Revelação das categorias de base do Botafogo, o volante Gerson, 18 anos, foi emprestado na última segunda-feira ao PSV Eindhoven, da Holanda, clube que defenderá até o fim de junho. A transação não envolveu dinheiro e os holandeses têm prioridade para a compra do atleta - a diretoria alvinegra ainda não definiu a quantia para venda.

"Ele terá acompanhamento, em estudos feitos do Brasil. É um jogador que merece atenção", disse o gerente de futebol amador do Botafogo, Sidnei Loureiro.

Outra promessa de 18 anos, o goleiro Luis Guilherme está em fase de treinos no Lyon (FRA), clube que também pode comprar os direitos do atleta.

Mano Menezes estabeleceu uma meta objetiva para 2011: fazer a seleção jogar bem contra rivais grandes. Para isso, o treinador reforçou o discurso de que espera implantar no time um estilo de jogo mais ofensivo, em que a equipe não dependa tanto dos erros dos adversários. Novamente, usou as últimas Copas do Mundo como exemplo.


"A seleção pode atuar de forma mais ofensiva e com capacidade para propor mais o jogo, isso ficou meio distante nas últimas edições [de Copa]. Para isso, precisamos ter qualidade para recuperar a confiança", disse o comandante, relembrando as palavras de suas entrevistas iniciais no cargo.

Na oportunidade, ele prometeu a volta do futebol alegre semanas depois de o Brasil ser eliminado da Copa da África do Sul pela Holanda e Dunga receber muitas críticas pela postura do time.

Mano teve duas missões principais quando recebeu o convite da CBF: fazer o Brasil voltar a se impor em campo, tomando a iniciativa, e promover tal característica com um rejuvenescimento do grupo, visando a Copa do Mundo de 2014.

O treinador fez isso logo em sua estreia, usando o 4-3-3 na vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos. Depois, mesmo sem a presença de Paulo Henrique Ganso, ele tentou manter o esquema, sempre com dois jogadores abertos pelas pontas e um atacante mais centralizado.

O problema para Mano é que isso não funcionou diante da Argentina, em novembro do ano passado, na derrota por 1 a 0. E às 18h (de Brasília) desta quarta-feira, o Brasil tem seu segundo grande desafio com o atual treinador: enfrenta a França no Stade de France.

"Temos que evoluir principalmente no padrão tático. Para termos uma evolução do trabalho, precisamos fazer contra grandes adversários o mesmo que fazemos contra adversários um pouco menos qualificados", resumiu.

Neste ano, além de pegar a França, o Brasil tem sua primeira competição oficial pela frente em julho, quando disputa a Copa América na Argentina. Além disso, já tem amistosos confirmados contra Holanda (em junho) e Alemanha (em agosto).

No confronto pela fase preliminar da Copa Libertadores diante do Tolima, o Corinthians avançaria para o grupo do Cruzeiro caso passasse pela equipe colombiana. A queda do time paulista não foi comemorada pelo presidente cruzeirense Zezé Perrella, que a lamentou por conta da amizade com o mandatário corintiano Andrés Sanchez. Entretanto, o dirigente do clube mineiro aproveitou a oportunidade para alfinetar o rival.

Em lembrança da partida entre Cruzeiro e Corinthians, válida pelo returno do Brasileirão, Zezé Perrella insinuou que a equipe paulista não teve êxito na Copa Libertadores por não ter sido favorecida pela arbitragem.

"Não gostei porque sou amigo do Andrés, mas quando não tem apito amigo fica difícil para eles. Na Sul-Americana, não tem apito amigo, pelo menos para time brasileiro. Enquanto a gente fala, eles hablam. Se tiver de prejudicar clube brasileiro, para eles é tranquilo. Para o Corinthians, quando não tem apito amigo, fica difícil", afirmou o presidente do Cruzeiro.

A declaração de Zezé Perrella foi motivada pela insatisfação do Cruzeiro quanto à arbitragem de Sandro Meira Ricci, do Distrito Federal, em jogo contra o Corinthians, no Pacaembu, no returno do Brasileirão de 2010. A equipe paulista venceu o confronto direto pelo título por 1 a 0, com um gol de pênalti convertido por Ronaldo.

O presidente cruzeirense declarou na ocasião que o Campeonato Brasileiro havia sido "comprado" para o Corinthians. Por aquelas declarações, Perrella foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com multa de R$ 15 mil e suspensão de 30 dias. A pena foi posteriormente reduzida.

Depois do polêmico jogo, a diretoria do Cruzeiro entregou à Comissão Nacional de Arbitragem um DVD que reunia 18 lances do Brasileirão em que o time mineiro se sentiu prejudicado pela arbitragem. Oito deles eram da partida no Pacaembu. Além do pênalti do zagueiro Gil sobre Ronaldo, as imagens contavam com faltas não marcadas e erros de impedimento.

Ao fim do Brasileirão, o Cruzeiro foi vice-campeão, enquanto o Corinthians ficou em terceiro lugar e o Fluminense ergueu a taça. Mineiros e paulistas poderiam se reencontrar no grupo 7 da Copa Libertadores deste ano, caso o time corintiano eliminasse o Tolima pela fase preliminar. Depois de empate sem gols no Pacaembu, os colombianos avançaram ao vencer por 2 a 0 em Ibagué.

O Cruzeiro fará sua estreia na Copa Libertadores na quarta-feira, dia 16, diante do Estudiantes, na Arena do Jacaré. Além do Tolima, o grupo 7 da competição internacional tem ainda o Guarani do Paraguai.

Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Lucas, Elias, Hernanes e Renato Augusto; Robinho e Alexandre Pato. Esse é o time que Mano Menezes preparou para o amistoso diante da França às 18h (de Brasília) desta quarta-feira, no Stade de France.

Na noite (tarde do Brasil) desta terça, o treinador repetiu a escalação testada no dia anterior, com Hernanes e Renato Augusto como responsáveis pela armação. A movimentação aconteceu no Stade de France para o grupo fazer o reconhecimento do gramado, um pouco castigado.

Mano, porém, não realizou um coletivo. Preferiu repetir as jogadas de bola parada e preparar a seleção para encarar o ataque francês. Marcelo cobrou inúmeros escanteios para o time reserva pelo lado direito, enquanto Jadson fez o mesmo na direita.

O comandante parou a atividade para posicionar a equipe principal. A cada escanteio batido, novas instruções para o posicionamento defensivo e também para a saída rápida para o ataque. Daniel Alves e Robinho são os responsáveis por puxar os contra-ataques.

O desfalque do Brasil para esse amistoso será Ramires. O jogador do Chelsea está com dores musculares na coxa direita e não participou de nenhum treino com os demais jogadores. Foi preservado pela comissão técnica.

Com isso, Mano decidiu usar Elias como segundo volante e completar o meio-campo ofensivo com Hernanes e o estreante Renato Augusto, aniversariante desta terça (23 anos) e pela primeira vez convocado para a seleção. Lucas é o primeiro volante e fecha o setor.

O Barcelona prorrogou o contrato de seu atual técnico Pep Guardiola por mais uma ano, informou nesta terça-feira o site oficial do clube.

O clube catalão, porém, não divulgou os termos do novo contrato, que será assinado nos próximos dias, com o treinador de 40 anos, apenas que termina ao final da temporada 2011-2012.

Desde que assumiu o Barça em 2008, após a saída de Frank Rijkaard, Guardiola conquistou oito títulos pelo time, entre eles dois Campeonatos Espanhóis, uma Liga dos Campeões da Europa, uma Supercopa Européia e um Mundial de Clubes.

Na atual temporada, o Barcelona ocupa a liderança do Espanhol, com 61 pontos, sete a mais que o segundo colocado Real Madrid. Na Liga dos Campeões, os catalães enfrentam o Arsenal nas oitavas de final.

O zagueiro Saimon impressiona por sua articulação na frente das câmeras. Com frases bem construídas e pensamentos expostos com clareza, o jogador do Grêmio também passa segurança a Ney Franco para ser a sua voz em campo e deve ser confirmado como capitão da Seleção Brasileira na partida contra o Equador, de quarta para quinta, às 0h10 (de Brasília), em Arequipa, pelo Sul-Americano Sub-20.

Reserva durante a campanha brasileira no Peru, Saimon assumirá a titularidade com a contusão de Bruno Uvini. O treinador confirmará o capitão nesta terça-feira e Casemiro também tem chances, mas a opção de deixar com o zagueiro a braçadeira na partida contra a Argentina indica que o gremista é o favorito.

Se a lógica for mantida, Saimon se diz preparado para o desafio. "Já tive bastante experiência de ser o capitão da Seleção, e sei que a posição tem grande importância. Precisamos de um jogador que oriente, mas da mesma maneira que vou falar, preciso da ajuda de todos. Eu tenho que manter os pés no chão e dar conta do recado", afirmou.

Saimon também foi capitão durante a partida final do Brasil na primeira fase contra o Equador, quando Ney Franco escalou praticamente só reservas. O jogador disse que utilizou aquela oportunidade para mostrar que estava preparado para ser titular e passar segurança ao treinador que seria confiável em caso de necessidades.

"Eu entrei sabendo que há a oportunidade de fazer um bom jogo, deixar uma dúvida na cabeça do Ney Franco e mostrar que estou pronto para quando precisar", disse o zagueiro, que fará dupla com Romário, reserva que ganhou chance por conta da suspensão de Juan, expulso contra a Argentina.

Apesar da felicidade por ter a oportunidade de mostrar seu trabalho na reta final, Saimon disse que viveu sentimentos conflitantes com a situação de só entrar no time porque Bruno Uvini se contundiu. O antigo capitão terá de voltar ao Brasil e passar por uma cirurgia por ter sofrido uma fratura na fíbula.

"Fico feliz pela oportunidade, mas por a lesão ter sido séria fico triste. Infelizmente ele está fora do campeonato, mas tenho certeza que ele vai superar isso", completou.

A presidente Patrícia Amorim lamenta o prejuízo mensal de R$ 730 mil que o Flamengo vem tendo com os renegados por Vanderlei Luxemburgo, mas entende que a decisão do treinador não pode ser contestada. Em participação no programa Arena Sportv desta terça-feira, a dirigente disse que o clube negocia a liberação de Kleberson, um dos afastados.

- O Kleberson e o Pet já estavam no elenco quando cheguei. São jogadores consagrados, de nível de Seleção, e de quem gosto muito. Mas quando o treinador decide se vai usar ou não o jogador, o prejuízo fica mesmo com o clube, não tem jeito. Estamos tentando fazer alguma composição. Mas são contratos muito altos, é difícil conseguir um clube que pague esses valores. Nesses casos, qualquer orçamento fica prejudicado. No caso do Kleberson, a gente está em negocaição com o jogador, há a possibilidade de dar um percentual para ele ir livremente ao mercado buscar algum negócio - explicou.

Sobre Petkovic, outro que vem recebendo alto salário para ficar apenas treinando, Patrícia tem planos de explorar a imagem do jogador fora dos gramados.

- Pet tem contrato até o fim do ano. Se o treinador realmente não o quiser, vamos utilizar ele de outras formas. Precisamos ver, ele tem uma imagem muito boa, associada ao clube, além de uma relação estreita com a torcida. Isso pode e deve ser aproveitado. Ele não só merece como deve ser melhor aproveitado caso não jogue mais.

Se Petkovic e Kleberson preocupam pelos altos gastos sem retorno, Ronaldinho é certeza de lucro na avaliação da presidente. O clube ainda não fechou contrato com um novo patrocinador para a camisa, mas Patrícia não teme dificuldades no mercado.

- Ronaldinho não compromete em nada (as finanças). O Flamengo paga em CLT 25% do salário. O risco é da empresa de marketing (Taffic), que tem de negociar o patrocinador master da camisa. A importância do Ronaldinho é resgatar alegrira do torcedor, que enche estádio. Além disso o clube vende produtos licencidados e mantém essa chama do futebol acesa. A gente estava com dificuldade de encher Engenhão, agora jogos estão lotados, e o retorno é imediato. Sem contar a dimensão internacional. O Flamengo vai para o patamar internacional, vai para o foco do mundo, que agora olha para o Flamengo porque aqui tem esse grande jogador. Estamos muito tranquilos, a negociação foi boa para o Flamengo. Espero que seja boa para o jogador e a empresa também, afinal, boa parceira é quando todos estão felizes. Para o Flamengo, a curto prazo não tem risco.

O Vasco acertou, nesta terça-feira, o empréstimo do meia-atacante Leandro, que pertence ao Grêmio, até o final da temporada. Segundo o diretor executivo de futebol cruzmaltino, Rodrigo Caetano, o jogador chegará ao Rio de Janeiro na quarta e, muito provavelmente, será apresentado em São Januário no dia seguinte.

"Está tudo acertado e muito bem encaminhado com o Leandro. Ele chega ao Rio de Janeiro amanhã (quarta-feira) e a nossa intenção é apresentá-lo já na quinta", afirmou o dirigente, ao UOL Esporte, que foi pessoalmente até Porto Alegre para tratar deste e de outros assuntos envolvendo negociações para o Vasco.

Com os direitos econômicos vinculados ao Grêmio, Leandro terá seu salário dividido entre os dois clubes. O Tricolor gaúcho ficará com 30%, enquanto o Vasco arcará com 70%.

Assim como Carlos Alberto, que deixou o Vasco após problemas de relacionamento com a atual diretoria, Leandro chega ao Vasco após uma série de desentendimentos com a comissão técnica gremista.

Além de não render dentro de campo, o que acabou gerando seu afastamento do grupo, Leandro foi protagonista de uma série de confusões em Porto Alegre. Fora do time, o jogador vinha treinando no CT de Eldorado do Sul, onde ficam os atletas das categorias de base e os considerados "nocivos" ao grupo principal.

Além de Leandro, a diretoria do Vasco, que está em Porto Alegre, busca o acerto com o atacante Alecsandro, do Internacional. Apesar das diversas reuniões realizadas na capital gaúcha, o desfecho da negociação não parece ser tão fácil. Os colorados pedem R$ 4 milhões para liberá-lo, valor considerado alto pelos cariocas.

Durante o voo entre Brasília e Teresina, Túlio ainda não sabia o que esperar da recepção do público em Barras-PI. Dizia que aonde ia tinha que ter festa, mas, com a apresentação no 25° clube da carreira marcada em poucos dias, não tinha informação nem sobre quando iria encontrar a comissão técnica do Bafo.

Quando deixou o saguão do aeroporto na capital do Piauí, porém, lá estava o que sempre o acompanha. Luzes de todos os lados, seja de holofotes da imprensa, seja de flashes de câmeras de fãs. Assim, por vontade da direção do novo time, o veterano de 41 anos deixou a festa em Barras ser organizada apenas para quarta-feira e atendeu os jornalistas da capital do estado. E, na primeira declaração, lá estava a irreverência tradicional.


- Estou assumindo um compromisso de que estarei aqui no dia 24 para tentar fazer gols e passar da primeira fase da Copa do Brasil com o Barras. E mais: prometo o gol cajuína logo na estreia, para homenagear a fruta típica daqui – garantiu o atacante, que já enfrentou o Bafo em duas ocasiões, quando atuava pelo Vila Nova-GO na Série C do Brasileirão, em 2007.

Túlio disputará o jogo de estreia do Barras na Copa do Brasil, contra o ABC-RN, duelo que foi adiado do dia 16 para 24. Como a negociação com o clube piauiense foi por empréstimo, o contrato com o Botafogo-DF continua em vigor, e ele voltará a Brasília para atuar no Campeonato Brasiliense antes e depois desta partida. Na Copa do Brasil, no entanto, só poderá jogar novamente pelo clube piauiense caso haja um entendimento entre os dois clubes. O que não está descartado.

Mesmo com tempo mínimo para conhecer o time do Barras – ele retornará à capital federal nesta quarta-feira e ainda não sabe quando voltará ao Piauí –, Túlio não se preocupa com o que acontecerá dentro de campo.

- Túlio Maravilha não precisa de entrosamento. Ele está em forma, esperando somente que a bola chegue. Todo mundo pensou que eu ia chegar aqui barrigudo, mas estou muito bem. Vou me garantir nos 90 minutos, mais os acréscimos. Só preciso de um garçom – disse.

Objetivo é passar marca do Romário

Túlio também não esqueceu de seu objetivo maior: chegar ao milésimo gol na carreira. Com 947, segundo suas contas, o atacante lamenta não poder completar a marca de 950 pelo Barras, devido ao adiamento do jogo da Copa do Brasil, segundo ele, por "forças extracampo". Mas não perdeu a empolgação.

- Pretendia chegar aos 950 aqui, mas não vai dar. O milésimo não pode esperar. Mas a contagem continua. E tem mais. Como o Romário fez 1003, quero tentar passar. Se a gente pode ficar em segundo, por que ser o terceiro? – afirmou, admitindo que será difícil ultrapassar Pelé, que marcou 1.284 gols.

Luiz Pereira Bueno, ex-automobilista brasileiro, morreu nesta terça-feira aos 74 anos. Vítima de câncer, o paulista faleceu em sua casa.

Conhecido como Peroba, o paulista fez uma carreira sólida nas provas de turismo, conquistando competições como as Mil Milhas de 1967. Além disso, Luizinho integrou a lendária equipe Hollywood.

O ex-piloto também se arriscou no mundo da Fórmula 1 e disputou o primeiro Grande Prêmio do Brasil em 1972 como uma prova não oficial, a bordo de um March, terminando em sexto. Um ano depois, ele correu a mesma prova pela equipe Surtees, mas dessa vez o evento foi reconhecido oficialmente e cruzou a linha de chegada em 12º lugar.

O chefe da escuderia Renault, Eric Boullier, confirmou os nomes de Bruno Senna, Vitantonio Liuzzi ou Nick Heidfeld para ocupar a vaga deixada por Robert Kubica. Boullier, que confirmou a informação ao Autosport, procura um substituto para o o piloto polonês, que sofreu acidente em uma prova de rali e sofre risco de perder os movimentos de uma das mãos.

O fato de ter pilotado durante um ano na Fórmula 1 não garante a vaga do brasileiro, que seria o reserva imediato da franquia. Sua falta de experiência faz a chefia da equipe pensar em nomes fortes para sustentar a escuderia durante a temporada.

"Enquanto estamos no período de testes, procuraremos um substituto para o Kubica: os nomes considerados são Senna, Liuzzi and Heidfeld", confirmou Boullier.

"A equipe está bem perto de Robert. Nós o esperaremos com os braços abertos e acreditamos que ele voltará antes do fim da temporada", acrescentou o proprietário da franquia.

Boullier aproveitou para comentar o acidente: "foi uma escolha dele: ele decidiu fazer rali de qualquer maneira e a Renault autorizou. Agora, a única coisa que queremos saber é o tempo de recuperação de nosso piloto".

Segundo o chefe da Renault, Kubica se mostrava de bom humor no hospital, apesar da gravidade de suas lesões. A visita também teve a compania do outro piloto da escuderia, o russo Vitaly Petrov.

O ABC conheceu no último domingo sua primeira derrota no Campeonato Potiguar ao ser superado pelo Santa Cruz-RN pelo placar de 1 a 0, em pleno Frasqueirão. O meia Jackson, um dos mais experientes do grupo, reconheceu a 'tarde infeliz' do clube abecedista, mas tratou de cobrar reação à equipe para que esse último duelo já seja esquecido.

"Não podemos ficar nos lamentando por uma derrota. Estamos no início da competição, apenas na terceira rodada, e ainda tem muita coisa para acontecer. Vamos trabalhar, buscar acertar alguns pontos, pois temos totais condições de dar a volta por cima e chegarmos aos nossos objetivos", afirmou o jogador.

"Foi um resultado que não esperávamos. O Santa Cruz fez uma bela partida, se aproveitou de uma tarde não muito feliz da nossa equipe e conseguiu a vitória. Mas, temos que ter consciência que isso já é passado. Temos jogos importantes pela frente e vamos trabalhar para buscarmos os resultados que nos interessam. O ABC é grande e vai voltar a vencer", disse.

As palavras de Jackson foram seguidas por outros jogadores, entre eles o capitão Ricardo Oliveira. "Sabemos que foi um resultado muito ruim essa derrota para o Santa Cruz, em casa, mas não podemos ficar nos lamentando. Temos que tirar como lição, buscar ver onde erramos e trabalhar para os próximos jogos", disse o jogador.

"Já temos outro confronto difícil na quarta-feira, fora de casa, contra o Palmeira, e precisamos estar focados e concentrados neste jogo para tentarmos dar a volta por cima", completou Ricardo.

Dez jogadores estiveram em todas as convocações do treinador, que diz ter 80% do grupo composto para o torneio na Argentina

No último dia 25 de janeiro, quando convocou 23 jogadores para o amistoso contra a França, em Paris, Mano Menezes anunciou que a Seleção Brasileira que vai disputar a Copa América de 2011, na Argentina, já está 80% definida. Mas quem forma esse grupo? Ao analisar as cinco convocações do treinador desde agosto de 2010, dá para dizer que são dez os "intocáveis", "as figurinhas carimbadas".

São eles Alexandre Pato, André Santos, André, Daniel Alves, David Luiz, Lucas, Ramires, Robinho, Sandro e Thiago Silva. Esses foram os únicos que estiveram em todas as convocações de Mano Menezes. A única ressalva é que Pato, do Milan, foi cortado dias antes do duelo com a Argentina, em Doha, no Qatar, por conta de uma lesão. Mas inicialmente seu nome esteve na lista do treinador.

- Já quer que eu me escale para a Copa América (risos)? A Seleção Brasileira é muito forte e tem muitos jogadores com capacidade de estar nela. O que tenho de fazer, agora que estou no Bordeaux, é continuar com a regularidade do meu trabalho para seguir sendo chamado pelo Mano – declarou André, que recentemente trocou o futebol ucraniano pelo francês.

Titular absoluto sob o comando de Mano Menezes, David Luiz teve seu bom momento representado em uma transição milionária do português Benfica para o Chelsea (o clube inglês pagou R$ 57 milhões para ter o jogador). Apesar da mudança de ares, ele espera rapidamente se adaptar ao estilo do novo país e continuar chamando a atenção do técnico da Seleção Brasileira.

- Fico feliz pela confiança depositada no meu trabalho. As coisas estão acontecendo de uma maneira muito boa para mim, seja no clube ou na Seleção – falou David.

Do grupo dos "intocáveis", além de David Luiz, outros sete estão bem cotados como titular. São os casos de Daniel Alves, André Santos, Thiago Silva, Lucas, Ramires, Robinho e Alexandre Pato. Apenas Sandro e André correm por fora, mas isso é detalhe para quem consegue manter regularidade nas convocações.

- É um trabalho que tem pouco tempo ainda, mas não pode parar, porque se você para vem outro e toma o seu lugar. Fico bem feliz de saber que estou bem cotado em um projeto de Copa do Mundo – acrescentou o volante Sandro.

Até agora, Mano Menezes comandou o Brasil em quatro partidas. Estreou com vitória sobre os Estados Unidos, depois bateu Irã e Ucrânia e perdeu para a Argentina. O treinador ainda fez um período de treinamentos em Barcelona, em setembro do ano passado. E nesta quarta-feira, tem o desafio contra a França, em Saint-Denis.

Uma defesa segura em primeiro lugar, depois o resto. Foi assim que Mano Menezes começou seu trabalho no Corinthians, é assim que ele caminha no início de trajetória à frente da seleção. A defesa do Brasil foi sempre a mesma nos quatro amistosos já disputados. Mudará agora, diante da França, mas só no gol: no quarteto de linha ninguém mexe.


Por mais que escale três atacantes e dificilmente use três zagueiros, Mano às vezes é perseguido por uma "sombra" que traz o rótulo de retranqueiro. A postura de seus times de só agredir com muita segurança fortaleceu esse estigma. Mas foi assim que o treinador ganhou destaque, e ele não pretende mudar de filosofia.

Desde que assumiu a seleção, a defesa foi sempre a mesma: Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos, além de Lucas como primeiro volante e protetor da zaga.

No Corinthians, Mano logo achou sua defesa ideal e a manteve praticamente durante um ano e meio de trabalho seguido, de janeiro de 2008 a agosto de 2009. Felipe, Alessandro, Chicão, William e André Santos, agora na seleção, foram os escolhidos. Tal formação só se desmanchou quando o lateral-esquerdo se transferiu para o Fenerbahce.

O quinteto do Brasil foi o mesmo nos quatro amistosos já disputados. Os números defensivos apontam que, nesse quesito, o time está no caminho certo. O time tomou apenas um gol, na derrota por 1 a 0 para a Argentina, e foi no final do jogo, após uma falha individual de Douglas e um vacilo da defesa na cobertura.

Antes disso, o Brasil tinha passado de maneira imbatível por Estados Unidos (2 x 0), Irã (3 x 0) e Ucrânia (2 x 0). Às 18h (de Brasília) desta quarta-feira, no amistoso contra a França, no Stade de France, em Saint-Denis (arredores de Paris), Julio Cesar assumirá a posição de Victor por ser mais experiente e por toda sua história recente.

O goleiro da Internazionale volta ao gol com uma defesa nova, mas já bem encaminhada. "Acho que facilita, mas o Daniel e o Thiago estavam na Copa e o André jogou a Copa das Confederações [de 2009], então a novidade mesmo para mim é o David. É bom saber que a defesa está armada", finalizou Julio Cesar.

Hoje é o 60º aniversário de Marinho Chagas.

A Bruxa está completando seis décadas. Se não fosse amigo, diria que está tudo bem, e que os planos para o futuro enchem seu dia.

Não minto.

Não brinco com a saúde dos outros, e muito menos das pessoas que estimo e admiro.

Nosso craque festeja aniversário, mas precisa continuar a tratar de sua saúde.

Marinho Chagas completa 60 anos de uma história bonita que começou a ser contada para o mundo em 1970.

Talvez um pouco antes, 1969, quando ele começava a dar suas carreiras como centroavante. Isso, centroavante do Riachuelo Atlético Clube.

Quando falo de Marinho dá aquela vontade de quase contar sua história toda. Aliás, história que eu e "Garrafinha" começamos a escrever.

Pulando a história que começou em 1970, no ABC, adianto alguns anos. E me recordo de Marinho chegando em Natal.

De férias, passeio, esse tipo de coisa.

Seu carisma, seu sorriso, sua humildade, nunca negando um aperto de mão, um autógrafo, um abraço, e uma foto.

E naquele tempo as fotos demoravam, não era como hoje.

Marinho na casa de Ernesto, na Gonçalves Lêdo. As mocinhas indóceis, saindo nas calçadas para vê-lo.

Marinho Chagas jogando frescobol na praia dos Artistas, cercado de gente por todos os lados. E mais gente no calçadão, todos admirando o famoso potiguar que conquistara o Brasil.

Marinho participando de peladas de futsal, de futebol de campo, de roda de amigos, de jogos de sinuca com os amigos.

Marinho em todos os cantos onde o povo estava.

E sempre acompanhado de muitos, muitos amigos.

Hoje, Marinho Chagas já não tem tantos amigos. Alguns poucos ainda querem ficar conhecidos por seu intermédio.

Políticos ainda tiram uma "casquinha" do seu prestígio inabalável, apesar de tudo, se bem que prestígio muito maior fora das fronteiras de Natal.

Marinho embaixador do ABC, da Copa do Mundo de 2014.

Marinho, um meninão sem juízo de 60 anos de idade.

Muitas felicidades, e saúde, principalmente, de todo o coração.

no ataque - Edmo Sinedino

O comentarista Paulo Roberto Falcão é uma das opções para comandar o Atlético-PR. O gerente de futebol do clube, Ocimar Bolicenho, es­­teve em Porto Alegre no último fim de semana para conversar com o ex-jogador, que não trabalha como treinador há cerca de 15 anos.

O nome de Falcão é um dos que estão numa lista que será entregue ao presidente do clube Marcos Malucelli. Como o seu salário supera o valor que o clube rubro-negro está acostumado a pagar para o cargo, uma possível contratação dependia do aval da diretoria atleticana.

Em Porto Alegre, comenta-se que Falcão teria pedido R$ 500 mil para treinar o Atlético-PR. Um preço fora da realidade do clube. Foi justamente por esse valor que o técnico Paulo César Carpegiani saiu da Arena no ano passado para comandar o São Paulo. Boli­­cenho, no en­­tanto, nega que o comentarista tenha feito alguma proposta.

"Não falamos em valores, não teve nada disso", disse o dirigente, acrescentando que os atleticanos podem demorar para conhecer o seu novo treinador. "Acredito que isto vai se arrastar por toda a semana. Assuntos mais polêmicos não se decidem assim tão facilmente".

O diretor de futebol do clube, Valmor Zimmermann, confirmou que o Atlético-PR não tem ur­­gência para definir o nome do novo comandante, já que existe uma comissão permanente justamente para isso. "A pressa pode trazer erros maiores. Nós queremos chegar a um consenso de qual é o melhor e errar o menos possível".

Entre as outras opções para assumir o comando da equipe estariam nomes como o de Carlos Alberto Parreira e Silas, que teria sido oferecido por seis procuradores diferentes.

Seguindo o lado o­­posto, Zim­­mermann só confirma quem não vem. Campeão brasileiro em 2001 pelo Atlé­­tico, Geninho não está na briga mesmo tendo sido recentemente demitido pelo Sport. "O Geninho já passou várias vezes aqui. Nós queríamos dar uma mudada", disse.

Em 2 de julho de 2008, no Maracanã, o Fluminense sentiu na pele o título da Libertadores ir embora ao ser derrotado pela LDU, do Equador, nos pênaltis. Pouco menos de três anos depois, o Tricolor chega novamente à competição sul-americana disposto agarrá-la sem dar chances aos adversários. Objeto de desejo nas Laranjeiras, os jogadores e o técnico Muricy Ramalho sabem a importância do que representa este título.

"Estamos cientes de que o torcedor quer muito o título da Libertadores e, por isso mesmo, a nossa motivação é ainda maior. O Fluminense ainda não conquistou, mas chegou perto em 2008. Sabemos a importância desta competição para o clube. Souza, Muricy e Darío Conca que já participaram e vão nos ajudar muito nesta caminhada", afirmou Araújo.

Campeão da Copa do Brasil em 2007, que deu a vaga para a Libertadores do ano seguinte, Rafael Moura deixou o Fluminense e não disputou a competição. Mas, para ele, será uma espécie de acerto de contas.

"Acredito que seja um acerto de contas, sim, e volto ao Fluminense mais maduro. Fui bem na Sul-Americana de 2010 (Goiás perdeu na final para o Independiente-ARG), competição muito parecida com a Libertadores e sabemos que vamos enfrentar muitas dificuldades. Mas precisamos superar tudo as barreiras pelo clube e pelo torcedor, que esperam esse título desde 2008", salientou.

He-Man não esteve no grupo que "bateu na trave" em 2008, mas disse ter acompanhado os jogos do Fluminense. Segundo o atacante, o time daquela época, demonstrou muita qualidade, mas acabou perdendo para a LDU.

"Assisti aos jogos e o Fluminense tinha muita qualidade para conquistar o título. Nós faremos o possível para ajudar a escrever a história do clube com mais este título. Disputei a Libertadores de 2006 e sei a importância que esta competição tem para o clube, jogadores e torcedores", destacou.

Muricy Ramalho já disputou algumas Libertadores e sabe a importância que a competição tem para os clubes, os torcedores e para os profissionais que participam dela. Mas o treinador do Fluminense, apesar de não tê-la conquistado, vai entrar nela como se fosse outra. Para ele é preciso vencer, independentemente de ser uma competição internacional.

"A Libertadores é importante para o clube, para a torcida, mas todas as competições que disputo são importantes. Libertadores é assim e consegui chegar perto com o são Paulo. Temos de entrar para conquistar qualquer campeonato, mas caímos numa chave difícil. Agora é a fase de grupos e depois mata-mata. Se o time estiver num bom dia, o goleiro, o árbitro, é bem diferente das outras competições.

O primeiro passo do Fluminense para o tão sonhado e esperado título começa nesta quarta-feira, contra o Argentinos Juniors, às 22h (horário de Brasília), no Engenhão. O Tricolor, que está no grupo 3 da competição, ainda enfrenta o América do México e Nacional-URU.

O ataque do Palmeiras terá um desfalque importante para a sequência do Campeonato Paulista e Copa do Brasil. Nesta terça-feira, o departamento médico do clube revelou que o atacante Dinei ficará três meses longe da equipe por conta de uma fratura no quadril. Ele se machucou em um choque inusitado com Tinga, na derrota por 1 a 0 no clássico diante do Corinthians, domingo passado, e foi substituído. Ele vinha sendo titular no setor, ao lado de Kleber e Luan.

O médico Vinícius Martins foi um dos responsáveis pelo diagnóstico, e espera que o jogador apresente boa recuperação. A princípio, não há necessidade de um procedimento cirúrgico.

- Após os exames, foi constatada uma fratura na região direita do quadril, fratura grave, que vai fazer com que ele fique afastado por pelo menos três meses. Esperamos que ele se recupere bem, o tratamento já está sendo iniciado - disse o médico do clube.

Vinícius Martins ficou até surpreso com a lesão, incomum em jogadores de futebol. A região afetada faz a articulação do quadril com a bacia. Pelos próximos 15 dias, Dinei ficará em repouso e não poderá sequer pisar no chão.

- É uma lesão rara, que nunca vi em atleta de futebol. É fratura comum em acidente de carro ou moto. Na hora, ele me falou de um choque que teve na perna, provavelmente um trauma no nervo ciático - revelou o médico.

Tinga, o outro envolvido no lance, sofreu apenas uma leve entorse no tornozelo e não deve ser problema para o jogo contra o Americana, no próximo sábado, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu.

Dos três desfalques que o Brasil terá, o mais sentido talvez seja o do atacante Neymar. Artilheiro do Sul-Americano sub-20 com sete gols, o jogador tem praticamente monopolizado as atenções na competição. Sem o astro, no entanto, o meia Lucas se apresenta como o substituto natural para conduzir a seleção brasileira na partida desta quarta-feira, às 21h10 (0h10 de Brasília), contra o Equador.

O camisa 10 da seleção brasileira, no entanto, tenta não supervalorizar a sua importância nesse momento decisivo e compartilhar com os demais companheiros de equipe o peso de substituir Neymar no confronto diante dos equatorianos.

"Todos no time têm de chamar a responsabilidade. O Neymar fará falta, mas com isso os outros jogadores ficarão mais visados, como eu e o Oscar, por exemplo. Temos peças de reposição e quem entrar vai suprir bem a ausência do Neymar, pois seleção brasileira é para ter os melhores atletas que estão à disposição", afirmou Lucas.

Se não ter Neymar no time já é um fator que preocupa, o recente problema envolvendo o zagueiro Bruno Uvini também é um complicador a mais. O capitão da seleção brasileira nesse Sul-Americano sub-20 fraturou a perna direita durante o jogo com a Argentina, na última rodada, e teve de retornar ao Brasil para ser operado.

Para fechar a lista de problemas, o zagueiro Juan também terá de cumprir suspensão automática por ter sido expulso logo no início da partida contra os argentinos, forçando o técnico Ney Franco a apostar em uma defesa formada pelos reservas Saimon e Romário.

"Agora que precisamos mostrar a força do grupo e se unir mais ainda. Aconteceu tudo de uma hora para a outra, mas a seleção está bem preparada psicologicamente, tem peças de reposição e vai se preparar para conseguir duas vitórias, atingir o objetivo e voltar para casa feliz", disse o camisa 10 da seleção brasileira.

O Brasil está na segunda colocação do hexagonal com seis pontos, empatado com a Argentina e um ponto à frente do Equador. O líder é o Uruguai, que já somou sete pontos até aqui e pode conquistar uma das duas vagas olímpicas nesta quarta-feira, caso derrote justamente os argentinos.

Um dos líderes da era Mano Menezes, o lateral direito Daniel Alves, 27, começou a trabalhar em 1991. Logo após completar oito anos, ele ajudava seu pai na roça, no interior da Bahia, e sempre lembra o castigo imposto pela seca aos parentes e amigos.

Quase 20 anos depois, o jogador virou titular da seleção brasileira, é um dos astros do milionário Barcelona e já conquistou há algum tempo a independência financeira.

	Josep Lago - 5.fev.2011/AFP
	O brasileiro Daniel Alves, do Barcelona, voa para tentar parar o argentino Aguero, do Atlético de Madri

Apesar da carreira de sucesso, o baiano de Juazeiro (a cerca de 500 km de Salvador) diz ser vítima de racismo nos campos do velho continente.

Em entrevista à Folha, Dani Alves, como é chamado na Catalunha, revelou que é xingado pelos torcedores rivais.

"Convivo com isso todos os jogos. Eles me insultam, me chamam de macaco", afirmou o lateral, que se declara "moreno de família negra" e tem os olhos verdes.

Sem se esquecer da imagem da terra rachada na sua cidade, o lateral quer iniciar neste ano um projeto de irrigação no interior baiano para amenizar os efeitos da seca.

Não gosta, entretanto, de ter sua infância na roça usada como um exemplo. "Agora acho bacana ter passado por aquilo tudo, mas não desejo isso para nenhuma criança", afirma o jogador.

Nesta quarta-feira, diante da França, às 18h, em amistoso no Saint-Denis, será novamente titular da equipe de Mano.

Folha - Você é um dos líderes da era Mano Menezes. Qual é o seu objetivo nesses próximos quatro anos?
 
Daniel Alves - A conquista da Copa do Mundo de 2014 é o objetivo principal. Vou fazer o trabalho da melhor maneira possível nos próximos anos para chegar bem no Mundial. Na [Copa da] África do Sul [em 2010], fizemos um trabalho espetacular, mas faltou arrematar com o título. Agora, estou num projeto novo. O Mano está dando oportunidade aos novos atletas. Essa é a marca do início do trabalho dele, que vai refletir na frente. Temos uma safra espetacular de jogadores.

Josep Lago - 16.jan.2011/AFP
O lateral direito Daniel Alves, do Barcelona

Os atletas vivem reclamando da pressão dos torcedores, da série de jogos. É tão estressante assim?
 
As pessoas me questionam muito sobre a pressão do mundo do futebol aqui na Europa. Acho graça. Pressão sentia quando tinha que acordar às cinco horas da manhã para trabalhar e depois rodar mais de dez quilômetros para chegar ao colégio. Ia à escola preocupado se a plantação estava dando certo. Aquilo era pressão. No futebol, essa pressão não me pega. Eu faço o que eu amo, tento fazer o melhor que posso e estou em um jogo em que se pode vencer, empatar e perder. Futebol é isso.

Você nasceu no interior. Começou a trabalhar cedo?
 
Morei na roça. Meu pai alugava terras para plantar. Vivíamos da colheita, que na maioria das vezes não dava certo. Ele plantava melão, tomate, cebola, mas a seca atrapalhava muito. Desde os oito anos, eu colocava a bomba nas costas e jogava veneno nas plantas para matar as pragas. Trabalhava na enxada para fazer a irrigação. Não tínhamos máquinas na roça. Fiz de tudo até os 14 anos, quando comecei com o futebol e fui para Salvador.

Você ajuda a sua cidade?
 
Tenho um projeto social de levar água até o pessoal da roça. São seis meses de água e seis meses de seca lá. Espero que dê tudo certo. A ideia é começar o mais rápido possível. Já vi muita gente passar fome. Sei da dificuldade. A imagem da terra rachada me impressiona demais até hoje.

Você já sofreu racismo na Espanha?
 
Muito. Infelizmente, aprendi a conviver com isso. Eu me chocava bastante no começo. Mas agora não dou importância a essas reações. Eu acredito que as coisas só ofendem se você dá importância para elas.

Você é xingado durante as partidas?
 
Convivo com isso todos os jogos, mas não me sinto ofendido. Eles me insultam, me chamam de macaco. As torcidas é que fazem isso. Os jogadores são contrários. Todo jogo a torcida me enche. A minha família fica triste. Eles reclamam, mas procuro me distanciar disso. Considero essas pessoas sem educação e não dou importância.

Vocês não reclamam com os dirigentes?
 
Os clubes e a liga espanhola tentam fazer alguma coisas contra. Chegam a punir o clube, mas é incontrolável. Isso não vai acabar nunca.

O Náuas é um dos times que vai disputar o campeonato estadual do Acre. O clube aposta num atacante de 107 quilos para brilhar na competição. Trata-se de Ricardo, que já passou por vários clubes do interior de São Paulo (Linense, Taubaté, Nacional e Marília) e na última temporada jogou e foi o artilheiro do campeonato amador da cidade de Cruzeiro do Sul-AC, onde mora.
Aos 29 anos, Ricardo promete perder 10 quilos até 13 de março, data da estreia contra o Rio Branco.
- Estou empenhado em buscar a forma ideal para iniciar o campeonato e ajudar o Náuas a ser campeão - afirmou Ricardo.

A cada dia surgem novas informações sobre interesse de grandes clubes europeus em novos nomes do futebol sul-americano, muito especialmente nos destaques do campeonato sub-20 que está sendo relizado no Peru. Nesta terça-feira, o "Corriere dello Sport" revelou que o Juventus estende os olhares para alguns dos jovens valores da competição, dentre eles Neymar.

Segundo o periódico, o clube italiano enviou um observador para acomapnhar o astro do Santos. Outros nomes da equipe brasileira, como o volante Casemiro o meia Lucas, ambos do São Paulo, também estariam sendo avaliados.

Ainda de acordo com o Corriere dello Sport, a intenção da diretoria do Juventus é investir em promessas, não necessariamente oriundas da competição sul-americana. O meia argentino Javier Pastore, do Palermo, e o atacante chileno Alexis Sanchez, do Udinese, igualmente seriam objetos de desejo da Velha Senhora para a próxima temporada.

Fora da Seleção Brasileira desde a eliminação na Copa do Mundo da África do Sul, em julho de 2010, o goleiro Júlio César voltou ao time que agora é comandado por Mano Menezes. Em entrevista ao Sportv, o jogador explicou sobre o que lhe motiva. "Tive a oportunidade de conversar com o Mano quando ele esteve na Europa e disse que jogar na Seleção era minha maior motivação. Quero jogar a Copa de 2014", explicou.

Júlio César classificou como "obsessão" sua meta de disputar e vencer o Mundial, que será disputado no Brasil em 2014. "A última imagem que deixei na Seleção foi muito triste e quero recomeçar bem. Quero ser campeão do mundo, é meu grande sonho. Passou até a ser obsessão. Agora é mostrar dentro de campo, porque voltei", definiu.

Dois jogos, um gol, e uma mágica envolvendo o seu nome e a torcida do Flamengo. Assim começou a trajetória de Ronaldinho pelo clube da Gávea. O talento do camisa 10 segue impressionando os amantes do futebol-arte, mas algumas dificuldades ainda são encontradas em seu retorno ao Brasil. O forte calor e a dinâmica de jogo estão entre elas.



Mesmo com os obstáculos, a previsão sobre Ronaldinho, feita pelo preparador físico do Flamengo, Antônio Mello, é a mais otimista possível.

"Ele vai voar em pouquíssimo tempo. Está muito próximo do ideal, é muito forte e veloz. É um jogador inteligente demais. Hoje ele atua com menos contenção de bola, pensa mais rápido e amadureceu muito. O que falta é realmente a questão de readaptação ao futebol que se joga no Brasil e ao calor que está fazendo. Mas isso é um processo normal. Todos os atletas que voltam ao país após muitos anos na Europa sofrem com essa dificuldade", afirmou Mello, ao UOL Esporte.

Se antes Ronaldinho tinha um trabalho separado dos outros jogadores. Agora, a "ralação" é realizada em conjunto com o grupo. Na reapresentação rubro-negra, nesta terça-feira, no CT Ninho do Urubu, musculação e corrida fracionada já estão na planilha.

"Esse condicionamento serve como alimento em uma semana sem jogos. O Ronaldinho já está mais do que incorporado ao elenco. Vamos efetivar essa questão física cada vez mais e esperar as próximas semanas que serão cheias de compromissos. É importante ressaltar que não existe mais nenhum trabalho específico para ele. É apenas questão de readaptação", explicou.

Denominando-se um "preparador físico torcedor", Antônio Mello se mostra encantado com as primeiras jogadas de Ronaldinho vestindo a camisa rubro-negra. O profissional faz a sua aposta sobre o auge físico do astro com a camisa rubro-negra.

"Isso vai acontecer no primeiro clássico que ele disputar. Isso faz muito bem ao Ronaldinho, a responsabilidade. É um jogador movido por essa solicitação. É o clímax que ele precisa. Sei que aposto nisso e sigo empolgado com as suas jogadas em campo. Vibro ali de pertinho em um lugar privilegiado para qualquer torcedor. Ele é esplêndido. Quando toca na bola você sabe que tem uma coisa nova para acontecer, uma jogada brilhante", finalizou o preparador físico.

Laurent Blanc não pôde participar da histórica vitória por 3 a 0 da França sobre o Brasil na final da Copa do Mundo de 1998, mas nesta quarta-feira finalmente disputará tal confronto no mesmo Stade de France: ele é o técnico dos Bleus no amistoso marcado para as 18h (de Brasília) e não tem nenhuma suspensão a cumprir.

No único Mundial vencido pela França, Blanc era titular do time comandado por Aimé Jacquet. Nas oitavas de final, foi decisivo ao marcar um gol no segundo tempo da prorrogação e decretar o triunfo por 1 a 0 sobre o Paraguai. Na semifinal, contudo, acabou expulso durante o duelo com a Croácia e ficou fora da grande decisão.

Como se despediu da seleção dois anos depois, após a conquista da Eurocopa de 2000, Blanc nunca mais teve a chance de encarar o Brasil. Terá agora, e com a pressão digna de um técnico à frente de um grande time.

Eleito em 2006 pelos leitores da revista France Football como o quarto maior jogador de todos os tempos dos país, atrás de Michel Platini, Zinedine Zidane e Raymond Kopa, Blanc foi encarregado de tirar a seleção francesa do fundo do poço que atingiu na última Copa do Mundo, na África do Sul.


Os Bleus viveram grave crise interna, com boicotes a treino e discussões entre jogadores e comissão técnica. Resultado: eliminação vexatória na primeira fase e um momento de profunda instabilidade no time nacional.

Blanc assumiu com duas derrotas: 2 a 1 para a Noruega em amistoso e 1 a 0 para Belarus pelas eliminatórias da Euro-2012. Mas logo veio a reação, com triunfos sobre Bósnia, Romênia, Luxemburgo e Inglaterra, este último na casa do tradicional rival.

Diante do Brasil, Blanc tem duas missões: a pessoal, é comemorar uma vitória nesta quarta-feira tendo participado diretamente do resultado; a coletiva, é manter a seleção francesa no caminho da reabilitação.