O lateral-esquerdo Roberto Carlos, do Anzhi, reconheceu que está profundamente chateado por ter sido alvo de novo ato de racismo na Rússia. Em entrevista à imprensa local, o lateral-esquerdo disse que não tem "vontade de voltar a jogar".

"Estou profundamente chateado e não tenho nenhuma vontade de voltar a jogar", comentou o brasileiro, em declarações ao Sport Express. O ex-jogador da seleção brasileira revelou ainda que não compreende a razão deste novo incidente.

"Atos deste tipo não deviam de ser tolerados em países civilizados". Durante a vitória do Anzhi por 3 a 0 sobre o Krylia Sovétov, Roberto Carlos sofreu com o comportamento racista de um torcedor do clube rival. Ele lançou uma banana no gramado no fim do confronto entre as duas equipes na cidade de Samara.

O capitão do Anzhi abandonou a partida. A direção do Krylia Sovetov pediu desculpas nesta quinta-feira ao jogador. O clube também divulgou imagens reproduzidas de um vídeo que identifica o torcedor responsável pelo ato.

"Nós identificamos o vídeo do incidente e é possível ver quem é o criminoso. Nós não sabemos o nome, a identidade não pode ser comprovada ainda. Esperamos que não aconteça novamente. Samara é uma cidade benevolente e tolerante, visto nossa indignação sincera [com o caso]", disse o assessor de imprensa do clube, Maxim Syestnov, em comunicado no site oficial.

As imagens mostram um homem saindo de um dos túneis de acesso à arquibancada do estádio Metallurg. Ele lançou a fruta no campo, na posição onde estava Roberto Carlos. Em seguida, deixou rapidamente o local.

O Cruzeiro foi eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores, mas a decisão da competição internacional, entre Santos e Peñarol, teve atenção especial de um jogador celeste. Depois de admitir que "secaria" Neymar, o atacante Wallyson pôde comemorar a confirmação da artilharia do principal torneio entre clubes do continente.

Com sete gols marcados, Wallyson dividiu a artilharia com Nanni, do Cerro Porteño. Ambos fizeram um a mais que Neymar, que marcou o primeiro na vitória santista por 2 a 1, nessa quarta-feira, no Pacaembu, que deu o título da Libertadores ao time da Vila Belmiro.

No fim da partida, uma bola na trave do camisa 11 da equipe paulista serviu para dar um susto em Wallyson. "Quase caí da cama, porque o Neymar é um grande atacante, sabe fazer gol, quando ele tocou a bola por cima do goleiro, ela ia entrando, pensei 'já era'. Graças a Deus ela bateu na trave. A alegria foi minha, fico muito feliz", destacou.

Wallyson é o segundo artilheiro consecutivo do Cruzeiro na Libertadores. Em 2010, Thiago Ribeiro marcou oito gols e liderou a tabela de goleadores. "Graças a Deus. O Cruzeiro tem essa coisa de artilheiros. Estou fazendo parte dela hoje, fico muito feliz", observou o goleador da atual edição.

E foi logo na primeira participação no principal torneio entre clubes do continente que Wallyson chegou à artilharia. "É muito importante para mim, porque todos atacantes querem ser artilheiros da Libertadores. É um campeonato muito complicado e tive essa chance de ser artilheiro da minha primeira Libertadores. No currículo do jogador, pesa muito", salientou.

Com a artilharia em mãos, o atacante cruzeirense dividiu os méritos com o restante do elenco. "Fico muito feliz. Tenho de agradecer também ao Cruzeiro e aos meus companheiros que me ajudaram na minha caminhada", disse.

Apesar de Wallyson ter sido o principal artilheiro da Libertadores, o Cruzeiro não conseguiu ir longe na competição. O time celeste acabou eliminado nas oitavas de final, ao ser derrotado por 2 a 0 pelo Once Caldas, na Arena do Jacaré. A equipe mineira havia vencido o primeiro jogo na Colômbia por 2 a 1.

Em 2012, Wallyson espera voltar à Libertadores e chegar ao título continental. "Pena que a gente não passou à frente. O pensamento de todo mundo era ser campeão, o que, infelizmente, não aconteceu. Espero que, ano que vem, a gente dispute uma Libertadores. E, com certeza, nós vamos chegar", ressaltou.

A festa pela conquista do tricampeonato da Libertadores já acabou para Alan Patrick. Ele embarca ainda nesta quinta-feira para a Ucrânia, e assina contrato com o novo clube, o Shakhtar Donetsk. O valor total da transferência é de 6 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões) , sendo que o Santos fica com a metade. A outra é dividida em 40% para o Grupo DIS, e 10% para o jogador.

"Já está tudo certo para eu jogar lá. Só colhi coisas boas no Santos, mas chegou o momento de partir. Seria um prazer jogar o Mundial, mas foi bom para mim, bom para o clube, graças a Deus pude contribuir e coroar com esse título", disse Alan Patrick durante a festa do título na Vila Belmiro.

Alan Patrick foi revelado nas categorias de base do Santos, chegou ao profissional em 2009, e fez 37 jogos pelo clube. No total, o meia, que chegou a ser considerado o substituto para uma eventual saída de Paulo Henrique Ganso, marcou sete gols, e ajudou o time nas conquistas do bicampeonato paulista (2010 e 2011), Copa do Brasil (em 2010), e agora da Libertadores.

O Santos ainda não confirma o desfecho da transação, mas é fato que Alan Patrick é o terceiro jogador a deixar o clube após a Libertadores. O contrato de Maikon Leite com o Palmeiras entrou em vigor nesta quinta, e Zé Eduardo já foi dispensado, e agora aguarda para se apresentar ao Genoa-ITA, em julho.

O Santos luta contra a operação "desmanche". Além dos três jogadores que já deixaram o clube, Keirrison tem saída prevista para o fim de julho, retornando ao Barcelona-ESP.

Muricy Ramalho já fez o apelo aos dirigentes para a manutenção da atual base para o Mundial Interclubes. Paulo Henrique Ganso e Neymar são extremamente assediados por clubes europeus, o temor de transferência após a disputa da Copa América é grande.

Depois de ganhar o título da Libertadores pelo Santos, Muricy Ramalho fez questão de lembrar e exaltar a antiga diretoria do Fluminense, citando o ex-presidente, Roberto Horcades, e o ex-vice de futebol Fluminense, Alcides Antunes, além do presidente da patrocinadora do clube Celso Barros.

O ex-dirigente do Fluminense não poupou palavras para criticar a atual situação do Fluminense e fazer juras de amor ao antigo companheiro. Ele fez questão de cravar que, se não tivesse perdido o técnico campeão da Libertadores, o Tricolor carioca comemoraria títulos em 2011

"O Fluminense retardou uma sequência de títulos que iria ganhar. Com a presença de Muricy no Fluminense, tenho certeza que chegaríamos forte em muitos campeonatos. A sorte seria outra. Uma pessoa séria e que tive um grande prazer de trabalhar. Sou muito feliz de ter tido a oportunidade de estar ao lado dele", confirmou.

Sobre a situação do Fluminense no Campeonato Brasileiro, ele culpou a falta de planejamento do Tricolor na temporada. Segundo ele, o grupo do Fluminense tem potencial de chegar mais longe no Nacional.


"Vamos ver no que vai dar. O grupo é muito bom, mas foi interrompido um planejamento. Agora vamos torcer para que dê certo. O Fluminense ganharia mais título pelo Fluminense, pois tínhamos o melhor treinador do mundo", encerrou.

Até agora, o Fluminense foi vice-campeão do Campeonato Carioca, mas não chegou em nenhuma final de turno. Na Libertadores, depois de penar para classificar na fase de grupos, caiu nas oitavas de final, contra o Libertad-PAR

A revista esportiva americana "Sports Illustrated" publicou o seu "onze ideal". No "time dos sonhos" da publicação estão oito jogadores que atuam na Espanha, sendo seis do Barcelona e dois do Real Madrid, com destaque para o brasileiro Daniel Alves, do Barça.

Além dele, os atletas do time catalão são o zagueiro Gerrard Piqué, os meias Xavi Hernández e Iniesta, e os atacantes David Villa e Lionel Messi. Pelo clube merengue, aparecem o astro luso Cristiano Ronaldo e o goleiro da seleção espanhola, Iker Casillas.

A lista é fechada com dois jogadores do Manchester United, o zagueiro sérvio Nemanja Vidić e o lateral Patrice Evra, e um do Bayern de Munique, o meia Bastian Schweinsteiger.

A final da Libertadores, conquistada pelo Santos com a vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, foi manchada por um briga envolvendo jogadores, integrantes das comissões técnicas e alguns adeptos alvinegros. A confusão teve início quando, ao fim da partida, um torcedor santista invadiu o gramado para, segundo os uruguaios, provocar o quadro visitante.

Enquanto uns partiram para o confronto, outros tentavam apaziguar. Após muitos socos e chutes de lado a lado, os ânimos foram serenados e a equipe brasileira conseguiu,enfim, comemorar a justa conquista.

- Entrou um torcedor em campo e provocou. Deve-se aprender a festejar – frisou o camisa 10 do Peñarol Martinuccio em entrevista ao "El Observador".

Cobiçado por Palmeiras e Atlético Paranaense, o camisa 10 aurinegro aproveitou para ressaltar a campanha do vice-campeão Peñarol, visto por muitos como um autêntico azarão na competição continental.

- Ninguém acreditava que poderíamos chegar tão longe, mas, com sacrifício e humildade, demonstramos que se pode – frisou o meia atacante argentino.

O River Plate perdeu para o Belgrano por 2 a 0, em Córdoba, e ficou mais distante da Primeira Divisão do futebol argentino. Em partida válida pela ida da "Promoción", repescagem que define quem ficará com a vaga na elite, o gigante adormeceu, não conseguiu superar a tensão e virou presa fácil para o time do interior. O River precisará vencer por dois gols de diferença no próximo domingo, no Monumental de Nuñez, para não cair.

A única jogada de perigo do River Plate no primeiro tempo foi criada logo aos quatro minutos. Após cobrança de escanteio, Funes Mori subiu sozinho e, de cabeça, quase abriu o placar. O Belgrano parecia tímido por enfrentar um adversário de tradição em uma situação inesperada. Os mandantes demoraram a entrar no duelo, mas quando viram que o adversário não ofereceria tanto perigo, passaram a controlar as ações.

Aos 19 minutos, o atacante Pereyra surgiu livre contra o goleiro Carrizo, que saiu do gol de maneira desesperada e impediu o gol. Dois minutos depois, Pereyra criou outra ótima oportunidade, arriscando da entrada da área para uma difícil defesa do goleiro, que jogou a bola para escanteio. Após a cobrança, Román tentou afastar o perigo mas colocou a mão na bola. Pênalti. Mansanelli chutou com força, sem dar chances para Carrizo, que saltou na direção da bola.

O River contava com apenas uma jogada ofensiva: bola na área do Belgrano e torcida por uma falha da defesa. Nenhuma tentativa funcionou. O técnico Juan José López não resistiu e foi às lágrimas. O gol, a impotência de seu time, a tensão por protagonizar o pior momento da história do River Plate. O árbitro foi "solidário" à dor e encerrou a primeira etapa sem acréscimos.

Na volta, o Belgrano marcou o segundo gol aos quatro minutos. Lollo cabeceou e a bola sobrou para Pereyra, que estava sendo puxado, finalizar. A paciência chegou ao fim e os torcedores invadiram o campo para cobrar os jogadores.

O jogo foi paralisado por cerca de 20 minutos. Policiais, cachorros, bombeiros, todos tentaram conter a fúria de uma torcida que acabara de perder definitivamente sua honra. A grade que separava a torcida mais agressiva do River, os "Borrachos del tablón", do gramado foi quebrada, mas o jogo seguiu.
No entanto, o time do River já não tinha forças. Restou ficar na torcida para o apito final.

O torcedor santista por muitos anos foi rotulado de "viúva de Pelé" por torcidas rivais. A geração liderada por Neymar e Paulo Henrique Ganso provou nesta quarta-feira contra o Peñarol que a chacota não faz sentido e que o clube vai muito além de Pelé. Com o Pacaembu lotado, o time alvinegro venceu por 2 a 1 em jogo dramático e conquistou o tricampeonato da Libertadores.

Os gols aconteceram na segunda etapa. Neymar marcou em uma jogada que contou com lindo passe de letra de Ganso. Danilo completou a festa santista no Pacaembu. Durval, contra, marcou o gol do Peñarol.
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Santos x Peñarol

O feito consagra a atual geração dos Meninos da Vila, que já havia conquistado dois Paulistas e uma Copa do Brasil. O Santos voltou a faturar a Libertadores após 48 anos. As duas outras estrelas sobre o escudo santista foram obtidas na era Pelé. O ex-camisa 10, aliás, conferiu a decisão do camarote do Pacaembu.

O título credenciou o Santos ao Mundial de Clubes, que acontece em dezembro no Japão. O Barcelona, campeão europeu, também assegurou presença na competição.

De volta após mais de um mês ausente em virtude de uma grave lesão muscular, Ganso ditou o ritmo do time no primeiro tempo, mas tinha dificuldade para criar as jogadas.

Quando Ganso encontrava um santista se infiltrando, os uruguaios paravam com falta. E sobraram oportunidades para Elano nas bolas paradas na primeira etapa. Na principal delas, Sosa fez ótima defesa, espalmando para escanteio.

O Peñarol deixou claro sua intenção de jogo: três zagueiros, com marcação individual em Neymar e busca de contragolpes certeiros. Rafael foi pouco incomodado nos 45 min iniciais.

Léo perdeu a melhor chance do primeiro tempo. Dentro da área, o lateral chutou para fora.

O segundo tempo começou como o Santos queria. Logo com 1 min, Ganso encaixou lindo passe de letra para Arouca. O volante viu Neymar se aproximando. O camisa 11 chutou rasteiro, rente a trave. Gol do Santos!

Bem marcado na etapa inicial, Neymar chamou o jogo no segundo tempo. O camisa 11 fez gol, se soltou em campo, arriscando dribles e retornava para roubar a bola dos adversários.

Obrigado a sair depois do gol santista, o Peñarol sentia a falta de criatividade. Adriano colecionou desarmes. Já o Santos passou a investir em contra-ataques. Mas Zé Eduardo insistia em estragar contragolpes alvinegros no segundo tempo.

Em jogada individual, Danilo fez o segundo do Santos. O lateral driblou o marcador, invadiu a área e chutou de esquerda. Do camarote, Pelé e o presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro comemoravam juntos.

O Peñarol descontou aos 34 min. Durval desviou erradamente cruzamento de Estoyanoff e fez contra.

A partida ficou dramática. O Santos recuou. O time uruguaio abusou do chuveirinho. Neymar quase fez o terceiro. Elano fez o possível para segurar o jogo e aguardar o apito do juiz.

Flamengo conquistou o campeoato carioca invicto em 2011.

A decisão do segundo turno contra o Vasco, jogo que deu o título ao clube, aconteceu no dia primeiro de maio, ou seja, há quase dois meses.

A diretoria prometeu um prêmio no valor de R$ 30 mil reais para cada jogador caso o clube fosse campeão. Como se não bastasse, havia um acordo entre os jogadores e a direção do Flamengo, dando conta de que se o título fosse de maneira invicta, haveria um bônus de R$ 10 mil.

Nada disso foi pago até agora.

As dívidas não param por aí.

Apesar de ter sido eliminado ainda nas quartas de final da Copa do Brasil, o Flamengo deve cerca de R$ 8 mil para os jogadores que atuaram em todas as partidas da competição.