Parecia um jogo, não a apresentação de um jogador. A torcida do Real Madrid compareceu em grande número ao Santiago Bernabéu, em Madri, para abrir as portas do clube ao brasileiro Kaká. Cerca de 40 mil torcedores ocuparam boa parte do estádio, em uma clara demonstração de admiração e respeito pelo futebol do meia. O número é um recorde na história do clube. Até então, Robinho, com 15 mil, era o primeiro da lista. Segundo a imprensa espanhola, cerca de 450 jornalistas foram credenciados para a apresentação de Kaká, que ganhou a camisa 8 do Real Madrid.

Os torcedores do Real Madrid recebem Kaká com festa no Estádio Santiago Bernabéu

Enquanto os dirigentes discursavam, Kaká, atrás, observava as manifestações dos torcedores com um largo sorriso no rosto. Um dos pontos altos da festa foi quando o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, chamou o presidente de honra, Alfredo di Stéfano, ao palco. A torcida, em êxtase, gritou "Alfredo, Alfredo, Alfredo..." e bateu palmas. Kaká também.

Veja a galeria de fotos da apresentação de Kaká

Agência/AP

Kaká cumprimenta o ídolo Di Stéfano

A apresentação também serviu para acabar com o mistério sobre qual seria o número de Kaká. Fazendo uma pequena brincadeira com a galera, o brasileiro virou a camisa com certo ar de suspense na direção dos torcedores, revelando a escolha pelo 8, o mesmo utilizado por ele quando começou a sua carreira pelo São Paulo. Até então, a 8 era usada pelo volante Gago, que escolheu a 5.

Depois disso, Kaká deu um passeio em torno do campo do Santiago Bernabéu e estendeu a mão aos milhares de fãs que se aglomeravam. Por alguns segundos, chegou-se a temer por uma invasão de campo, uma vez que os torcedores, no afã de chegar perto do ídolo, forçaram as grades que os separavam do campo.

- Hoje para mim foi um dia inesquecível, uma experiência inédita na minha vida e na vida de vocês, também. É um dia histórico para mim - disse Kaká, em entrevista coletiva após a apresentação.

Um clipe com imagens marcantes da carreira de Kaká, com narrações em diversos idiomas, foi exibido na transmissão de TV. A parte em português, narrada por Galvão Bueno, mostrou o golaço de Kaká no amistoso contra a Argentina (3 a 0, em Londres).

globo

Nessa semana, o vice-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, levantou uma polêmica dizendo que o Corinthians é sempre favorecido pela arbitragem. O cartola preparou um DVD com lances que favoreceram o clube paulista nos últimos anos. Mas as questões levantadas pelo dirigente são subjetivas. Fica difícil dizer qual o clube foi mais favorecido ou prejudicado por marcar ou sofrer gols em impedimento, por ter pênalti marcado ou não.

Analisando friamente, com o que os árbitros marcaram de fato, o clube paulista é um dos mais beneficiados em números de pênaltis e expulsões a favor na temporada, assim como o Cruzeiro. Isso não significa, porém, que o time tem sido favorecido pela arbitragem. Afinal, nem todos os pênaltis foram duvidosos e nem todas as expulsões não foram justas. De qualquer forma, é fato que o time paulista, assim como o Cruzeiro, teve muito mais pênaltis e expulsões a favor do que outros que estão na Série A do Brasileiro em 2009.

Na temporada, o Corinthians é o clube com mais pênaltis a favor (13). Porém, na média, o Cruzeiro está na frente (foram 12 em 35 jogos, média de 0,34 por partida). O curioso nessa lista é que o São Paulo não teve um pênalti marcado a seu favor no ano em 37 jogos (será que o rompimento com a Federação Paulista prejudicou o clube?). Nos pênaltis marcados contra, Barueri, Avaí e Flamengo são os clubes que lideram a lista.

Já nas expulsões a favor, o Sport é o líder com 19 na temporada. O Leão, porém, perde para o Cruzeiro na média (0,50 contra 0,51 da Raposa). Em números gerais, o Corinthians é o terceiro na lista dos clubes que mais tiveram expulsões a favor. Por outro lado, o Palmeiras é o time que teve mais jogadores expulsos entre os 20 da Série A na temporada. Foram 14, média de 0,34 por partida.

Confira abaixo os rankings de pênaltis e expulsões a favor e contra na temporada, entre os 20 participantes da Série A.

Pênaltis a favor

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Pênaltis contra

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Expulsões a favor

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Expulsões contra

A partida desta terça-feira do Vasco, às 21h (de Brasília), contra o Bragantino, pela Série B, em São Januário, pode ter gosto de despedida. Não que o clube cruzmaltino esteja perto de fugir do pesadelo da segunda divisão. Muito pelo contrário. O jogo pode marcar a despedida de Carlos Alberto, cujo empréstimo do Werder Bremen termina hoje, e até do técnico Dorival Júnior, que é cobiçado pelo Palmeiras.

Apesar da vontade de seguir na Colina, o vínculo do camisa 19 e principal craque da equipe se encerra à meia-noite. O clube alemão, que detém os direitos de Carlos Alberto, não quer renovar o empréstimo do jogador. Os direitos federativos do craque está avaliado em oito milhões de euros (R$ 20 milhões aproximadamente).

Mas a diretoria cruzmaltina tenta ainda de todas as maneiras manter o meia, que ontem preferiu se esquivar de despedida. Mas escorregou ao falar sobre a importância da partida, já que o Vasco não vence há cinco jogos.

"Esse será um jogo especial para mim. É como aquele piloto que decola com um avião e tem a obrigação de ter um pouso perfeito. Me sinto da mesma forma", disse o jogador, que chegou a brincar com o fato de seu contrato acabar hoje. "Não pode nem faltar luz no jogo, pois ele dura até meia-noite apenas", disse.

Dorival Júnior também nem sonha em perder sua principal arma do elenco. Tanto que nem preparou um plano B para substituir o apoiador. "Não gosto nem de pensar na hipótese dele ir embora. Não penso no time sem a presença dele", contou o técnico.

Sobre sua possível saída para a Palmeiras, Dorival também foi evasivo, sem negar que vá sair ou mesmo confirmar que vai ficar até o fim do ano, quando termina o seu contrato. "Não vou falar sobre esse assunto. Só sobre o Vasco e o jogo contra o Bragantino", disse.

O treinador confirmou que o Vasco atuará com a mesma equipe que empatou por 1 a 1 com o Figueirense, em Florianópolis, no sábado.

"Gostei do desempenho da equipe. Merecíamos ter vencido, pois criamos chances e jogamos melhor que o adversário. Não tenho motivos para mudar", disse o treinador. Élton, que já cumpriu suspensão, ficará apenas no banco. Com isso, Robinho será mantido no ataque ao lado de Carlos Alberto.

O Dia

Depois de meses ciente de que no dia 5 de julho teria de apresentar solução para pagar R$ 13 milhões ao Porto para ter Ibson em definitivo, o Flamengo ainda não tem uma cartada decisiva. A partir desta terça-feira, a diretoria terá 120 horas para conseguir o acerto, mas até segunda à noite a situação continuava indefinida. Uma das possibilidades seria o parcelamento do valor total. A contagem regressiva está perto do fim e, caso não haja definição, o jogador fará sua despedida no jogo de sábado, contra o Vitória, no Engenhão.

"Não temos novidades. Dia 5 acaba o contrato, temos que apresentar a operação financeira até sexta-feira", limitou-se a dizer o diretor de futebol Plínio Serpa Pinto.

Em cinco dias, o clube terá que fazer o que ainda não conseguiu nos últimos meses. Na segunda, em entrevista ao jornal português O Jogo, Laís Silva, pai do meia disse que o Flamengo demonstrou interesse em contar com Íbson por quatro anos, mas que o jogador ainda aguarda propostas da Europa para definir qual será seu futuro.

"Estamos aguardando propostas de clubes europeus, para depois compararmos com a do Flamengo e decidir o que é melhor para a carreira do Ibson. A diretoria da Gávea está tentando arrumar o valor que o Porto pediu", disse Laís, em entrevista ao jornal português.

O jogador tenta ficar alheio à negociação. Nas últimas entrevistas, ele evitou tocar no assunto e disse estar focado apenas no Flamengo. Certo é que o Porto já deixou claro que não pretende ficar com o jogador.

Para o jogo de sábado, contra o Vitória, Cuca terá o retorno de Kléberson e Ronaldo Angelim, que cumpriu suspensão no último jogo. Suspenso pelo pisão em Ariel, do Coritiba, Aírton ainda terá de cumprir mais três jogos de "gancho".

O Dia

O ex-jogador expanhol Caminero foi detido na semana passada por conta de envolvimento em esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A prisão aconteceu durante operação da Guarda Civil do país, que desarticulou quadrilha e prendeu outras 30 pessoas.

Caminero, que atuou por Atlético de Madrid e Valladolid, foi liberado pelas autoridades horas depois de ser detido, na terça-feira passada. No entanto, ele foi indiciado pela Justiça espanhola e responderá a processo.

A operação realizada em quatro cidades do país teve como saldo 31 prisões, além da apreensão de 570kg de cocaína e de mais de dois milhões de euros (R$ 5,5 milhões) do narcotráfico.

terra

De férias em São Paulo, o atacante Luís Fabiano certamente verá seu nome envolvido em boatos de transferências nas próximas semanas - ainda mais depois que o bósnio Edin Dzeko frustrou os planos do Milan. Agora, o brasileiro artilheiro da Copa das Confederações se torna o principal alvo do clube italiano, que perdeu Kaká para o Real Madrid e busca prioritariamente um companheiro de frente para Alexandre Pato.

O vice-presidente milanês Adriano Galliani admitiu na semana passada que o camisa 9 do Brasil era um plano B de mercado para o clube, que sonhava com Dzeko, do Wolfsburg. As negociações com o atacante da Bósnia-Herzegóvina, porém, não estão andando e o ex-são-paulino entra na mira dos rossoneri. E, de acordo com seu empresário, José Fuentes, não tem problemas em trocar o Sevilla pelo Milan.

"O Luís aceitaria jogar pelo Milan", disse Fuentes ao jornal Corriere dello Sport. "Ainda não tenho contato oficial da Itália. Tudo que sei ouvi nas rádios ou li nos jornais que há o interesse. Mas ninguém tratou comigo", complementou.

Quem quiser contar com Luís Fabiano precisa desembolsar 30 milhões de euros (R$ 82 milhões), valor da cláusula rescisória do jogador com o Sevilla. O valor, porém, pode baixar. "Os diretores do clube espanhol são muito inteligentes. Acho que, considerando a situação econômica que o mundo está vivendo, estão dispostos a negociar", indicou Fuentes.

Ainda sem propostas por Luís Fabiano, o agente fez publicidade para o cliente. "Devem contratá-lo, pois é um jogador que está no mesmo nível de Zlatan Ibrahimovic, David Villa ou Emmanuel Adebayor", comparou Fuentes.

Gazeta Press

Há três anos, o Brasil chegou à Copa do Mundo na Alemanha com status de favorito, depois de conquistar a Copa das Confederações, no mesmo país, e ficar em primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas. Voltou para casa cedo, com derrota nas quartas-de-final e uma série de explicações para o desempenho ruim.

A história vai se repetindo. A equipe de Dunga chegou da África do Sul com o troféu da Copa das Confederações e está em primeiro lugar nas eliminatórias, com a classificação bem encaminhada.

O meia Kaká - um dos sete jogadores que foram campeões no domingo e viveram a decepção em 2006 - é direto ao responder sobre as lições deixadas pelo Mundial na Alemanha. Para ele, os treinos de preparação foram "muito confusos".

- Houve muita euforia, e isso atrapalhou. Temos que repetir a preparação que fizemos aqui na África do Sul, que foi muito legal. Sempre que o Brasil tem tempo para trabalhar, o resultado aparece, mas é preciso controlar o otimismo exagerado - analisou, na África, o jogador do Real Madrid.

Um dos problemas mais comentados após a eliminação em 2006 foi o clima festivo na preparação do time comandado na época por Carlos Alberto Parreira. Dunga deu a entender que concorda com Kaká, ao ser perguntado sobre os erros daquela seleção.

- Só falamos dos erros da seleção de 2006, mas temos que pensar também nos aspectos positivos. E o que aconteceu ao redor? Será que não prejudicou a seleção?

Gilberto Silva, outro que esteve na Alemanha, tenta pôr em segundo plano a condição de favorito, que naquela ocasião gerou um ambiente de confiança exagerada.

Gilberto Silva pede para time não se iludir

- Não podemos pensar em favoritismo, mesmo porque ainda tem tempo até o Mundial. Mas temos muito a aprender com a Copa de 2006. A cobrança será grande, mas o grupo está preparado. Só não podemos nos iludir e cair no conto do vigário - disse o volante do Panathinaikos-GRE, no desembarque da seleção.

O lateral Daniel Alves, que ainda nem havia vestido a camisa canarinho quando o Brasil caiu na Alemanha, assume outra postura. Afirma que é inevitável o país ser visto como um dos concorrentes ao título e que cabe aos jogadores saber lidar com isso.

- É algo que temos de assimilar. O Brasil sempre vai ser favorito, em qualquer competição. Isso só não pode nos pressionar. Sabemos que hoje em dia o futebol está cada vez mais equilibrado, e um exemplo é a Espanha, que era vista como favorita na Copa das Confederações e foi eliminada por uma equipe não tão forte, como os Estados Unidos. Não podemos nos descuidar em nenhum momento, caso contrário seremos surpreendidos.

globo

Luis Fabiano aos poucos começa a se livrar da sombra de Ronaldo na briga pela camisa 9 da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010. O bom desempenho do Fabuloso na Copa das Confederações fez o jogador do Sevilla superar a média de gols do Fenômeno com a camisa da seleção brasileira.

Com os cinco gols que fez na África do Sul, Luis Fabiano chegou à marca de 0,71 gol/jogo pela seleção brasileira. Ronaldo, que não é convocado desde a Copa do Mundo de 2006, tem média de 0,67 gol por jogo.

A média de Luis Fabiano na seleção é, por sinal, a segunda melhor entre os jogadores ainda em atividade. A marca do Fabuloso é superada apenas pela de Túlio Maravilha, que tem média de 0,93 por jogo (veja tabela abaixo). Túlio hoje em dia defende o Goiânia, da Segunda Divisão do Goianão.

No desempenho histórico, Luis Fabiano aparece com 12ª melhor média. O líder é Cláudio Adão, com a incrível média de 1,27 gol por jogo. O Fabuloso tem à sua frente nomes de peso como Ademir Menezes, Romário, Zico e Pelé, entre outros (veja na tabela abaixo).

Luis Fabiano fez sua estreia pela seleção brasileira em junho de 2003. Na ocasião, o atacante fez um dos gols na vitória por 3 a 0 sobre a Nigéria, em partida amistosa. De lá para cá, o Fabuloso atuou outras 30 vezes pela seleção, marcando um total de 22 gols.

A busca por um novo treinador continua no Palmeiras. Abel Braga, um dos preferidos da diretoria alviverde pelo seu perfil, foi descartado devido à sua complicada situação contratual. O técnico comanda o Al Jazira, dos Emirados Árabes, e tem vínculo com o clube por mais dois anos. Sua multa contratual é de cerca de US$ 2,3 milhões (aproximadamente R$ 4,5 milhões) e o time árabe não estaria disposto a liberar seu comandante.

- O Abel está completamente descartado devido à dificuldade de conseguir a sua liberação, já que o seu atual clube não gostaria de o liberar nem que fosse paga a multa rescisória. Estamos vendo novos nomes – diz Gilberto Cipullo, vice-presidente do Palmeiras.

Entre esses nomes, Gilberto Cipullo admite estar o do técnico Dorival Junior, do Vasco. O comandante do Gigante da Colina, porém, já afirmou que não deixará São Januário.

- Dorival não foi procurado, mas não está descartado – assume Cipullo.

Keirrison cada vez mais longe

O atacante Ronaldo também criticou a postura do Internacional em divulgar um DVD com lances que teriam favorecido o Corinthians durante jogos da Copa do Brasil. Para o Fenômeno, as falhas dos árbitros são o que fazem do futebol o esporte mais popular do planeta.

- Os cartolas do futebol têm de fazer alguma coisa para aparecer. Muitas vezes, fazem para atrapalhar. Mas o futebol é lindo e emocionante por causa dos erros dos árbitros. Imagine se fosse tudo automático, sem nenhum tipo de erro? Seria monótono – disse.

A divulgação do dossiê só apimenta a decisão da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 21h50m, no Beira-Rio. O Internacional ataca dizendo que o Corinthians é claramente favorecido

pelos juizes e coloca a atuação do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, escolhido nesta segunda-feira, em alerta.

O Corinthians respondeu no final da tarde criticando a atitude do vice-presidente de futebol do Colorado, Fernando Carvalho. De quebra, o Timão, ironicamente, sugere um outro DVD, o "23 anos em 7 segundos", que retrata a história da conquista do Campeonato Paulista de 1977.

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