"Eu sou o primeiro a querer conquistar o mundo". Com essas palavras ambiciosas, Thiago Alcântara, do Barcelona, define a si mesmo. Filho do ex-jogador Mazinho, campeão da Copa América em 1989 e do Mundial de 1994 com a Seleção Brasileira, o atleta se rendeu ao talento do pai, que defendeu o Celta de Vigo, entre outras equipes, e, mais uma vez, elogiou o futebol do irmão Rafael, também do Barça.

- Não falo só de futebol com ele, mas de tudo. Ele ajuda a mim e aos meus irmãos em tudo que precisamos. Sempre foi importante para muitas pessoas e é um espelho para mim. Me iluminou muitas vezes e é uma das principais referências na minha vida. Como jogava esse homem (risos) - disse, em entrevista ao jornal "As".

- Lembro de tudo do Celta de Viga (onde Mazinho jogou de 1996 a 1999). Ali se uniram jogadores diferentes que fizeram um grupo potente que deixava os fãs apaixonados. Estavam lá Makelele, Revivo, Mostovoi, Karpin, Juan Sánchez. Uma equipe que me apaixonava. Aquele Celta, para mim, foi o maior time do mundo. Venceram históricos como Juventus e Benfica. Se me recordo bem, chegaram às quartas de final da Uefa, mas o Arsenal também começava a mostrar um futebol vistoso. Foi quando quis copiar meu pai. Pense que estive perto do futebol desde pequeno e descobri que gostava tanto que meu objetivo foi viver isto.
- (Meu irmão) Rafinha, é um craque autêntico. O melhor da família. Rafa joga muito bem, vocês verão, se não viram ainda, verão na próxima temporada com o Barça B.

Autor do golaço do título da Espanha na Eurocopa sub-21, o jogador é tido como uma das maiores sensações do futebol europeu, e frequentemente comparado aos companheiros Xavi Hernández e Andres Iniesta. Apesar de elogiar os dois astros, Thiago Alcântara, de apenas 20 anos, evita comparações.

- Xavi? É o maior! Iniesta? É incomparável. Eu? Só pergunto. Creio que sou bem diferente de Xavi e não tenho nada a ver com Iniesta. Nunca gostei de comparações com ninguém.
Chamado de "mago da bola" pela imprensa espanhola, Thiago vive uma boa fase na carreira, e nega a possibilidade de deixar o Barça, apesar dos rumores.

- Do sub-21, da renovação com o Barça e da pré-temporada com os titulares, não posso me queixar. Vivo um momento importante em minha carreira. Mas estou consciente de que ainda falta muito. Isso é o que penso quando acordo a cada manhã. Não gostava de ler o que escreviam (que poderia sair do Barça). Muitos falaram sem saber que se poderia causar danos. Felizmente, tudo acabou e pude cumprir meu desejo: pensar só no Barcelona. Agora não existe cansaço - concluiu.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quinta-feira que o volante Lucas Leiva não comporá a Seleção no amistoso contra a Alemanha, em Stuttgart, no dia 10 de agosto. O jogador do Liverpool foi desconvocado, já que terá que cumprir suspensão por conta do cartão vermelho recebido nas quartas de final da Copa América, contra o Paraguai.

O treinador esperava uma definição da Fifa, que foi consultada pela CBF para saber se o atleta estava suspenso para o amistoso ou se a punição era válida apenas em partidas oficiais. Lucas, que se envolveu em uma confusão na prorrogação diante do Paraguai, terá que ficar fora da partida contra os germâncos.

Este será o primeiro desafio da equipe após a eliminação do torneio realizado na Argentina e pode dar o primeiro bom resultado de Mano contra seleções de tradição: em um ano no comando do Brasil, o técnico foi derrotado por Argentina e França, além de empatar sem gols com a Holanda, em casa.

Sem Lucas Leiva, titular de Mano na Copa América, o comandante da Seleção Brasileira terá como opções para a posição: Ramires (Chelsea), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Ralf (Corinthians) e Elias (Atlético de Madri).

Em relação ao grupo que foi para a disputa da Copa América, esta convocação tem seis novidades: o zagueiro Dedé, do Vasco, os volantes Ralf, do Corinthians, e Luiz Gustavo, do Bayern de Munique, além dos meias Fernandinho, do Shaktar Donetsk, e Renato Augusto, do Bayer Leverkusen e o atacante Jonas, do Valencia.