O audacioso plano santista para manter o promissor atacante por uma década adota o mesmo modelo usado para repatriar Robinho: salários de padrão europeu bancados por empresas que queiram associar sua marca a do artilheiro de 18 anos.

O atacante já tem contrato para ficar na Vila Belmiro até dezembro de 2014. Mas o presidente Luis Alvaro pretende contar com o jovem ídolo até a Copa de 2018, intenção que já foi informada ao jogador.

Ao contrário da gestão anterior, comandada por Marcelo Teixeira, a atual não vê Neymar apenas como uma "mina de ouro", nas palavras de um alto dirigente santista.

O Santos FC enxerga o craque com potencial para formar uma nova geração de torcedores, como fez a dupla Diego e Robinho, para comandar equipes vitoriosas e atrair patrocinadores e mídia.

"Só uma relação jogador-clube de longa fidelidade é capaz de forjar o verdadeiro ídolo", profetiza Luis Alvaro.

O clube sabe ser inevitável o assédio dos europeus sobre Neymar, principalmente se ele ganhar títulos e defender a seleção brasileira. Precavido, o Santos aumentou a multa rescisória para clubes do exterior para 35 milhões de euros.

Mas o dirigente tem dito que combaterá as investidas européias oferecendo ao atleta dinheiro compatível ao que receberia no Velho Continente.

A nova estratégia do Santos é simples, mas incomum no futebol brasileiro: "vender" o espetáculo, não mais os artistas.

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Rei do Rio, Joel Santana encara o novato Vagner Mancini no Maracanã

Loco Abreu e Dodô se enfrentam no primeiro clássico da temporada 2010

Joel Santana é uma raposa velha no futebol carioca. O treinador tem a fama de ser o "Rei do Rio". São seis títulos estaduais. Já Vagner Mancini disputa pela primeira vez a Taça Guanabara, mas armou um time consistente, dono da melhor campanha da Taça Guanabara. A final entre Vasco e Botafogo, neste domingo, às 17h01m, no Maracanã, não vai marcar apenas um duelo em campo. Fora dele, os dois estrategistas prometem grandes emoções. A TV Globo transmite ao vivo a partida para o estado do Rio de Janeiro. Já o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real com vídeos dos principais lances.

A última vez que os dois clubes se enfrentaram na final da Taça Guanabara foi há 13 anos, em 1997. Na época, o Botafogo, curiosamente comandado por Joel Santana, derrotou o Vasco, de Antônio Lopes, por 1 a 0, gol de Gonçalves.

A goleada por 6 a 0 na terceira rodada ainda está bem recente na cabeça dos alvinegros. E é usado por Joel Santana como uma motivação extra para o clássico decisivo. O jogo foi um divisor de águas para o Alvinegro neste Carioca. Estevam Soares foi demitido e Natalino assumiu um time desacreditado. Mas em pouco tempo o treinador conseguiu dar uma nova cara ao Botafogo e, principalmente, montar um esquema para explorar o bom forte do atacante Loco Abreu: a bola cruzada na área. Quatro dos cinco gols do uruguaio neste Carioca foram de cabeça.

Vagner Mancini e o Vasco viveram um caminho diferente. O time é o único invicto da competição. Levou apenas três gols em oito jogos. E chega como ligeiro favoritismo. O treinador ganhou o respeito dos torcedores, que rapidamente esqueceram a saída de Dorival Júnior. Mas, agora, tem a grande prova de fogo.

Caso conquiste a Taça Guanabara, o Botafogo garante vaga na decisão do Campeonato Carioca pela quinta vez consecutiva, feito inédito na história do clube. Já o Vasco tenta acabar com um jejum. Desde a Taça Rio de 2004, o Gigante da Colina não vence um turno do Campeonato Carioca.

O Maracanã vai estar lotado. Os ingressos para o clássico entre Vasco e Botafogo se esgotaram no fim da tarde deste sábado. Foi colocada à venda uma carga total de 66.957 entradas.

Um empate leva a final da Taça Guanabara para os pênaltis. E Vasco e Botafogo não têm um bom retrospecto. Nas últimas cinco vezes que disputou uma decisão por pênaltis, o Botafogo venceu apenas uma, justamente diante do Vasco na semifinal da Taça Rio de 2007. Nas outras quatro, o Alvinegro perdeu para o Flamengo na decisão do Carioca de 2007, para o Corinthians na Copa do Brasil de 2008, para o Americano na Copa do Brasil de 2009 e novamente para o Flamengo na final do Carioca do ano passado.

Já o Vasco chegou à final da Taça Guanabara derrotando o Fluminense nos pênaltis (6 a 5). Algo incomum. De 2005 para cá, o Vasco perdeu todas as cinco decisões por pênaltis que disputou: diante do Fluminense no Carioca de 2005; Flamengo na Taça GB de 2007; Botafogo na Taça Rio de 2007; Sport na Copa do Brasil de 2008 e Fluminense na Taça Rio de 2008.

A Taça Guanabara, alvo de desejo de vascaínos e alvinegros, neste domingo, no Maracanã