma boate. O que não pode é aparecer na boate na véspera de um jogo".

O meia Rivaldo, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, ainda acha que pode ser útil para um clube da Série A do Campeonato Brasileiro. Aos 38 anos, ele defenderá o Mogi Mirim no Paulistão, e admitiu que, mesmo para um veterano, o estadual também serve como uma vitrine.

"Se eu fizer um bom campeonato podem aparecer propostas para disputar um Campeonato Brasileiro e quem sabe terminar a minha carreira na Série A em qualquer outro time", comentou o meia e presidente do Mogi Mirim ao jornal Marca Brasil.

Rivaldo deixou claro que ainda não está pensando em se aposentar do futebol: "Tudo vai depender do Campeonato Paulista. Gosto muito de jogar futebol e enquanto eu tiver perna eu vou continuar a jogar", comentou o jogador, eleito o melhor do mundo pela Fifa em 1999.

"É claro que você não corre como corria antes, mas pela experiência eu já sei o caminho mais rápido para chegar ao gol. Acredito que posso, sim, jogar os 90 minutos", continuou Rivaldo, que não poderá estrear neste domingo contra o São Paulo porque ainda não está regularizado.

Sobre seus objetivos à frente do Mogi Mirim, Rivaldo afirmou que pretende terminar entre os oito primeiros do Paulistão de 2010. A meta é chegar à terceira divisão e começar a trilhar o caminho para a Série A. "Tomar conta de um clube não é fácil. O Mogi é um time pequeno, mas há muitos problemas para resolver", observou.

Ainda não será o Flamengo que o torcedor rubro-negro imagina. A camisa 10 estará em campo, mas não com Ronaldinho Gaúcho. O mesmo vai acontecer com a 7, número que será de Thiago Neves. Na tarde deste domingo, ambos são esperados no estádio do Café, em Londrina, mas apenas como espectadores. Recém-apresentada e integrada ao grupo que realiza a pré-temporada no interior paranaense, a dupla não vai participar do amistoso contra o América-MG, às 17h (de Brasília). É o último teste antes da estreia do Fla no Campeonato Carioca, quarta-feira que vem, contra o Volta Redonda, no Engenhão.



Ronaldinho pode até dar o pontapé inicial do confronto, mas nada além disso. Ele e Thiago Neves vão treinar na parte da tarde e depois seguirão para o estádio. Ambos passam por uma intensa preparação física.

Assim como no teste contra o Londrina, há uma semana, Vanderlei Luxemburgo deve promover vários testes. O técnico quer dar ritmo de jogo ao grupo. A formação não foi divulgada, mas pelo longo treino tático deste sábado é provável que tenha Felipe, Léo Moura, Welinton, David e Egídio; Fernando, Willians, Fierro, Vander e Renato; Deivid, no esquema 4-2-3-1. A tendência é que este também seja o time que enfrentará o Voltaço.

Existe a expectativa pela participação do volante Maldonado e do meia Bottinelli contra o Coelho. Entretanto, ambos estão fora da primeira rodada do Estadual. O chileno foi expulso na final da Taça Rio 2010 e terá de cumprir suspensão, enquanto o argentino ainda precisa resolver detalhes da sua transferência.