Na sexta-feira, quando demitiu Paulo César Gusmão, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, avisou que o novo técnico seria conhecido em 24 horas. E tudo caminha para isso. O clube fez o convite a Carlos Queiroz, ex-treinador da seleção portuguesa na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e espera a sua chegada ao Rio de Janeiro para assinar contrato e anunciá-lo oficialmente.

Carlos Queiroz, que está no Qatar, era para ter chegado ao Rio de Janeiro neste sábado, mas não conseguiu voo. Isso deverá acontecer no domingo.

Com 57 anos, Carlos Queiroz, atualmente sem clube, já treinou o Sporting-POR, Metro Stars-EUA, Nagoya Grampus-JAP, Real Madrid-ESP e foi assistente de Alex Ferguson, no Manchester United-ING, além das seleções portuguesa, incluindo categorias de base, sul-africana e dos Emirados Árabes Unidos.

Como treinador, Carlos Queiroz foi campeão mundial sub-20, em 1989 e 1991, campeão europeu sub-17, em 1989, da Supercopa de Portugal (1994-1995), da Taça de Portugal (1994-1995) e da Supercopa da Espanha (2003-2004).

O nome pode ter até causar surpresa para muitos torcedores, mas Roberto Dinamite, na própria sexta-feira, já tinha dado sinais que seria um treinador conhecido internacionalmente.

"É um nome que tem uma ligação com o Vasco, mas que nunca trabalhou aqui. É um treinador de peso, que nos estávamos precisando para dar uma sacudida", salientou.

Carlos Queiroz chegará ao Vasco num momento complicado. A equipe, além de ter perdido todas as três partidas pela Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, também passa por uma crise interna, com os afastamentos dos meias Felipe e Carlos Alberto.

O goleiro do São Paulo Rogério Ceni afirmou que deve deixar o futebol, caso o time do Morumbi não volte a conquistar títulos neste ano e no próximo. Durante entrevista ao diário Lance!, o arqueiro disse que teme o fim da carreira e declarou que uma parte de sua vida morrerá junto com a sua aposentadoria. Além disso, Ceni voltou a cobrar o time e falou que, no meio do futebol, só seria presidente depois de pendurar as chuteiras.

"A princípio me preparo para estar bem até dezembro de 2012, no fim do meu contrato. Eu não poderia assinar e não cumprir em boas condições. Mas vai depender muito do que vamos produzir em 2011 e 12. Se a gente ganhar, conquistar títulos, acho que me motivo para continuar. Se eu ver que não consigo mais fazer o time vencedor, talvez seja momento de abrir mão e dar oportunidade para um próximo", disse Rogério Ceni ao jornal.

"Eu tenho isso comigo. Para continuar depois de 2012, só se o São Paulo ganhar. Se o time não voltar a ser vencedor, paro em dezembro de 2012", completou o atleta. A última conquista do time do Morumbi foi o Campeonato Brasileiro de 2008. No ano passado, a equipe sequer conseguiu se classificar para a Copa Libertadores deste ano.

Perguntado sobre o que faria no dia seguinte da sua aposentadoria, Ceni teve dificuldades de responder. "Minha cabeça não chegou a isso, não trabalha. Mas vai ser um dia muito difícil, de incerteza, inseguranças, porque minha é jogar futebol, vir aqui todos os dias, trabalhar. Acho que grande parte de mim vai morrer junto com o futebol. Tenho convicção disso, por isso não gosto muito de pensar em parar e tento estender ao máximo. Mas chegou um momento da minha vida em que só vou estender se ganhar títulos. Se o São Paulo não voltar a ser vencedor em 2011 e 2012, então chegou a hora de parar", repetiu.

O goleiro também explicou porque não pensa em ser treinador, mas sim presidente do clube. "Minha maior preocupação é ser técnico do São Paulo, o time perder três e me chamarem de burro. Você se dedica a vida inteira a um clube e em três jogos vira burro? Em outro time, mesmo que ganhasse, iriam xingar. E pior do que burro (risos)", declarou o jogador ao Lance!.