Um empate com poucas emoções, no estádio da Ressacada, não foi bom para ninguém. O visitante Coritiba tem seu embalo freado e não consegue se aproximar do G-4 da Série A. Já o Avaí vê sua crise ampliar, após mais um tropeço e permanência na penúltima colocação.

O placar é mais desastroso para os catarinenses, que entraram em campo sem técnico. Alexandre Gallo foi demitido após a derrota para o Vasco, e o Avaí acabou sendo treinado pelo interino Edson Neguinho. Com o resultado, soma apenas 14 pontos.

Já o Coritiba não consegue emplacar sua terceira vitória seguida (antes, bateu o Atlético-MG e Santos, em plena Vila Belmiro). Assim, chega aos 25 pontos e permanece na zona intermediária. Diante de toda essa situação (momento na competição e adversário), o Avaí sabia que o duelo não seria fácil.

Apesar disso, o treinador interino Edson Neguinho tinha em mente pressionar o Coritiba. Mas tinha muitas dificuldades para chegar ao gol adversário. Parecia que a pressão pelo mau momento mexeu com o elenco. Na base da vontade, deu alguns sustos em Edson Bastos, como em um arremate de Pedro Ken.

Pouco, porém, para tirar o zero do placar. Sua sorte é que o Coritiba se mostrou pouco inspirado ofensivamente. Aos 43min, por exemplo, após rápido contra-ataque, Marcos Aurélio quase fez o primeiro. "Tivemos bastante posse de bola, mas não concluímos ao gol. Precisamos melhorar isso", disse o interino Edson Neguinho.

O começo do segundo tempo lembrou bastante a etapa inicial. As duas equipes erravam muitos passes. Por isso, poucas chances eram criadas, e os dois goleiros se transformavam em meros espectadores. Em um dos raros momentos de lucidez, aos 24min, Anderson Aquino acertou a trave e quase abriu o placar.

E foi só. Não aconteceu mais nada de emocionante na etapa final. O Avaí por exemplo, não demonstrou forças para tentar marcar e, quem sabe, deixar a zona de rebaixamento ainda nesta rodada. Já o Coritiba teve chance, mas não conseguiu encaixar um contra-ataque para 'matar' o jogo.

Os veteranos goleiros e capitães Rogério Ceni e Marcos mais uma vez foram os personagens de um São Paulo x Palmeiras. Com boas defesas, a dupla conseguiu segurar os ímpetos dos ataques e deram a tônica do empate por 1 a 1.

Ceni e Marcos não tiveram culpa alguma nos gols que sofreram, muito mais por mérito de Marcos Assunção na bola parada e Dagoberto, que fez um golaço.

A dupla de veteranos goleiros ainda trabalhou bastante ao fazerem pelo menos duas grandes defesas que evitaram um placar mais dilatado na fria tarde deste domingo no Morumbi.

O que se esperava era um jogo onde as defesas se sobressaíssem, dado às escalações defensivas dos técnicos Adilson Batista e Luiz Felipe Scolari. Mas São Paulo e Palmeiras criaram boas chances de gol, principalmente no primeiro tempo, e foram parados tanto por Rogério Ceni quanto por Marcos. Por isso, o 1 a 1 acabou sendo justo.

Na saída do gramado após o fim do jogo, Marcos avaliou que Rogério Ceni foi o destaque da partida no segundo tempo evitando que o Palmeiras saísse vencedor neste domingo no Morumbi.

"Acho que a gente jogou bem no primeiro tempo, mas ficou meio acuado. No segundo tempo, o Palmeiras foi o Palmeiras que a gente conhece, o Rogério pegou várias bolas e eu não tive trabalho".

A marca de Ronaldinho e a recuperação do Flamengo, após a derrota para o Atlético-GO, ficaram mais do que ofuscados no Beira-Rio. Os cariocas bem que tiveram mais posse de bola e chance para matar a partida, só que Leandro Damião encaixou um gol de bicicleta e roubou a cena. Antes, o atacante de 32 gols na temporada já havia servido de calcanhar o zagueiro Índio.

Até a assistência de Damião e o golaço posterior, era Ronaldinho o nome da partida, por seu gol em cobrança de falta e também pelas assistências precisas. Mas Leandro Damião manteve a rotina em alto estilo. Pouco acionado pelo esquema de Dorival Júnior que tinha três volantes, o camisa nove só foi se destacar na etapa final.

Mesmo com o Inter tendo um jogador a menos – Guiñazu foi expulso. O Flamengo, que saiu na frente e jogava bem, sentiu a pressão colorada. E também da torcida, que tinha mais de 35 mil pessoas no estádio.

No primeiro tempo, o Internacional sentiu as imposições de sua formação. Com apenas D'Alessandro encarregado de armar, o time ficou vulnerável para a marcação do Flamengo. Leandro Damião era acompanhado de perto por Alex Silva. Jô, ainda transparecendo fora do 100%, pouco ajudava. No lado rubro-negro, Ronaldinho como centro de tudo.

O camisa 10 foi acompanhado de perto por Nei. Inclusive quando mudava de setor. O lateral-direito do Inter foi parar, várias vezes, do lado esquerdo da defesa para segurar o craque. Em três oportunidades não conseguiu.

Logo aos três minutos, quando Elton errou um recuo e Ronaldinho ficou livre. A tentativa foi por cobertura. Muriel contou com a sorte e a bola subiu demais, quase acertando o travessão. Depois aos 18, quando o camisa 10 serviu Deivid, mas o centroavante foi desarmado por Muriel.

A outra oportunidade veio aos 25 minutos. Luiz Antonio foi derrubado. Nei não pôde marcar Ronaldinho ali. E o craque, na cobrança de falta, colocou o Flamengo em vantagem. O seu sétimo gol contra o Internacional. No meio disso, poucas chegadas dos donos da casa.

Antes do intervalo, dois lances polêmicos. O primeiro com D'Alessandro. O gringo driblou o marcador na linha de fundo e caiu na área. Recebeu amarelo por simulação, segundo o árbitro. Aos 46, foi a vez de Guiñazu ir ao chão na grande área. O camisa cinco já tinha amarelo e acabou expulso. Para revolta de todo o estádio.

Na etapa final, mesmo com um a menos, o Inter foi para cima. Dorival Júnior colocou Andrezinho e o jovem Dellatorre. Aos cinco minutos, a pressão intensa surtiu efeito. Damião deu um toque de letra e Índio fuzilou Felipe para empatar. Marcando seu vigésimo nono gol com a camisa colorada.

Só que a reação foi rebatida. Com mais liberdade, Ronaldinho desequilibrou de novo. Ele serviu Júnior César. O lateral-esquerdo cruzou e Jael, livre, bateu no canto direito. Mantendo os visitantes em vantagem.

De novo atrás do marcador, o Inter bem que tentou. Acossou mais a defesa carioca. Mas pecava no último lance. O Flamengo se aproveitava dos espaços e investia no contra golpe. Avançando ora pela esquerda, ora pela direita.

O Atlético-GO marcou aos 46 do segundo tempo, neste domingo, no estádio Serra Dourada, e venceu o Grêmio pelo placar de 1 a 0. Diogo Campos fez o gol, quando o Grêmio tinha um jogador a menos pois Rafael Marques foi expulso. O resultado amplia a crise no time portoalegrense, que perde a segunda partida seguida. Já os goianos comemoram 100% de aproveitamento com Hélio dos Anjos no comando. Após a goleada sobre o Flamengo, a vitória contra o time gaúcho consolida nova fase.


O resultado pode significar a entrada do Grêmio na zona do rebaixamento. Pretendendo 4 pontos nos dois jogos que teve fora de casa, a equipe não conquistou nenhum e depende de resultados paralelos para não entrar na linha dos que estaria caindo para a Série B. Celso Roth conheceu sua segunda derrota na quarta partida de comando.

Grêmio e Atlético-GO estão próximos na tabela de classificação do Brasileiro. Ambos lutam contra a zona do rebaixamento. Em campo, forças iguais se mostraram no início da partida. Até os 20 minutos, somente chutes de fora da área, sem perigo para Victor ou Márcio.

Principal preocupação gremista, o ataque ganhou força com a entrada de Miralles. O argentino não se omitiu do jogo e utilizou sua principal característica: o chute a gol. Não foram poucas as tentativas do jogador independente da distância do gol, mas posteriormente chances claras perdidas mancharam a atuação. Já no Atlético-GO, Anselmo e Juninho foram as principais ameaças ao oponente. A principal chance dos donos da casa ocorreu exatamente através destes dois. Juninho cruzou e Anselmo arrematou para fora, a 28 minutos da primeira etapa.

A 42 do primeiro tempo o Grêmio respondeu. Douglas enfiou para Miralles, que entrou pelo lado direito e chutou na saída do goleiro Márcio. A bola cruzou a frente do gol e saiu pela linha de fundo. O lance significou o fim das atividades relevantes nos 45 minutos iniciais. O time de Porto Alegre teve mais posse de bola, mas as chances de gol foram escassas e iguais de parte a parte.

O Grêmio começou bem o segundo tempo. Logo no princípio, Miralles perdeu após cruzamento de Bruno Collaço. A 7 minutos, Douglas chutou de fora da área e obrigou Márcio a uma boa defesa. O Atlético-GO respondeu 4 minutos mais tarde. Anselmo se aproveitou de falha de Victor e colocou na rede. Mas o gol foi anulado pois o centroavante estava impedido. A 12, duas chances claras para os locais. Rafael Cruz e Anselmo perderam de dentro da área. As oportunidades que faltaram no primeiro tempo, em menos de 15 minutos surgiram em profusão no segundo.

A 31 minutos, Rafael Marques barrou contra-ataque do Atlético-GO ao fazer falta em Diogo Campos. Prontamente o cartão vermelho foi mostrado. Saimon entrou no lugar de Miralles para resguardar a defesa dos visitantes. O time goiano cresceu, reclamou pênalti a 43 da etapa final, e marcou a 46. Diogo Campos venceu a marcação dentro da área e marcou. O lance significou o fim do jogo: 1 a 0 para o Atlético-GO.

O problema de Sócrates não vem de hoje. Há dois meses, o "Doutor" apresentou um pequeno sangramento digestivo e ficou internado no mesmo hospital durante três dias. Na ocasião, foi feita uma endoscopia que sanou o problema na veia porta. Vinte dias mais tarde, por precaução, ele voltou ao Albert Einstein e nada foi constatado. Kátia Bagnarelli, esposa do ex-jogador.

Na última quinta-feira à noite, de forma inesperada, Sócrates teve uma segunda hemorragia. Dessa vez, causada por um acúmulo de sangue no estômago. Por causa disso, ele vomitou muito, inclusive sangue, e precisou ser encaminhado com urgência à UTI do hospital.

Não houve processo cirúrgico. Segundo os médicos, isso só ocorre em casos de cortes profundos no paciente. Dessa vez, a opção foi por um furo na região do pescoço. A equipe colocou um catéter e fez com que o sangue, que passava pelo estômago, fosse direto para o coração. Assim, a circulação voltou ao normal.

O procedimento é delicado e por isso a situação de Sócrates foi classificada como grave, com sério risco de morte. A intervenção, porém, foi considerada um sucesso. Os médicos conseguiram estancar a tempo o sangramento e deixá-lo em uma situação estável. Sedado, o ex-jogador passou quase dois dias respirando por aparelhos. A medida foi adotada para que o "Doutor" não sentisse qualquer tipo de dor.

No fim da tarde de sábado, família e equipe médica se reuniram para decidir o passo seguinte da recuperação. Foi resolvido que os tubos seriam retirados e que ele passaria uma noite respirando sem aparelhos. Caso não ocorra uma nova hemorragia neste domingo, ele poderá ser transferido para uma unidade semi-intensiva durante o dia.

Possível ligação com cirrose

O problema de Sócrates não tem ligação com a cirrose, embora o ex-jogador possua a doença. Kátia reclama do peso que se dá para um diagnóstico de cirrose, já que a patologia pode ter relação com o consumo excessivo de álcool, mas esta não é a única causa.

- A cirrose no Brasil é tratada de uma forma muito cruel e com pouca atenção por pessoas que não conhecem a doença. Ele tem um comprometimento do fígado que pode ser denominado estado de cirrose, mas o problema que ele está tendo agora não tem ligação com isso. Ele não tem problema hepático. Geralmente, isso existe. Pulmão e coração estão ótimos e é isso que está fazendo ele reagir - explicou a esposa do ídolo do Corinthians.

Bastante informada sobre detalhes do estado de saúde do marido, Kátia explica exatamente o que aconteceu para que Sócrates tivesse o sangramento digestivo que o levou ao hospital mais uma vez.

- Temos a veia porta, que transporta o sangue do nosso corpo ao fígado. Lá, ele é filtrado e enviado ao coração. E chegou uma hora que a pressão do organismo do Sócrates foi muito forte ao passar por essa veia. O fígado não correspondeu e o sangue acabou voltando, criando uma pressão muito maior. Nesse momento, o esôfago criou varizes para conter o sangue e não espalhar para o resto do organismo. Acontece que essas varizes acabaram vazando. Foi quando ele teve o sangramento e o vômito. Apesar da cauterização, a pressão continuou.

De acordo com agências internacionais, Zico está muito próximo de se tornar o treinador da seleção do Iraque. O eterno ídolo do Flamengo já se reuniu com dirigentes da federação do país do Oriente Médio no Rio de Janeiro e, nesse domingo, pode acontecer o anúncio oficial.

O contrato seria de apenas seis meses, que compreende o período de jogos da terceira fase das eliminatórias asiáticas para Copa do Mundo de 2014. Caso consiga a classificação à etapa seguinte, Zico renovaria automaticamente até 2013.

E o Galinho, que participou de um evento na Bahia sobre o Mundial no Brasil (assista no vídeo acima), já até tem data para estreia. Seria no dia 2 de setembro, contra Jordânia, no estádio Francouse Al Hariri, na cidade iraquiana de Erbil, em jogo válido pelo Grupo A do torneio, que conta também com China e Cingapura.

O lado curioso é que, há pouco mais de três semanas, Zico foi um dos convidados para o sorteio dos grupos das eliminatórias asiáticas para Copa do Mundo realizado no Rio de Janeiro (relembre aqui).

- O Iraque tem bons valores, mas a grande dificuldade é que eles jogam em sua maioria no exterior. Eles não têm um campeonato forte, o que dificulta a formação de uma base, uma estrutura para uma competição - disse Zico, que foi diretor de futebol do Flamengo no ano passado, e tem trabalhado atualmente como comentarista, em declarações publicadas pela "Reuters" há pouco menos de duas semanas quando as negociações se iniciaram.

Como treinador, Zico já comandou a seleção do Japão (dirigindo o time na Copa de 2006, inclusive), além dos clubes Fenerbahçe (Turquia), CSKA (Rússia) e Olympiacos (Grécia).