Há discordância no período do contrato e no valor salarial oferecido. Meia, que esteve na Gávea, interessa ao Fluminense, mas apenas se Cuca sair

No período equivalente a um tempo de uma partida de futebol, Petkovic recebeu oficialmente a proposta de renovação contratual com o Flamengo. Ao lado do empresário Josias Cardoso, o jogador esteve na Gávea no fim da tarde desta segunda-feira e reuniu-se com a cúpula do futebol rubro-negro.

Na saída, o sérvio negou-se a falar. Coube então ao vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz, comentar o encontro. A participação de Pet foi um pedido pessoal do dirigente.

- Por tudo o que ocorreu, era importante ele vir para que fique tudo bem às claras. Colocamos a proposta no papel e aguardamos a resposta. Se ele gostou? Tem de fazer essa pergunta ao Pet – disse.

As declarações ácidas foram esquecidas momentaneamente. Nos 45 minutos de conversa, as partes limitaram-se a argumentar sobre o possível novo compromisso. No entanto, existe uma discordância flagrante. Pet deseja ficar até dezembro 2011, e o Flamengo acena com um acordo que se encerraria no fim deste ano. O valor salarial oferecido também está abaixo das expectativas do atleta.

Assim como fez nas renovações de Andrade e Ronaldo Angelim, que provocaram desgaste, Marcos Braz ressaltou de antemão que não vai ignorar o orçamento para manter o jogador.

- Outros clubes querem o Pet, assim como outros clubes queriam o Love, o Ramon... Todos os jogadores que procuramos tinham outros clubes em cima, mas levamos. Só não vamos passar do que podemos dar. O Flamengo vai fazer o que pode. Se o Pet aceitar será muito bem-vindo no grupo – garantiu o vice de futebol.

Há interesse do Fluminense no atleta. O presidente da patrocinadora do clube, Celso Barros, é o entusiasta da ideia. Entretanto, a chegada dele praticamente depende da saída do técnico Cuca, pois os dois tiveram problemas na Gávea.

Esta é uma segunda-feira especial na história do Esporte Clube Bahia. Há meio século o clube conquistava seu primeiro grande título e se firmava como o primeiro clube brasileiro a participar da Taça Libertadores da América. A festa, entretanto, acontece em meio à rusgas entre o clube tricolor, a Federação Baiana de Futebol (FBF) e a Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia).

A idéia do Bahia era celebrar o título sobre o poderoso Santos, de Pelé, no último domingo, quando enfrentou o Camaçari (o jogo acabou em um empate por 3 a 3). Em um mal-entendido generalizado, entretanto, o orgão estadual proibiu a realização da partida no estádio de Pituaçu porque o gramado, que se recupera de um ataque de pragas, ainda não apresentava condições de jogo.

A proibição, anunciada na última quinta-feira pela Sudesb, irritou os dirigentes do tricolor, que foram pegos de surpresa. O clube já havia pago as taxas para uso do estádio, a festa pelo título já estava organizada e o lote de uma edição especial de ingressos celebrando os 50 anos do título estava impressa.

A final da Taça Brasil de 1959 aconteceu, na verdade, em 1960, e foi protagonizada por Bahia e Santos. O alvinegro já contava com o craque Pelé, mas o camisa dez não jogou a terceira e última partida porque estava lesionado. O título consagrou uma das melhores equipes da história do Bahia, que conquistou também um pentacampeonato baiano e três títulos do Torneio Norte-Nordeste.

Com o desentendimento entre as entidades baianas e o clube, o aniversário que é celebrado hoje terá sua festa postergada para a próxima quarta-feira, quando o Bahia enfrenta o Atlético-GO pelo jogo de volta da Copa do Brasil.

A expectativa é que a homenagem incentive o elenco do Bahia, porque a missão dos comandados de Renato Gaúcho na competição nacional é complicada. No jogo de ida o tricolor foi derrotado por 2 a 0 em Goiânia. Atuando em casa, o Bahia precisa vencer por uma diferença de três gols para passar de fase. Uma vitória por 2 a 0 leva a partida para a decisão por pênaltis.

Apesar de, atualmente, ser considerado o principal jogador do elenco do Palmeiras, o meia Diego Souza está longe de ser "inegociável". Nesta segunda-feira, poucas horas depois de a imprensa portuguesa revelar um suposto interesse do Sporting pelo camisa 7 alviverde, a diretoria do clube paulista afirmou que não descarta uma transferência futura.

"Se a proposta realmente for feita, vamos conversar com a Traffic e com o empresário dele, pois aqui sempre foi dessa forma. Não tem nenhum negócio que o Palmeiras descarte de cara", explicou Savério Orlandi, diretor de futebol do clube alviverde.

Nesta segunda-feira, o jornal português A Bola noticiou que o Sporting estaria disposto a fazer uma reformulação em seu elenco e contratar alguns atletas brasileiros. Esta lista de reforços seria encabeçada, justamente, por Diego Souza. No entanto, os sete milhões de euros pedidos pela Traffic, detentora dos direitos do atleta, teria esfriado o negócio.

Por outro lado, se o negócio se concretizar, será a segunda passagem de Diego Souza pelo futebol português. Entre 2005 e 2006, o jogador defendeu o Benfica, mas teve poucas oportunidades de jogar e foi emprestado para o Grêmio, chegando ao Palmeiras apenas em 2008.

Independentemente das especulações em torno do seu futuro, Diego Souza deve retornar ao time do Palmeiras nesta quarta-feira, para a partida contra o Paysandu, pela Copa do Brasil. O jogador foi desfalque no último fim de semana, no confronto com o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, por estar suspenso após receber o terceiro cartão amarelo.

Lateral-direito do Flamengo entrou em campo com Felipe no ano passado: 'Fico lisonjeado por retribuir o carinho', diz Léo

Léo Moura guarda com orgulho uma foto em preto e branco ao lado de Zico. Quando era criança, o lateral-direito entrou no gramado do Maracanã de mãos dadas com o ídolo do Flamengo. Vinte anos depois, ele pôde retribuir o gesto afetuoso.

O primeiro neto de Zico, Felipe, debutou no estádio no colo do lateral. Foi um pedido especial de Bruno Coimbra.

- Aquela cena jamais será esquecida. Sempre fui Flamengo e realizei um sonho ao entrar em campo com o Zico. O Bruno (Coimbra, filho do Galinho) me pediu para fazer o mesmo com o Felipe. Fico lisonjeado por poder retribuir o carinho - disse Léo Moura, por telefone.

Nesta segunda-feira, o site oficial do maior ídolo rubro-negro celebrou os dois anos de Felipe lembrando do "presente" que Léo Moura deu e recebeu.

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola". A frase era apenas uma das imortalizadas por Armando Nogueira que passavam nos enormes telões do Maracanã nesta segunda-feira. Dentro do salão da tribuna de honra do estádio, o corpo do jornalista era velado por familiares e amigos. Emoção e homenagens para um camisa 10 do jornalismo esportivo brasileiro. Aos 83 anos, Armando Nogueira morreu pela manhã, em sua casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Há dois anos, ele lutava contra um câncer no cérebro – que lhe roubou primeiro a capacidade de falar e escrever, duas das atividades que mais prezava.

O velório começou às 13h no Maracanã. Uma miniatura de um avião da Força Aérea Brasileira foi colocada ao lado do caixão. Praticante de voos em ultraleves, Armando Nogueira foi o fundador do clube carioca da modalidade e era apaixonado pela aviação. As bandeiras do Brasil, do Rio de Janeiro, do Botafogo e do Acre, estado em que o jornalista nasceu, foram deixadas no salão. Armando Augusto Magalhães Nogueira, mais conhecido como Manduca, filho único de Armando Nogueira, foi um dos primeiros a chegar ao estádio. Aos 55 anos, ele lembrava do pai como carinho e admiração.

Veja as imagens do velório de Armando Nogueira

- Ele pediu autorização para a torre para decolar e não avisou onde vai pousar. as, com certeza, vai ser em um lugar tranquilo e alegre. Tenho certeza de que o grande comandante foi fazer um lindo voo, sem turbulência e num céu de brigadeiros. Nunca tivemos uma relação de pai e filho, foi sempre de amigos. Quando nasci, ele não estava presente. Estava viajando a trabalho. Ele viajava muito, era sempre muito solicitado. E isso despertou em mim o interesse pelo jornalismo. Poucas vezes eu o chamava de pai e ele me chamava de filho. Sempre fomos grandes amigos - disse Manduca, que também é jornalista e atualmente trabalha na Globosat.

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Muito emocionado estava o irmão mais velho de Armando Nogueira, Wilson Nogueira. Ele ficou a maior parte do tempo ao lado do caixão recebendo os cumprimentos de quem chegava. Enquanto isso, os telões do Maracanã exibiam sete frases imortalizadas pelo jornalista.

- Aqui era o endereço dele todo o domingo. O presidente do Botafogo me ligou oferecendo o salão nobre do clube, mas eu disse que o Armando era um cronista de todas as torcidas - completou Manduca.

Letícia, neta de Armando Nogueira, estava com uma camisa do Botafogo, uma das grandes paixões do avô. O ex-jogador Júnior também foi prestar homenagem a quem define como mestre. E lembrou de um conselho que recebeu do jornalista quando começou a carreira de comentarista na TV Globo.

- O Armando me disse uma frase que me marcou muito e eu nunca esqueci. Que eu podia criticar sem ofender e elogiar sem bajular - disse.

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Enormes coroas de flores não paravam de chegar ao Maracanã vindas de todas as partes. Foram tantas que não couberam na sala em que ocorre o velório. Enquanto isso, João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, lembrava da importância de Armando Nogueira para o telejornalismo brasileiro.

- Ele trouxe um rigor ético e uma qualidade para o texto no jornalismo. Uma pessoa que tirou a TV de uma linguagem radiofônica e criou uma nova maneira de se comunicar com o telespectador. Armando Nogueira escrevia de um jeito quase barroco e não economizava nas palavras, mas criou uma linguagem objetiva para a televisão. Armando deixa para nós uma inspiração, mais do que uma lembrança, uma inspiração - disse.

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O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram luto oficial de três dias pela morte "do grande jornalista Armando Nogueira, cujo texto se confunde com os melhores momentos do futebol brasileiro. Um acreano que, na juventude, veio morar no Rio de Janeiro e se transformou em um dos ícones do jornalismo do país".

Apresentador e editor do Jornal Nacional, William Bonner não poupou elogios ao mestre. O jornalista lembrou que o ex-companheiro influenciou muito na sua carreira profissional.

- Ele é um mestre da escrita, o homem que criou o hoje gigante Jornal Nacional. Sou, sem dúvida, um pupilo dele e todos os dias usamos a herança que ele nos deixou de como se faz um telejornal. O Armando Nogueira foi o homem que abriu as portas para mim na TV Globo e me ensinou a fazer telejornalismo. Tenho uma grande dívida pessoal com ele. Poucos cronistas tiveram tanta paixão quanto ele, um amante do esporte e da palavra - disse Bonner.

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Quem também estava bastante emocionado era o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Ele lembrou das várias viradas de ano que passou ao lado de Armando Nogueira, em Angra dos Reis.

- Ele era um grande contador e fazedor de histórias. Ele era objetivo, mas também não abria mão da preciosidade do texto - disse Boni, que também lembrou o prato predileto do jornalista: bife bouguignon.

Personalidades não paravam de chegar ao velório e falar palavras de carinho para os familiares. Entre eles, o diretor da TV Globo Daniel Filho, os jornalistas João Pedro Paes Leme, Luís Roberto, Luis Carlos Júnior, Boninho e Alice Maria, o produtor musical Luis Carlos Miele, o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, o cronista e escritor Sérgio Cabral.

- Sempre tentei imitá-lo, mas nunca consegui. Era uma figura fantástica - disse Sérgio Cabral, que conheceu Armando Nogueira no Jornal do Brasil, em 1959.

Com lágrimas nos olhos, Bruna Nogueira, ex-mulher do jornalista, recordava da paixão de Armando Nogueira pelo esporte. Nesta segunda-feira, o Botafogo entra em campo para enfrentar o Boavista, em São Januário, de luto e com uma tarja preta no uniforme. A CBF determinou um minuto de silêncio nos jogos da Copa do Brasil, que vão acontecer no meio da semana.

- Ele era um botafoguense doente, que voltava para casa chorando quando o time perdia - disse.

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, chegou ao Maracanã por volta das 18h.

- Agora há mais um anjo da guarda para tomar conta do Botafogo. Espero que o Armando possa ajudar fazendo que o El Loco marque gols de cabeça, o Jeferson continue santo, o Joel iluminado e o Caio cada vez mais ousado - disse o dirigente.

O corpo de Armando Nogueira será velado no Maracanã até esta terça-feira pela manhã, quando depois segue para o cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O enterro vai ser às 12h.

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Armando Nogueira deixa um legado de dez livros publicados, todos sobre a sua maior paixão em seus 60 anos de carreira: o esporte. Em "A Ginga e o Jogo", pela editora Objetiva, Armando dispõe em uma coletânea de 78 textos, confissões, comentários e histórias sobre as 14 Copas do Mundo a que assistiu, desde a de 1954, além de sete Jogos Olímpicos, desde 1980.

A carreira do jornalista inspirou no ano passado a criação do troféu que o homenageia – uma parceria do Sportv com o GLOBOESPORTE.COM – que premia o melhor jogador de cada posição no Campeonato Brasileiro.

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Braçadas, agarrões e empurrões. Foi com esses termos que o árbitro Wilson Luiz Seneme relatou na súmula a troca de agressões entre o corintiano Dentinho e o são-paulino Washington no clássico do último domingo, vencido pelo Corinthians por 4 a 3.

Os dois foram expulsos ainda no primeiro tempo, logo depois do segundo gol do Timão no rival. Washington chegou mais firme na dividida e Dentinho deixou o cotovelo, acertando a boca do são-paulino, que também deu um leve tapa no rosto do alvinegro.

Embora não tenha relatado agressão física, o que poderia dar uma pena de quatro a 12 partidas de suspensão, os dois podem desfalcar seus times caso os dois avancem às semifinais do Campeonato Paulista. Mas só em caso de punição máxima.

Isso porque ao serem julgados por ato hostil, como está relatado na súmula, a punição vai de uma a três partidas. Se punidos com um jogo, eles ficam fora apenas da penúltima rodada. Se com dois, desfalcam os times nos dois últimos jogos.

Já se pegarem três partidas de suspensão, o problema se estende para a primeira partida da semifinal. A data do julgamento de ambos ainda não foi definida.