Dos 23 inscritos pela Celeste, que debuta contra o Peru, 19 jogaram a Copa que resgatou a mística da equipe, semifinalista em solo africano. A base mantida pelo técnico Oscar Tabárez apresenta como poucas novidades alguns atletas promissores, como o atacante Abel Hernández e o zagueiro Coates.

O Uruguai é o cabeça de chave do Grupo C, que tem três times que estiveram na Copa sul-africana. O Chile manteve a base da Copa com seus atletas (18 são "repetidos" neste ano), mas trocou o técnico Marcelo Bielsa pelo argentino Claudio Borghi.

Já o México, rival dos chilenos nesta segunda, tem uma seleção alternativa, com três mundialistas. E está desfalcada por doping e farra de atletas. Argentina e Brasil mexeram bastante em seus elencos para a Copa América.

A seleção anfitriã, além de trocar o treinador (Maradona por Sergio Batista), inscreveu 11 jogadores do Mundial.

O Brasil é o time sul-americano que mais mexeu no time. Apenas nove nomes que serviram Dunga na Copa de 2010 estão com Mano Menezes na luta pelo tri da Copa América. Só supera o México B em mudanças no elenco.

Depois da vitória por 3 a 0 sobre a Noruega neste domingo, em Wolfsburg, a capitã Aline Pellegrino afirmou que o Brasil terá uma pedreira pela frente. No primeiro jogo das quartas, a Seleção enfrentará EUA ou Suécia.

- Assistimos aos jogos da outra chave. O time dos EUA está muito forte fisicamente, corre muito. A Suécia tem uma qualidade tática extraordinária, deixa vir o adversário que tiver que vir – disse Aline

O Brasil conseguiu sua segunda vitória na Copa do Mundo. No primeiro jogo, as meninas do Brasil venceram as australianas por 1 a 0. Se o ataque desencantou, principalmente com a melhora de Marta em campo, a defesa ainda não levou gols. Para Aline Pellegrino, todas as jogadoras estão marcando muito bem

- Hoje o Brasil surpreende para fazer uma postura tática defensiva para aí sim sair e ter um certo espaço. A Marta, a Rosana, todas as meninas da frente marcam. Essa é uma característica dessa seleção – disse Aline.

Nesta segunda-feira, a Seleção viaja para Frankfurt, onde fará o último jogo da fase de grupos contra a Guiné Equatorial, na próxima quarta-feira. As jogadoras farão apenas um trabalho regenerativo e descansarão para treinar nesta terça-feira.

O frustrante empate do Brasil por 0 a 0 com a Venezuela, na estreia da Copa América, só não foi pior porque, na outra partida do grupo B, Paraguai e Equador também não saíram do zero. No sábado, às 16h, a seleção de Mano Menezes encara os paraguaios em Córdoba e pode assumir a liderança da chave com uma vitória.


Na opinião do treinador, o fato de o Paraguai ser uma equipe mais tradicional (chegou até as quartas de final no Mundial da África do Sul) pode beneficiar o Brasil. Mano acredita que o adversário tentará sair mais para o jogo, o que resultará em mais espaços para atacar. Além disso, ele não descarta mexer no time titular.

"O jogo contra o Paraguai será diferente para nós, pois foi uma seleção que esteve na Copa do Mundo, fez um bom Mundial e traz consigo a responsabilidade de sair para o jogo, jogar mais. Quando os grandes começam a se enfrentar, correm mais riscos", opinou, logo após o tropeço em La Plata.

O técnico gaúcho terá cinco dias para trabalhar a seleção brasileira. O setor que o deixou mais insatisfeito foi o ataque.

"Se acontecer alteração, serão poucas, porque temos uma linha de trabalho e não vou mudar tudo aquilo que pensamos até aqui por causa de um empate", apontou.

Na avaliação de Mano, faltou mais presença ofensiva. Assim, Robinho e Alexandre Pato são os mais ameaçados, principalmente o primeiro, que frequentemente vem sendo substituído durante o segundo tempo.

"Algumas coisas foram evidentes, porque não temos como esconder. Penso que chegamos bem até a intermediária ofensiva, e dali para frente fomos muito lentos. Erramos os passes, ou jogamos de uma maneira muito óbvia. Temos que colocar mais um jogador entre os zagueiros adversários. Isso ficou evidente. Precisamos ter mais força para acabar bem aquilo que fizemos até a intermediária", observou.

Assim, Fred passa a ser uma opção para virar titular e ocupar esse setor entre os zagueiros adversários, citado por Mano. Ou ele muda o posicionamento, sem trocar peças.