O Corinthians não tomou conhecimento do líder São Paulo neste domingo no Pacaembu. Com uma atuação convincente contra um rival baleado por seis desfalques, o time alvinegro fez 5 a 0 com direito a três gols do atacante Liedson, que quebrou um jejum de três partidas sem balançar as redes. Para completar a festa corintiana, o herói são-paulino no último encontro Rogério Ceni falhou feio no gol de Jorge Henrique.

Empolgada, a torcida corintiana provocou que o "freguês voltou", em alusão à invencibilidade de 11 jogos que o clube tinha e que foi interrompida no último encontro entre as equipes pelo Paulistão. Gritos de olé ecoaram no estádio durante todo o segundo tempo.

O ainda líder São Paulo, que tinha se isolado na ponta do Brasileirão nas cinco primeiras rodadas (cinco vitórias - 15 pontos), agora pode ser superado pelo próprio Corinthians, que chega ao segundo lugar com 13, mas com uma partida a menos.

O São Paulo viu a situação (que já era ruim) piorar na partida quando o volante Carlinhos Paraíba foi expulso ainda na primeira etapa. O Corinthians criou muitas chances, e só não abriu o marcador graças à boa jornada do goleiro Rogério Ceni.

O Corinthians teve um início fulminante no segundo tempo. Três gols em quinze minutos deixaram o São Paulo na lona e definiram o clássico. Carpegiani colocou Ilsinho e Henrique em campo (nos lugares de Marlos, que saiu irritado, e Fernandinho).

Mas o treinador do São Paulo, em má jornada, esteve muito longe de resolver os problemas defensivos da equipe com um a menos em campo. Quem agradeceu foi o Corinthians, que fez mais dois, ganhou com méritos e embalou no Brasileirão.

Após duas derrotas seguidas, Abel Braga alcançou seu primeiro resultado positivo à frente do Fluminense. E não foi nada fácil. Com um a menos desde os 38min do primeiro tempo, o atual campeão brasileiro fez 1 a 0 no Avaí, em plena Ressacada, e de quebra, ampliou a crise do atual lanterna.

Conca, enfim, lembrou o atleta que conduziu o time ao título do Brasileiro do ano passado. Fez gol, deu assistências e se tornou o principal nome da primeira vitória de Abel Braga. Aliás, o técnico já estava incomodado com a situação. Desde sua chegada, havia perdido duas partidas. Venceu e chegou aos nove pontos.

Se o comandante do Fluminense está aliviado, o mesmo não se pode dizer de Alexandre Gallo. 'Substituto' de Silas, o técnico conheceu sua segunda derrota seguida. Aliás, o time catarinense ainda marcou sob seu comando. Com isso, figura na última posição, com apenas um ponto.

Diante disso, o empate era um resultado que não agradaria. Assim, esperava-se que o Avaí partisse para cima. Até tinha mais posse de bola, mas levava pouco perigo ao gol defendido por Diego Cavalieri. Já o Fluminense mostrava mais qualidade ofensiva e, por isso, criava algumas boas oportunidades.

Diguinho e Marquinho deram sustos no goleiro Aleks. A postura ofensiva foi premiada. Aos 37min, o meia Conca apareceu livre dentro da área, dominou e bateu para o fundo do gol. Mas o time de Abel Braga perdeu Rafael Moura, expulso, apenas um minuto após sair à frente no marcador.

"A nossa equipe tomou conta o jogo e trabalhou bem a bola. Somos uma equipe leve. Com um jogador a menos, agora é na base da superação", comentou o experiente meia Souza. O time catarinense precisava aproveitar a vantagem numérica e se mandou para o ataque. E quase empatou.

Logo no primeiro minuto, Diego Cavalieri fez uma espécie de milagre em cabeça. Só que o time do Rio encontrava espaços e teve algumas chances para ampliar. Em uma delas, aos 9min, Carlinhos recebeu de Conca e acertou o travessão de Aleks. O argentino também quase fez seu segundo tento no jogo.

O Avaí não tinha alternativa. Mandou-se para o ataque. Mas o elenco sentiu o atual momento. Pressionou, mas pecava nas finalizações e não conseguiu evitar outro revés no Campeonato Brasileiro.

O Palmeiras previu pressão do rival durante toda a semana, recuou a equipe e apostou na sua eficiência defensiva para seguir invicto e em boa fase. Nada deu certo. Com uma bola aérea precisa, o Ceará acabou com o planejamento de Felipão, venceu em casa por 2 a 0 e acabou com a invencibilidade do time alviverde.

O resultado negativo mantém o Palmeiras com 11 pontos, agora na terceira colocação, por conta da vitória do Corinthians sobre o São Paulo. Já o Ceará deixa a zona do rebaixamento e chega aos sete pontos. Foi a primeira vitória do clube nordestino diante de sua torcida, que já começava a pressionar por melhores resultados.

E esse alívio pode ser creditado à aposta da equipe de Vagner Mancini nas bolas aéreas. O Palmeiras parecia preparado, é bem verdade. Ciente da pressão que o São Paulo recebeu da mesma equipe na semana passada, quando venceu por 2 a 0 com grande atuação de Rogério Ceni, Felipão recuou a equipe.

Sem Luan, suspenso, o técnico trocou um atacante por um volante no esquema tático. Chico entrou com a missão de congestionar o meio-campo e ajudar Marcos Assunção e Márcio Araújo na marcação. Thiago Heleno e Leandro Amaro ainda teriam de parar Osvaldo e Washington, para que o trio Lincoln, Kleber e Wellington Paulista decidisse lá na frente.

O plano ficou em xeque a partir dos 7 minutos. Após um escanteio, Washington subiu mais alto e testou firme no lado direito de Marcos, que não alcançou.

Forçado a sair para o ataque, o Palmeiras passou a esbarrar na defesa do Ceará e se abriu completamente. Kleber e Wellington Paulista só chegavam com perigo em lances isolado, e não exigiram muito do goleiro Fernando Henrique.

Os laterais alvinegros, Boiadeiro e Vicente, por sua vez, cresceram e se transformaram nas principais armas do Ceará. Foi dos pés de Boiadeiro que saiu o cruzamento para o segundo gol, aos 46min do primeiro tempo. No segundo pau, Vicente escorou de cabeça e Thiago Humberto bateu de primeira, no canto esquerdo de Marcos.

Não adiantaram os 33 títulos nacionais e a tradição de 110 anos. O dia 26 de junho ficará marcado como o mais trágico da história do River Plate. O time de Buenos Aires desperdiçou uma cobrança de pênalti, não foi além de empate diante do Belgrano por 1 a 1, em pleno Monumental de Nunez, e foi rebaixado pela primeira vez no Campeonato Argentino --no jogo de ida, perdeu por 2 a 0.

Após a partida houve enfrentamentos entre torcedores do River e policiais nos arredores do estádio Monumental. A polícia tentava conter as centenas de decepcionados torcedores com jatos de água e com a intervenção de agentes montados à cavalo. Um carro policial foi destruído e latas de lixo incendiadas. Os 30 mil espectadores que estiveram no jogo foram mantidos por mais de 45 minutos sem poder deixar o estádio, mas isso não bastou para o clima se acalmar.

Antes mesmo do encerramento, a torcida se revoltou e tentava quebrar até parte das arquibancadas para jogar no gramado. Dentro de campo, o desespero era nítido. O goleiro Carrizo era um dos mais desesperados e não poupava lágrimas. Com isso, apenas Boca Juniors e Independiente estão entre os grandes que jamais deixaram a elite.

Na atual edição do torneio Clausura, o time de Juan José Lopez não foi tão mal ao terminar em 9º lugar. O problema é que o sistema de rebaixamento aplicado na Argentina é diferente do que é convencionalmente usado. Existe um ranking com a média de pontos das equipes nas últimas três temporadas. E o River não foi nada bem neste período.

Diante disso, acabou sendo obrigado a disputar uma repescagem, chamada de 'Promoción'. A pressão era grande. A torcida se mostrou muito revoltada com os sucessivos tropeços. No jogo de ida, por exemplo, na quarta-feira passada, vários torcedores invadiram o gramado em Córdoba e um deles chegou agredir um jogador do River.

No dia seguinte, centenas de torcedores tentaram entrar nas instalações da equipe, mas foram reprimidos pela polícia. Para evitar prováveis brigas e vandalismo no caso de um resultado adverso, a polícia montou o maior esquema de segurança já visto em um jogo entre equipes no país. Ao todo, 2,5 mil homens estavam presentes.

Aliás, o drama do River colocou a Copa América, que começa na próxima sexta-feira, em segundo plano. Não se falava em outro assunto na Argentina. Além de toda essa pressão por uma vitória por dois gols de diferença, o River Plate entrou em campo desfalcado de algumas peças importantes, como os zagueiros Román e Ferrari, além do volante e capitão Matías Almeyda.

O goleiro Marcos já confirmou inúmeras vezes que abandonará a carreira nos gramados no fim do ano. Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo, o pentacampeão do mundo minimizou as chances de realizar uma despedida oficial pela seleção brasileira e reiterou que nunca teve muitas oportunidades na equipe nacional, com exceção do período em que o time foi comandado por Luiz Felipe Scolari.

"Não tenho o mesmo moral que o Ronaldo. Só joguei 29 vezes pela seleção. Tive poucas convocações e também fiquei muito no banco. Titular mesmo só na Copa [de 2002]. Agora, se tivesse a conta bancária do Ronaldo, eu me aposentaria antes", afirmou o camisa 12 do Palmeiras.

Marcos ganhou sua primeira oportunidade no time canarinho ainda em 1997, com Zagallo. Porém, só assumiu o posto de titular com a entrada de Scolari antes do Mundial do Japão e da Coreia do Sul.

Após conquistar a Copa como um dos principais jogadores da seleção, Marcos voltou a ser banco de Dida com a entrada de Parreira. Depois, se afastou do time nacional aos poucos.

"O Felipão saiu e entrou o Parreira. Joguei uma vez e fui para o banco. O Dida ficou como titular. Pô, tinha sido campeão do mundo. É que goleiro é cargo de confiança. Então, minha sorte foi o Felipão ter assumido a seleção. E meu azar, o Felipão ter saído", completou.

Na sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro, enfim, chegou ao primeiro triunfo, ao vencer o Coritiba, por 2 a 1, nesse sábado, na Arena do Jacaré. A vitória na estreia de Joel Santana foi apontada pelo treinador como algo que alterará a rotina dos jogadores.

Para o novo comandante celeste, agora os atletas poderão conviver em harmonia com a torcida. "Vamos ter um domingo tranquilo, que a gente possa sair com a família à vontade. Eles (jogadores)estão só sendo cobrados, agora poderão ser cumprimentados pelo torcedor. Isso é importante", analisou.


O triunfo sob o comando de Joel Santana pôs fim a uma série de resultados negativos. Em cinco rodadas, todas com Cuca como treinador, a equipe celeste somou apenas três pontos, em empates com Palmeiras, Santos e América-MG, todos em 1 a 1 e na Arena do Jacaré. Fora de casa, foram duas derrotas, para Figueirense, por 1 a 0, e Fluminense, por 2 a 1.

A partir da manhã de segunda-feira, Joel Santana comandará os treinamentos em preparação para jogo contra o Vasco, na quarta-feira, às 19h30, em São Januário pela sétima rodada do Brasileirão. "Vamos ver se a gente tira esse ranço, dá moral à equipe e constrói vitória no Rio. Você fica mais feliz, chega em casa mais tranquilo. Será um dia totalmente diferente", observou.

Apesar de ter estreado com vitória, Joel Santana sabe que ainda não terá tranquilidade no comando do Cruzeiro. "Se eu quisesse um mundo de tranquilidade, comesse goiabada com queijo mineiro, seria muito fácil. Temos de endireitar situações que é colocar o clube onde sempre esteve em quatro anos, que é chegar na Libertadores e ser campeão", destacou.

Mano Menezes fez neste domingo, em Los Cardales, na Argentina, seu primeiro coletivo da preparação da seleção brasileira para a Copa América. Ganso voltou a ser titular no meio de campo, com a equipe escalada no 4-3-3, formação considerada ideal pelo treinador.

Em seu primeiro coletivo desde que começaram os treinos para a competição na Argentina, Mano Menezes escalou Julio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Ganso; Robinho, Neymar e Pato. Esta deve ser a equipe que fará a estreia contra a Venezuela, no próximo domingo, dia 3 de julho.

O meia Ganso, um dos destaques do Santos na conquista da Libertadores, foi o responsável por articular as jogadas no meio de campo. Dessa forma, o jogador volta a exercer a titularidade pelas seleção depois de quase dez meses.

Ganso havia sido o titular no amistoso contra os Estados Unidos, o primeiro do técnico no comando do time. Em seguida, o meia passou por uma cirurgia no joelho e retornou na segunda partida da final da Libertadores.